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  • Continuo perseguindo a vampira assassina

    Continuo perseguindo a vampira assassina

    Em meio as mudanças feitas no site no últimos dias, eu também estive passando o meu tempo me dedicando a resolução de alguns outros problemas. A não vida de um vampiro sempre é rodeada de problemas, então essa primeira frase não foi um desabafo e sim um relato.

    Nesse sentido, eu começo a ver que um problema pode gerar outro problemas. Confesso que depois de algumas idas e vindas  dos últimos dias eu acredito que quem disse isso estava completamente certo.  Então o negócio é começar a resolve-los, não é senhor Galego?

    Semana retrasada, a Beth foi cuidar da sua vida e nos distanciamos. Sinto muito a sua falta, ainda mais por que ela foi meu primeiro porto seguro depois que acordei a alguns anos atrás. Porém o tempo passa e não adianta ficar reclamando. Não é por que tenho a vida eterna que posso me dar ao luxo de me entregar a uma dorzinha de cotovelo.

    Na semana passada mesmo eu fui atrás de algo que incomoda muito, a resolução da morte do meu amigo e irmão Zé.  Algum tempo atrás o Franz e eu descobrimos algumas pistas do paradeiro da maldita vampira que consumiu a alma do meu irmão, uma nômade sem endereço fixo. Faz o papel da típica vampira que fica em uma região por um tempo e depois foge com o rabo entre as pernas quando começa a ter problemas. Isso obviamente tem dificultado as buscas, mesmo com vários na sua cola, afinal ela já é tida como uma ameaça a ordem.

    Então, apesar de eu estar revendo algumas coisas para o novo formato do site eu também estive em contato com alguns seres afim de continuar a busca pela assassina. Confesso que as vezes ainda me impressiono como certas coisas que nunca mudam, como o fator dinheiro. Tendo ele é sempre mais fácil conseguir o que se precisa: uma arma, um documento ou até mesmo uma vida ou uma morte.

    A ação será em breve: já tenho um nome verdadeiro, os pontos fracos, os fortes e quem vai apoiar…

    Aguardem a continuação desta novela nos próximos dias, quem tem simpatia pelos lupinos vai adorar a história!

  • A fé e os vampiros

    A fé e os vampiros

    Recentemente foi lançado o filme Padre (Priest), apesar de já ter lido algumas resenhas como esta, eu ainda não o ví e portanto não farei pré julgamentos com relação a história e sua temática. Todavia, como sei que esta história levanta muitos boatos e principalmente trás a tona muitas ideias, principalmente relacionadas a fé, eu irei falar um pouco da nossa relação com a crença em Deus e o poder que rege a vida.

    Certamente tu já deves ter lido nos meus textos por aqui onde falo sobre a origem dos vampiros. Obviamente já deves ter visto que eu sempre digo que não sabemos de onde viemos,  afinal tivemos a mesma origem que os humanos e apenas recebemos uma espécie de upgrade. Ok, esse upgrade ou atualização nos custou a vida, o sol e acabou nos trazendo milhares de problemas que muitos de nós apenas deixam rolar.

    Em função disso, frequentemente ouço a pergunta: Galego, por que os vampiros são afetados pela fé? Sinceramente não sei meu caro mancebo, mas vou tentar explanar um pouco sobre as possibilidades. Alguns dizem que somos manifestações malignas, que temos uma ligação com demônios, magia negra e até mesmo que somos de outro planeta. Enfim, as teorias são bem amplas e cada um acredita em algo .

    No entanto preciso deixar claro que a fé, seja ela lançada por um padre, por um bispo, por uma criança ou até mesmo por algum objeto abençoado, pode fazer muito mal a um vampiro. Isso obviamente já pode ser explicado através de uma ciência humana chamada de física quântica, que cada vez mais tem conseguido explicar certas relações ainda obscuras entre a mente e a matéria.

    Longe de mim difamar a fé, mas ela faz parte do que se pode chamar de manifestação do pensamento e pode ser tanto usando para o lado digamos positivo ou para o lado negativo. Calma mancebo, eu não andei lendo livros de autoajuda. Apenas quero te fazer entender que não é apenas pelo fato de que o cara é um padre que ele nos fará mal, mas sim pela situação de que ele sabe como manipular as energias, entendes?

    Existe já a algum tempo muitos caçadores de seres sobrenaturais que descobriram o poder da fé (mente) e se utilizam dela para nos prender, maltratar ou até matar. Esse poder da fé pode ser aplicado a armas que nos causam mais sofrimento, pode ser usado em forma de submissão mental e até mesmo como telepatia ou telekinesis.

    Todavia, ai que entra o que eu havia falado anteriormente, a fé ou como eu prefiro chamar ”magia verdadeira”, pode ser utilizada tanto para o bem como para o mal. Afinal originalmente ela é bipolar e vai depender de quem a canaliza. Independente de ser um padre, um lobisomem, um vampiro ou ainda uma bruxa ou um humano normal, ou seja, qualquer um pode domina-la e utiliza-la como achar melhor.

    Portanto mancebo se és um vampiro novo, fique atento ao entrar em igrejas, fique de olhos mais abertos ainda ao passar por um convento e acima de tudo lembre-se do nosso lugar. Podemos ser fortes, mas há uma lei que diz que todos possuem as mesmas chances e as mesmas oportunidades de sobrevivência, independente da sua casca e de seus vícios. No mundo mental as diferenças são ainda menores!

  • Vampiro de mal humor

    Vampiro de mal humor

    Esta noite aconteceu algo um pouco diferente comigo, mas nem tanto.

    Como a Beth ainda está longe eu tenho passado minhas noites vagando por ai em busca de novidades e indo a lugares no qual nunca vou normalmente. Costumo praticar aquela ideia de que quando andamos por ruas diferentes descobrimos coisa diferentes, o que acaba resultando por consequência em novos aprendizados.

    Nesta noite que passou de quinta-feira para sexta-feira, encontrei um bar novo em uma fábrica fechada e próxima a um viaduto. Sabe aquele lugar no qual sempre passamos mas nunca damos muita bola? Confesso que só percebi este em função de minha audição aguçada e de algumas luzes que piscavam por trás de algumas janelas escuras e sujas.

    Fiz alguns breves contatos e soube que era uma baladinha alternativa, mas sem perigos (aparentes) aos sanguessugas.

    Estacionei a moto, desta noite a HD, em uma rua próxima e fui para a baladinha. Sempre fico com um pé atrás quando a porta da balada é fechada e não tem nenhuma alma penada cuidando, mas resolvi mesmo assim me arriscar nesta investida.

    Bati na porta que era de ferro enferrujado com o bico da bota e poucos segundos depois  ouço passos e alguém na sequencia a arrasta lateralmente. Surge então uma mulher grande e forte quase do meu tamanho (1,90) trajada com um elegante terno preto, camisa preta e gravata preta. Óculos preto estilo Ray-Ban e sapatos cuidadosamente lustrados e brilhosos completavam o look da gigante.

    Ela me olhou de cima em baixo, baixou um pouco os óculos sobre o nariz para me ver melhor e me disse:

    –       Tem convite?

    Fiz um sorrisinho de canto de boca,  me aproximei dela e a uns 40 cm de distância de seu ouvido lhe digo:

    –       Preciso?

    Ela então se afasta um pouco para trás, abre o paletó e me dá um cartão verde escuro quase preto, onde havia escrito apenas “VP“ com uma tinta prateada e já um pouco gasta. Penso em perguntar algo, mas ela abre um pouco mais a porta para que eu entre e me acompanha por um corredor escuro que leva para uma escada até uma porta. Ela abre então a porta e lá estava a baladinha.

    O ambiente era de fábrica, muitos corrimões de ferro, dois bares, algumas mesas e cadeiras de ferro, alguns sofás, alguns coqueiros altos. Um DJ em uma pick-up e várias pessoas diferenciadas. Haviam góticos, play boys, patricinhas, gente sem definição e até alguns engravatados mais excluídos. Acho que depois de tanto tempo indo a lugares de gosto duvidoso eu já não vejo tanta coisa estranha.

    Enfim, fiz o procedimento Galego de sempre, olhei ao redor para perceber, imortais, fucei pelo bar, dei um pulinho pelos banheiros. Isso tudo vai parecer estranho para alguns, mas infelizmente é uma rotina necessária quando se possui muitos inimigos como eu e se está em um local diferente e ainda desconhecido.

    Para minha sorte era apenas um lugar diferente então resolvi sacudir um pouco o esqueleto, dancei por alguns minutos. Algumas meninas tentaram flertar comigo, mas não estava com cabeça para tal coisa, nem mesmo para brincar. Já faz algum tempo que venho pensando na Beth e em como nossa situação vai ficar e isso com certeza é o maior dos meus problemas pois realmente amo ela.

    Uma hora e pouco la dentro, já passava das 2 da manhã e resolvi ir embora. Passei no caixa, paguei a quantia mórbida de R$100 reais e fui para minha moto. Para quem achava que essa noite não ia dar em nada vejo ao longe um cara montado na minha moto, que conversava com um outro que estava encostado no muro fumando algo.

    Existem noites em que até uma briguinha não é bem vida e continuei normalmente até chegar perto da moto, onde parei e fiquei esperando o cidadão se levantar. Acontece que os dois continuaram conversando e nada de se levantarem. Sabe eu juro que tento ser paciente, mas nos últimos anos as pessoas insistem em fazer merda. Será que alguém pode me explicar por que alguns humanos precisam levar uma boa surra de vez em quando?

    –       Amigão preciso ir, será que tu se podia levantar dai?

    Para encurtar um pouco a história, o cigarro do outro cara foi parar dentro do ouvido do babaca que estava infectando o banco da minha moto. Já que ele parecia ser surdo nada melhor do que usar os ouvidos deles para apagar a bosta do maldito cigarro que estava me incomodando.

    Sim estou numa fase ruim…

  • Fotos da Nivia

    Fotos da Nivia

    Pessoal abaixo mais algumas fotos para o FanArt.
    Dessa vez quem dá as caras por aqui é a Nivia.

    Adoro fotos em P&B, vocês sabem =)

  • Boemia e vampiros na década de 40

    Boemia e vampiros na década de 40

    Sei que já faz algum tempo que não falo de minhas tantas histórias do passado, mas hoje eu vou contar sobre algo que ocorreu comigo no Brasil antes de eu hibernar. A data como sempre é algo que está em alguma esquina oculta de minha memória, apesar disso, provavelmente foi na década de 40. A cidade foi o Rio de Janeiro, local no qual eu não tive muita tranquilidade e que foi decisivo na minha ideia de dormir por alguns anos.

    Pois bem, era uma época ímpar, a época do alge dos ”malandros” que enchiam os bares todo final de tarde para tomar cerveja, namorar, trapacear e obviamente tocar Samba ou Bolero. Para quem não conhece esses ritmos, eles eram algo musical que deram origem ao pagode e a outros ritmos nacionais populares brasileiros de hoje. Inclusive acho que foram eles que originaram esse tal de Funk, que na minha opinião é um ritmo de gosto duvidoso.

    Então lá estava eu no verão do Rio de Janeiro, em plena praia de Copacabana próximo das 20 horas. Um local pacato apesar dos grandes prédios e hotéis como o Palace que já circundavam a região naquela época. Lembro-me como se fosse ontem do cheiro de vacas que vinha do estábulo do seu José Marques. Um português que vendia leite recém ordenhado e também de algumas pessoas que ainda circulavam pelas ruas em seus cavalos, afinal os carros ainda eram muito caros.

    Eu andava a pé em direção ao Cassino Atlântico, que inclusive foi fechado um pouco depois desse episódio em 1946. Vejo passar por mim um carro barulhento e dentro dele uma mulher e um mancebo. Percebi algo sobrenatural na mulher, mas nada muito forte e continuei minha caminhada.

    Ao chegar no estabelecimento, senti novamente aquela presença da tal mulher do carro. Dou umas voltas pelo local. Várias mesas, uma roleta, e claro várias salas com carteado. Nunca fui muito bom no carteado, mas o pôquer sempre me atrai e resolvi entrar em uma das saletas para algumas partidas.

    Fiquei um tempo entre os gracejos dos senhores e de suas damas de companhia. Ganhei algumas partidas, perdi outras e resolvi parar  depois de umas nove ou dez rodadas. Logo que sai da saleta eu sinto a presença e ao longe a tal mulher. Ela usava um vestido vermelho um pouco curto para a época, um salto alto e um chapéu branco decorado com penas pretas. Ao seu lado estava o tal mancebo que dirigia o carro barulhento. O tal cara era um figurão, vestia uma calça bege, chinelos e um blazer da mesma cor da calça, mas sem nada por baixo deixando a mostra o seu peito e barriga torneados e bronzeados. Ou seja um belo rapaz rico com uma meretriz?

    Ok os humanos até podiam pensar dessa forma, mas eu percebi ao vê-la de perto que era uma vampira nova. Como estava sem o seu tutor, acredito que estava nas suas primeiras caçadas sozinha ou em algum teste de habilidade.

    Aproximei-me e acenei com a cabeça quando passei por eles. Percebi que ela me cumprimentou um pouco desconfiada, mas continuei em direção ao salão principal. Já no salão resolvi brincar um pouco com os dados e não demorou para que uma meretriz se aproximasse. Neste dia eu estava bem barbeado e apresentável, usando uma calça preta, um sapato sem meias e uma camisa branca dessas que mostram um pouco do peito e mais soltas no qual eu não sei o nome.

    Logo de cara a moça ficou com a mão na minha cintura, percebi que ela queria algo a mais que minha carteira e dei a chance dela mostrar o seu serviço. Entre algumas caricias e afagos resolvi que a moça precisava de um pouco de afeto e lhe disse que ela podia me acompanhar pelo restante da noite. O engraçado é que esse tipo de mulher nem se importa com o meu toque gelado e algumas chegam até a achar que é charme e querem me aquecer.

    Entre chamegos e carícias me surge novamente a mulher de vermelho com seu mancebo que já estava bem alcoolizado, falando alto e cambaleando. Não demorou para que ele tropeçasse em algo e fosse ao chão. Como estava perto aproveitei para me aproximar, lhe ajudei a levantar e ir até o carro. Deixei minha companhia dentro do cassino e fui matar minha curiosidade, mesmo sabendo que isso poderia atrapalhar a caçada da vampirinha, afinal algo tinha me atraído nela.

    Já no carro a senhorita de vermelho me fala.

    – Obrigado, mas eu não sei como ir embora, pois não sei dirigir.

    Então eu circulo em volta do carro, vou em sua direção e próximo de seu ouvido sussurro algumas palavras:

    – Coitadinha da pobre dama indefesa que não sabe dirigir.

    De imediato pela aproximação ela percebeu que eu também era vampiro. Deu um passo para trás e com vergonha me diz com sotaque espanhol.

    – Desculpe ainda não sei reconhecer bem os nossos.

    E assim eu havia conhecido a Delcine, uma vampirinha novinha,  um cassino breve que tive e que mais tarde inclusive passou um tempo na Europa com minha irmã Eleonor. Até que ela era bonitinha e jeitosinha, mas era um tanto burrinha e alguns anos depois, enquanto eu já hibernava, ela foi assassinada por um caçador.

    Ahh sim o que fizemos depois que nos conhecemos no carro? Passamos algumas noites usufruindo dos luxos daquele seu mancebo. Uma das poucas e boas lembranças daquela época e daquele lugar.

  • O que separa os humanos dos outros seres?

    O que separa os humanos dos outros seres?

    Para que eu possa situa-los melhor, no sábado eu fui numa festa pública em São Paulo chamada Virada Cultural, junto de minha noiva e de uma amiga. Em meio a várias situações ruins no qual passamos ainda tive o desprazer de ter meu celular roubado.

    Quando um grupo de vampiros se reúne para conversar é inevitável não falar dos humanos. Vivemos na marginalidade de sua sociedade, eles são a maioria e tudo o que fazemos ou deixamos de fazer quase sempre é influenciado por esses seres que se dizem evoluídos. Não nego que muitos humanos sejam pessoas dignas e que também sofrem as custas dos maus elementos, mas até que ponto a humanidade ainda é algo sadio para o ambiente terreno?

    Ouço frequentemente alguns irmãos sanguessugas tendo ataques de fúria, querendo promover verdadeiros holocaustos, diante de tanta barbárie que é vista comumente em jornais, revistas, na TV e na internet. Ouvimos, vemos e enfrentamos em nossas noites uma série problemas sociais e sempre fica uma questão em aberto, por que o ser humano é o único entre os seres deste mundo que consegue ser tão ruim para com o seu próprio semelhante?

    Certas dúvidas sempre pairam a cabeça deste velho filósofo. Confesso como sempre que não sou o melhor exemplo de conduta. Tenho os meus vícios, os meus momentos de fúria impensada e até já cometi muitos crimes a seres humanos indefesos. Todavia isso é da minha natureza e se fizermos uma comparação estúpida vocês não culpam o homem por se alimentar do pobre boi indefeso, ou seja, cadeia alimentar é algo completamente diferente da criminalização banalizada no qual citei anteriormente.

    Enfim, alguém em sã consciência e longe de pré-conceitos poderia me explicar por que diabos um babaquinha menor de idade rouba um celular de um cara que estava tirando fotos em uma praça pública? O que ele vai fazer com a bosta do aparelho que bloqueado imediatamente e não pode ser mais utilizado em nenhuma operadora, pois teve o seu IMEI também bloqueado? Sem cabos, sem carregador…

    Ok esqueci de mencionar o fator status social. O que é isso? Bom é algo que existe desde muito antigamente e o problema começa quando as pessoas o confundem com glória. Glória por sua vez era o que existia antigamente quando um cara montava um exército e conquistava o seu reino, vivendo por muitos anos como um rei sendo respeitado por dar segurança a determinado povo.

    Roubar para se gabar diante dos coleguinhas gays que andam em grupinhos? Não ofendo aqui os gays, longe de mim desrespeitar esta opção sexual, faço apenas uma referencia ao fato desses bandidinhos, metidos as marginais ao andarem em grupinhos, fazendo comedidos arrastões. Esse tipo de ato cometido sempre em grupos só pode ter uma conotação de amor ao seu amigo muito próxima.

    Por que diabos nenhum deles age sozinho? Obviamente não o faz por que no fundo ele é um covarde que borra suas vestes sempre que tem pesadelos. Um covarde que nunca vai sentir a glória de carregar uma arma e banir de suas terras o mal que a assola. A glória de salvar alguém em perigo diante de um mal maior. A glória de ter amigos verdadeiros que o respeitam por seus atos. Enfim, a glória de viver uma vida baseada em respeito aos semelhantes e morrer com honra.

    Há vários anos atrás eu conheci um praticante do Bushido que me ensinou algumas regras para viver melhor. Durante muitos tempo eu pratiquei sem saber, acho que agora é chegado o momento de pratica-la com mais força e divulgar os seus benefícios. Minha alma já está condenada, mas quem sabe com minhas palavras e prática eu consiga salvar alguns perdidos.

    As 7 virtudes dos Samurais:

    1. GI – Justiça e Moralidade, Atitude direta, razão correta, decidir sem hesitar;
    2. YUU – Coragem, Bravura heroica.
    3. JIN – Compaixão, Benevolência.
    4. REI – Polidez e Cortesia, Amabilidade.
    5. MAKOTO – Sinceridade, Veracidade total.
    6. MEIYO – Honra, Glória;
    7. CHUU – Dever e Lealdade.
  • Depósitos de sangue

    Depósitos de sangue

    Estava tranquilo em casa vendo alguns e-mails, gravando um podcast com o som ligado e preparando uma jantinha leve para o meu amor. Acontece que ao longe o maldito perfume de plasma a precedeu a sua chegada. A medida que ela se aproximava do cômodo onde eu estava era nítido que havia acontecido alguma coisa. Abri a porta e ao longe ouço a descarga do banheiro. Falo:

    –       Boa noite amore tudo bem?

    Ela então responde com uma voz que deixa perceptível o seu cansaço entrelaçado com um sofrimento comedido:

    –       Oi bebê… Nossa quase que eu passo vergonha no ônibus…

    Antes que dela terminar o seu rito, me vêm a cabeça o que havia ocorrido. Mais que depressa sio de perto e vou para a varanda mudar os ares. Por mais que nossa respiração não seja automática igual aos humanos, nesse momento ela insiste em farejar o que havia sentido anteriormente… Maldito demônio sempre me surge nas horas mais inoportunas…

    Enquanto eu me acalmava, coisa rápida de uns 3 min ela me surge dando um abraço caloroso pelas costas e me fala.

    –       Nossa amor que dia… Ixe está nos teus dias de novo?

    –       Pois então, (respondo eu) estava tentando permanecer mais alguns dias sem ir atrás de comida, mas acho que vou ter de sair hoje. Os teus “dias” romperam minha rotina, melhor eu fazer algo para não termos nenhum contratempo.

    Cara que ódio que tenho de mim nessas horas. Que ódio que eu tenho quando ela me olha com aquela carinha de pena… Que ódio…

    Fiz algumas ligações e lá fui eu para um Riv`s. Riv`s é abreviação de Red River, alguns chama de bar outros de depósito, pra mim é um grande problema. Pois o local é mantido por uma máfia vampiresca. Um sub grupo de sanguessugas que tem contatos no submundo e que tem nesses lugares uma fonte de renda, para manter os seus negócios.

    O Riv`s mais perto de onde estamos fica a uns 20 min de moto e lá fui eu. Tendo em vista que é um local frequentado pela escória de nossa sociedade eu fui preparado da mesma forma como se estivesse indo a uma caçada.

    Paro a moto, desta vez a Harley em uma rua próxima e vou para o local a pé. Uma porta marrom enferrujada em meio a tantas outras oculta um mundo desconhecido a maioria dos transeuntes que alí passavam. Dou três batidas e logo ouço uma voz grave no interfone: “Quem?”.

    Respondo a senha e a porta é destrancada. Desço uma escadaria escura e ao final do corredor uma outra porta também de metal é aberta, mas esta é lenta e dá a vontade de empurrar.

    Espero que a porta se abra e o local vai ficando visível. Algumas mesas, um modesto palco com um pole dance. Alguns vampiros se misturam a alguns carniçais e humanos. Gente de todos tipo mas em sua maioria marginais. O local devia ter algo em torno de uns 100 indivíduos. Algumas garçonetes que mais pareciam putas de filme policial serviam as mesas e em um balcão duas meninas faziam o papel de barman. Aproximo-me do balcão e peço logo de cara o que eu queria:

    –       Sangue!

    Ela chama a outra menina do balcão e esta por sua vez me leva até um quarto. Neste quarto, longe do barulho da música alta ela me fala das opções:

    –       Gatinho, cê quer bolsa ou uma das garotas?

    Estava esquecendo de comentar que neste lugar acontece outro tipo de prostituição. Ali algumas pessoas vendem o seu próprio sangue aos que tiverem dinheiro para pagar. Confesso que isso é sempre uma proposta tentadora, mas eu resolvi ficar com as bolsas mesmo.

    Então a garota, sai e depois de alguns minutos volta com uma sacola térmica. Nela 4 bolsas de sangue, um copo e guardanapo vermelho de pano. Dou-lhe o dinheiro que deve ser em espécie e faço o meu desjejum.

    Quem bom seria se eu sempre pudesse fazer isso não é mesmo? O Problema é que o dinheiro que eu dei provavelmente vai financiar algum grande assalto, pode ser usado para armar gangues, para comprar drogas. Sem contar o fato de que um Riv nunca é um lugar seguro. Quase sempre são feitas batidas policiais, muitas histórias são contadas de caçadores e até peludos que invadiram esses lugares e não deixaram nada nem ninguém vivo…

    Por sorte volta para casa tranquilo e termino minha noite na cama tranquilo com a patroa. Ela saiu agora a pouco e resolvi escrever para não perder os detalhes de mais essa minha incursão no mundo oculto que existe por trás do que os humanos acham que é realidade.

  • #FanArt da Bel e alguns fatos dos últimos dias

    #FanArt da Bel e alguns fatos dos últimos dias

    Bom começo de noite e semana e todos!

    Hoje escrevo um #FanArt diferente, alem de publicar algumas fotos da Bel uma das leitoras mais participativas do blog, eu vou fazer alguns comentários sobre os últimos dias.

    Hoje é um dia importante pois fazem 14 dias desde que me alimentei pela última vez e preciso dizer que não estou com fome. Como eu já disse em outros momentos eu necessito de alimento a cada duas semanas em media e fico muito feliz quando sinto fome depois de todos esses dias.

    É extremamente difícil prever quando precisarei de sangue e isso me faz cair numa rotina. Todavia as vezes eu tento bater o meu recorde como agora, afim de aumentar minha resistência a maldição. Quem sabe um dia eu conseguirei vencê-la? Sabe-se lá, porém não custa tentar…

    Bom não quero estragar o FanArt da Bel, mas como ainda não tenho um espaço melhor para divulgar esses textinhos curtos eu preciso usar os que tenho.

    Uma notícia boa é que estamos estudando uma versão nova para o blog com mais interações. Estamos estudando essa nova estrutura a mais de 3 meses e já estamos bem avançados. Portanto aguardem novidades para muito breve =)

    Enfim um poema de minha querida Bel:

    DELIRIOS…..

    Sabe as vezes acho que estamos dançando e parece uma valsa compassada, requintada dança com passos regulares; mas que tédio! Em outras vezes já estamos dançando tango, apaixonado ritmo; corpos entrelaçados, ciúme, sangue, morte… tão envolvente misterioso e assustador! Mas no entanto o que mais me preocupa é quando não estamos dançando, quando me parece ao menos que estamos de mãos dadas caminhando lado a lado. Querido esta amanhecendo, e eu te esperando… Espero que você estejas bem, o céu esta se tornando azul marinho logo ele ficara dourado, os pássaros estão acordando mas os humanos ainda repousam  e eu estou aqui desfrutando da companhia de uma coruja assistindo a madrugada, a mente em disparada; correndo contra pensamentos sombrios pensando em presas ternas e saborosas do alto da torre de uma igreja em ruínas… Sonhe querido; sonhe…Solte-se; acredite que qualquer momento de qualquer forma todos temos o direito de amar Deixe em seu delírio ser encaminhado para o pais dos sonhos ou para a terra do nunca. Querido humano em sua terna idade, você já é um vencedor, querido com seus fantasmas e correntes você ainda consegue caminhar, querido com todo seu esforço para se adaptar você cativa a tudo e a todos. meu amado tente entender estamos em um baile de mascaras tente entender , todos os dias caminhando por entre mortais com nossas fantasias, nossos sonhos enjaulados em gaiolas de ouro nos tornando cinzas e renascendo a cada segundo. Estamos em uma terra estranha aonde sempre seremos estrangeiros aonde nunca seremos bem vindos, aonde cortamos nossas asas para não atrapalhar a passagem. Querido a janela de seus olhos é de puro cristal sonoro límpido e assustador. Mais do que olhos de ressaca, mais do que doces expressões, olhares de reprovação. As vezes humilde peregrino  uma doce e inocente criança mas querido quase sempre esses olhos observam uma rosa se nome adornada com outras rosas esmagadas e esses olhos enxergam através da seda da carmim das penas de pássaros do granito da estátua. Quando será nosso próprio encontro meu querido? Quando dançaremos de novo?Valsa?Tango? Tocando as mãos como Romeu e Julieta, talvez apenas uma troca rápidas de olhares. Sinceramente meu querido espero que estejas bem, e que minhas garras não tenham te ferido muito. Não sou muito boa em alcançar voo com uma carga sobre minhas patas, ao menos que eu va devorar em seguida… Meu querido espero que seus cortes ja tenham sarado espero que quando acordares pense que foi so um sonho e te espero adormecer novamente para mais uma vez a gente dançar…

  • Ciganos e vampiros

    Ciganos e vampiros

    Sem sombra de Duvidas a Espanha é um dos países que possui a maior quantidade do povo Rom no mundo. Os Rom, chamados de Ciganos aqui no Brasil são um povo sem nacionalidade única, muitos vivem nos famosos acampamentos ao redor do mundo e o mais interessante de sua cultura é que muitos grupos são vistos fazendo uma espécie de parceria com os vampiros e lobisomens.

    A magia cigana, ou melhor o ilusionismo cigano é muito famoso. Logo ao se depararem com ciganos a reação de muito é quase sempre a mesma: ”Lá vem aqueles chatos pedirem dinheiro”, “Putz outra panela de cobre?”, “Não senhora não quero que leia a minha mão”…

    Acontece que muitos desconhecem os verdadeiros ”Gipsy Power”, algo sem nome definido, mas que provem em muitos aspectos do antigo Hinduísmo. Eu prefiro chamar de “Poder Cigano” por que depois de tantos séculos ele já pode ser considerado algo totalmente cigano e diferente da antiga religião Hindu.

    Dentre as particularidades desse povo, pode ser percebido muitas coincidências com a sociedade vampiresca. Os deuses ciganos geralmente se manifestam a noite, são divididos em clãs, sendo que cada uma dessas famílias são organizadas pelas leis do “cara” mais velho do grupo ou o que possua mais riquezas e conseqüentemente mais poder de persuasão sobre os demais. Há grupos tanto nos ciganos como nos vampiros que são matriarcais, ou seja, uma mulher é a “Rom Baro”, mas isso são exclusivas exceções.

    Ciganos e vampiros juntos? Sim, existem clãs de ciganos vampiros ou vampiros ciganos e a última vez que tive contato com eles foi ontem. Por motivos óbvios não posso dizer o local que nos encontramos, mas foi muito bom rever alguns conhecidos e em específico uma amiga apelidada de ”Madame …”.

    Madame é uma vampíra cigana que a muitos anos é matriarca de uma trupe de ciganos. Quase todos os membros do grupo foram transformados pela própria Madame que possui um gosto apurado por jovens e belos artistas.

    Gosto muito de encontrá-los e apreciar bons momentos entre as artes, as conversas e a troca de favores. Madame constantemente insiste em adivinhar o meu futuro, mas inevitavelmente terminar sempre com a mesma frase: “O teu futuro é você que faz…“.

    Dentre alguns favores que trocamos consegui, algumas pistas interessantes sobre as assassinas do Zé e acredito estar cada vez mais próximo de um solução para este infortúnio.

    Espero em breve vir a público contar a todos vocês que consegui pelo menos libertar a alma do meu irmão.

  • Fanart – Fotos da Dani

    Fanart – Fotos da Dani

    Pessoal, desculpem o meu ato falho.

    Na sexta estava muito ocupado com alguns amigos, que aliás ficaram conosco o final de semana inteiro e esqueci de colocar a fanart de sexta.
    Estas fotos foram enviadas pela Dani. Ela me disse que se achou um pouco “emo” o que vocês me dizem?

  • Matei uma criança?

    Matei uma criança?

    O problema da menor idade que amplia a impunidade no Brasil é gigante.  Os vampiros não costumam atacar crianças, mas quem já possui vida sexual ativa, que sabe roubar e até matar não é mais criança não é mesmo?

    Não sei se alguns de vocês ficaram se perguntando como que eu me alimentei nas duas últimas vezes? Bom, como teve uma pessoa que lembrou disso eu vou contar nas próximas linhas como foram as minhas duas últimas caçadas. A primeira ocorreu no dia 13 e a outra ontem dia 27/04.

    No dia 13 eu ainda estava meu conturbado em função daquele maldito mago que tentou me enganar passando-se por um peludo. Mesmo assim precisei manter o vício e fui atrás de mais alguns pescoços.

    Com o meu cunhado puto comigo e sem nenhum alvo aparente o negócio foi sair noite a fora em busca de algum desavisado. A noite estava boa e decidi ir de moto mesmo. Fiz meu tradicional ritual, calibrei as pistolas, verifiquei o colete, coloquei algumas musicas novas no player e abasteci a moto na minha garagem mesmo. Além disso, dei um breve ”até logo” para a Beth, beijando a sua testa. “Querida volto logo…“

    Toda vez que saiu assim sem rumo eu fico com dó da carinha que a Beth faz, pois sei que deve ser bem difícil para ela. No entanto, meu companheiro demônio precisa ser alimentado e preciso dar atenção para ele.

    Atualmente estamos em uma das propriedades da minha família, um local distante do centro da cidade mais próxima, em função disso não me demorei muito nos preparativos e sai próximo das 21h. Até o centro da cidade levei algo em torno de uma hora e agora perto das 22h as ruas começavam a ser evacuadas. Muitos estudantes rumavam para suas casa e várias pessoas trocavam de turno em seus trabalhos.

    Já que teria de esperar o movimento acalmar mais, resolvi ir então para um bar de um amigo. Estacionei a moto perto da porta de entrada, cumprimentei o segurança, que era novo por sinal e fui para o escritório. Lá estava aquele filho da puta cheirando de novo. “Cara já te disse que essa merda vai te arromba ainda”.

    Ao me ver o mala se assusta, espirra e tosse um pouco de pó… “Ta vendo eu não te disse! hahahaha“. Depois que a merda já estava feita ele cata um lenço do bolso, enxuga o que dá e me fala: “Porra Galego que bosta, não podia esperar um pouco antes de entrar seu viado!”.  “Tu sabe que eu não gosto de ver usando essa merda“.

    Vou em direção a ele para dar um abraço e de imediato sinto cheiro de sangue. Ao espirrar uma artériasinha do nariz do infeliz deve ter estourado e la estava o precioso liquido colorindo o lenço. De imediato as minhas presas aumentaram, tive um certo desconforto para disfarçar, mas contive por hora o demônio.

    “ahahah e você ainda com essa porra de sede sangue“ Espera ai que tenho um presente pra você.  Então ele saiu da sala, ouço duas portas se abrirem e um breve assovio. Na sequencia ele me aparece com o segurança novo. Alfredo, fale aqui pro meu irmão daqueles pivetes que fizeram rolo aqui outro dia.

    O segurança me contou que dois garotos menores de idade vieram no bar e depois de muita bebedeira quebraram algumas coisas e saíram por ai de carro. Inclusive se envolveram em um acidente e uma mulher que recolhia latinhas veio a falecer.

    Ok, agora eu já tinha um alvo e pelo menos dois pescoços. Fui para a casa de um deles, em forma de morcego dei umas circuladas e parado no escuro em cima de um muro eu aguardei até que alguém surgisse em alguma janela. Não demorou muito para  que alguns gritos de mulher fossem ouvidos “Garoto, você sabe o trabalho que tivemos na semana passada para te livrar da cadeia, vê se hoje não apronta nada, meu filho“. Nessas horas da vontade de bater numa mãe e num pai desses, mas me contive e esperei até que o garoto saísse. Ele era bonito, tinhas belos músculos torneados e usava uma camiseta colada e de mangas curtas para realçar os seus dotes e sua tatuagem com alguns kanji no braço esquerdo.

    Ele montou na sua moto, uma Srad  750 azul com branco, colocou o capacete no cotovelo e acelerando alto foi até um posto que fica a umas 4 quadras do sua casa num bairro de luxo. Neste momento eu já estava novamente em forma humana e com a moto parei próximo a ele no posto.

    Puxei uma conversa: “Duvido que essa Sradsinha ande mais que a minha Harley 77“.  O garoto olhou minha moto e disse: “Quem sabe?” e ficou me encarando. Como adoro demonstrações públicas de testosterona lhe disse: “Te espero ali na esquina“. Então subi na moto, fui até a esquina e o aguardei. Depois de uns 5 min. Ouvi o ronco alto da moto de escapamento aberto se aproximando e logo em seguida o sinto passar muito rápido por mim. Arranquei o mais depressa que pude e até os 150Km/h lhe acompanhei bem, depois tive de ficar na minha por que convenhamos a moto dele andava bem mais.

    Logo em frente ele me esperou em um semáforo e quando consigo chegar ele me fala “Cara cê realmente achava que ia me acompanhar com essa lata velha?“ “Hei garoto mais respeito com as relíquias“ . Ele deu uma risadinha e apesar do tamanho e dos músculos  sua idade ficou evidente.  Eu podia acabar com ele ali, Um golpe seria suficiente para derrubá-lo da moto, mas eu queria saber do amigo que estava com ele no carro que atropelou aquela pobre coitada.

    Por sorte o garoto toma a iniciativa e me fala “Ai, se tiver afim de conhecer moto de verdade aparece  nesse bar as 2h eu to promovendo a parada“ e me deu um flyer que mostrava o endereço e o nome do tal lugar. Na seqüência o sinal esverdeou e ele saiu empinando a maldita moto sem placa.

    Dei mais umas voltas pelo centro e as 2:30 cheguei no lugar. Era um pouco fora do centro quase em um bairro e lá estava o garoto junto de alguns amigos todos mais velhos com suas motos de corrida ilegal e ao que tudo indicava já no fim da festa.

    “Chega ai cara“ e me deu uma latinha de cerveja. “Hei garoto eu não bebo“ “kkkk que frutinha meu“. Fico um pouco nervoso nesse tipo de situação,  não posso me alimentar e isso poderia acabar com o disfarce, mas retruquei “Ontem a birita foi grande e hoje to de boa“. Sentamos numa mesa, papo vai e vem e alguém fala “E ai Caca, como que foi a parada da semana passada?“. O garoto procura quem disse e já meio tonto da cerveja fala: ”Ah nada demais só uns arranhões no carro, a policia queria me levar, mas dai meu coroa veio, libero uma grana pro guarda e me tiro de lá… Dá nada né Paulo hehehe”. Nisso ele olha para um cara do lado dele e os dois caem na maior gargalhada.

    Senti meu corpo estremecer os caninos afloraram e fui até o banheiro aliviar a tensão. Na volta passei pela mesa e disse: “Galerinha prazer em conhecer vocês, outro dia conversamos melhor, preciso levar pão pro café da manhã da patroa”. Alguns nem deram bola, outros riram e o garoto fala ”Falo cara volta la pra saia da mulé volta”. A vontade de bater nele ali mesmo era tanta que precisei arranjar forças do além para me conter.

    Parei minha moto em uma rua próxima e os aguardei. Umas 3 e meia o bar fechou e eles começaram a ir embora. Não tardou e o playboysinho passou com sua moto. O segui até uma rua apropriada, emparelhei do seu lado e o derrubei, empurrando com a perna direita. A moto o derrubou e na queda ele desmaiou, Foi uma pena ele não ter ouvido algumas verdades antes de partir dessa para uma pior. A fome falou mais forte e me alimentei por um corte que havia sido aberto em seu peito.

    Noutro dia ouvi alguns comentários na imprensa local, e todos repetiram a mesma história, Garoto de 16 anos cai de moto e morre. Vestígios de bebida alcoólica são encontrados em sem sangue e a causa da morte foi parada múltipla dos órgão devido a perda de sangue. A família está comovida, mas visinhos confessam que já esperavam que isso pudesse ocorrer.

    Duas semanas e como sempre minha fome havia voltado, no entanto, desta vez eu já tinha uma porta para bater e o escolhido foi o tal de Paulo.  Este recebeu uma boa lição, ouviu algumas coisas, ficou inconsciente ao me doar muito sangue, mas ainda está vivo por ai. Resolvi testar e ver se ele vira boa gente depois dessa segunda chance que lhe dei. Nos próximos meses ele será minha cobaia e a qualquer novo deslize terei prazer em promover um encontro entre ele e o meu demônio.

  • Fotos da Jessica e poema

    Fotos da Jessica e poema

    Pessoal sexta é dia de #Fanart

    Para tanto abaixo um poema escrito pela Mariliz Marins, acompanhado de belas fotos enviados pela Jessica Campeoti.

    Eu,
    Objeto de desejos contidos,
    Fruto suculentos instigando furores libidinosos.
    Eu, animal.
    Eu, instinto.
    Eu… fatal.
    Aparentemente bela.
    Superficialmente frágil,
    Tal qual um frasco de veneno
    Que, quebrado, esvai-se pelos solos tornando-os inférteis,
    E, se ingerido,
    Torna-se sem soluço.
    Veneno do qual vários seres imploram antídoto.
    Porém, um mórbido prazer me faz negá-lo.
    E a crueldade em mim presente torna-me irresistível a
    Incansáveis seguidores masoquistas.
    Só ditos suplicando migalhas do meu amor,
    As quais prefiro lançar aos ventos, aos mares,
    a Natureza, alcova dos meus segredos,
    Que a mim empresta os seus mistérios,
    E me faz encantadora sugadora de energias
    A seu serviço,
    A serviço da bola incandescente.
    Do início do Universo
    Do ápice da existência.
    Eu, energia… Eu, bela… Eu, fatal…
    Arrasando corpos e colecionando almas,
    a procura do encontro supremo,
    O encontro com a minha própria existência…