Categoria: Histórias

Nesta seção você encontra historias, contos e relatos relacionados ao mundo real e sobrenatural. Verifique a indicação de faixa etária no início de cada texto.

  • Promessas de ano novo

    Promessas de ano novo

    1 – Fazer justiça pelos que não podem se defender sozinhos.
    2 – Praticar o consumo de sangue consciente.
    3 – Manter a tradição da família.
    4 – Dar mais atenção as pessoas que nos amam.

    Início de ano é sempre a mesma coisa, pessoas fazendo suas famosas listinhas com afazeres e pensamentos sobre desejos e ambições para o novo período de ano que se inicia. Pelo que me lembro essa história de contar o tempo surgiu com um papa chamado Gregório? Bom, se alguém souber quem foi me avise, pois não tenho certeza. Enfim, é uma época em que os humanos repensam o ano que passou e planejam forçadamente o que virá. Digo forçadamente afinal é algo tão falado na mídia que se torna meio que obrigação pensar e planejar o que será feito no ano que se sucede.

    Isso é algo que acho ruim, pois as pessoas deviam planejar cada uma há seu tempo o que virá e o que desejam para si. Se não é sempre a mesma história: Todo mundo promete, mas quase ninguém conclui… Além do que não é apenas questão de planejamento pessoal é questão de como se leva a vida o que se faz e o que se deixará de bom para as próximas gerações…

    Papo estranho? Não mesmo! É que às vezes eu preciso dar umas cutucadas, afinal vejo tanta coisa ruim ou mal feita por ai que me da nos nervos.

    Vampiros comemoram a virada de ano? Eu que sou mais participante da sociedade humana sim em parte, mas a grande maioria não, afinal depois de alguns séculos a questão espaço tempo passa de forma diferente para nós e é difícil até mesmo lembrar datas como aniversários ou que marcaram.

    Sem contar o fato de que nossa sociedade possui mais de 5000 anos de história e comparar as coisas através do calendário ocidental se torna algo estranho e complexo.

    Esses são os pensamentos e filosofias que circundam minha cabeça durante as noites, muitas vezes precisamos nos adaptar ao meio em que vivemos mas no fundo o passado e o que fizemos sempre retorna para nos assombrar ou pelo menos confundir.

    O que eu fiz no ano novo? Fui com a Beth para a casa de um casal de amigos, depois dos fogos e das promessas voltamos para nossa casa para continuar nossos caminhos. Afinal, existem coisas que nunca tiram férias, como: Asmodeus, Belzebu, Mammon, Belphegor, Azazel, Leviatã e o famoso Lúcifer.

  • Vampiros da Romênia

    Vampiros da Romênia

    Olá querido leitor, hoje início uma nova etapa deste blog/site, onde irei publicar alguns textos produzidos por pessoas provavelmente iguais a você. Antes que vocês reclamem eu irei continuar meus contos e minhas histórias sobre o nosso dia a dia dos vampiros e isso é apenas mais uma forma de agregar conteúdo a este portal…
    Deliciem-se com o texto abaixo produzido pela minha querida Letícia (Lella para os íntimos). Ao final eu fiz algumas pequenas considerações importantes…

    Os vampiros romenos

    A Romênia é a cidade onde muitos dizem ser a Origem dos Vampiros e se não bastasse varias testemunhas até dão características desses vampiros Romenos: “Cor do cabelo: Negro; Cor dos olhos: Vermelho ou Negro; Habilidades: Poderes básicos de vampiro; Lealdade: Clã Romeno…

    Para meu desgosto, que teimava em não acreditar que coisas assim existissem vim, a saber, por uma colega sobre uma doença, que por alguns é conhecida como “doença rara dos vampiros”, e é uma doença real, chama-se porfiria: Porfirias são um grupo de distúrbios herdados ou adquiridos que se manifestam através de problemas na pele e/ou com complicações neurológicas (certas pessoas fantasiam essas complicações neurológicas como “sede por sangue”)… Que onde exatamente na Romênia, essa doença se espalhou, causando um pouco de caos, e as histórias dos vampiros começaram surgir !

    Mas de onde surgiu a lenda?

    No ano de 1431 nasceu Vlad III voivoda da Valáquia. O termo voivoda significa, príncipe (é como costumo chamar o Galego), conde ou governador, em romeno. Vlad III se tornou famoso por seu sadismo, era respeitado pelos seus cidadãos por sua ferocidade contra os turcos. Fora da Romênia, o voivoda é conhecido por suas atrocidades contra seus inimigos. Alguns sustentam que essas atrocidades teriam inspirado o escritor Bram Stoker a criar seu famoso personagem, o Conde do romance Drácula (afinal muito conhecido por todos nós)… O príncipe tinha o hábito de empalar seus inimigos, atravessando-os com uma estaca de madeira. Os números de mortos chegariam a dezenas de milhares. Ele foi um grande influenciador dos contos (magnificos) de vampiros ! A Transilvânia é o nome atual do território romeno onde viveu Vlad III, consequentemente, a região é a “Meca dos vampiros“, cheia de colinas, nevoeiros e florestas – Sendo assim o alvo principal para vários contos sobre os “Seres das Trevas”. Os morcegos, coitados, foram introduzidos depois associados com o hábito de sugar o sangue, mas sabemos que os morcegos hematófagos na verdade são minoria…

    “Agora, existem vários termos referentes a vampiros, criados depois disso, como vampiro energético”, que não tem nada a ver com sangue, e outros mais relacionados ao ato de tomar algo de alguém…

    A imaginação dos seres humanos é uma coisa que realmente ultrapassa tudo… Por isso encontramos muitas coisas realmente absurdas dos vampiros, e sempre tem algo da Romênia envolvido… Tanto é que as pessoas acreditavam que os vampiros eram as almas dos suicidas e dos bandidos condenados à morte. Segundo a tradição, seus corpos não se decompunham até completar o período de pré-estabelecido. Assim, eles despertavam no meio da noite e saíam em busca de vítimas para sugar-lhes o sangue. Claro caros amigos, que depois de saciados os benditos seres da noite voltavam para suas covas e ficavam em animação suspensa, seguindo assim um ritual de espera… Até que a fome os levasse a matar novamente… Existe um grande Filósofo que até escreveu sobre os vampiros…. Voltaire!

    “Estes vampiros eram corpos que saem de suas campas da noite para sugar o sangue dos vivos, nos seus pescoços ou estômagos, regressando depois aos seus cemitérios. ” (perfeito não?)

    E como no blog existe um Post de Elizabeth Bathory, não deixaremos de explicar sobre a principal influenciadora do mito dos vampiros Romenos.. A condessa matou 650 pessoas por pura crueldade, mas faleceu encarcerada em um aposento do castelo de Cachtice, sem portas ou janelas, foi sepultada em Ecsed… Se quiser saber mais é só pesquisar no blog! Na Romênia existe diferentes histórias do que pode derrotar um vampiro… Como aquelas camuflagem de estaca no coração, alho, água benta e crucifixo…. Mas disto tudo o que ainda consideramos verdade é o temor pelo Sol, fato que até hoje mantém as histórias vivas para quem visita a Romênia.

    Considerações finais pelo Galego

    Não tenho muito a acrescentar quanto às lendas que provém das histórias Romenas passadas de pais para filhos humanos. Apenas lembro-me que passei pela Romênia no início do século 20 mais precisamente em 1938, época estranha onde se vivia um período instável e muitos de nós foram caçados. Muitos foram mortos não pela questão sobrenatural, mas por serem confundidos com inimigos de muitos estados. Uma fase difícil que com certeza foi um dos fatores que contribuiu para minha hibernação de mais tarde… Apesar disso, ainda quero voltar lá algum dia, aliás planejo para breve uma longa viajem mundo a fora, só dependo de alguns contatos.
    Outra questão que gostaria de comentar é sobre o meu querido Voltaire, acho que ele não vai se incomodar se eu revelar que ele foi um grande vampiro…

  • Dicas para vampiros novatos

    Dicas para vampiros novatos

    Nestas últimas noites eu estava sem ter muito que fazer e resolvi reler o manual do aprendiz Franco Maçom. Não sei quem de vocês já leu, mas devem concordar comigo que é literatura cheia de “firulas”. Acredito que as coisas deveriam ser mais simples não acham? Já que é algo bom dedicado aos aprendizes e não aos graus mais elevados. Tudo bem que o objetivo deve ser de fazer certa filtragem nos aprendizes, mas por que não ir direto ao assunto, não é mesmo?

    Em função disso, eu tive a idéiade fazer um post em específico aos novos vampiros, dando algumas dicas e para que vocês saciem um pouco mais a curiosidade sobre nossa cultura. Nas próximas linhas que seguem o conteúdo será voltado aos sanguessugas noturnos popularmente denominados por vampiros, se você é humano, não tente reproduzir o que falo, pois obviamente há grande risco para tua vida, além de se passar por ridículo dependendo de onde e com quem estiver.

    Discrição
    Uma das primeiras dicas que posso dar a um novato que circula pela noite é a discrição ou nada mais nem menos do que ser pouco chamativo. Evite roupas coloridas demais, prefira os tons escuros e lugares desconhecidos. Obviamente caçarás de início com teu senhor então siga o que ele te disser sem pestanejar. Um dos maiores índices de morte é quando o vampiro é novo, haja vista que eles sempre acham que podem ser “o dono do mundo”.

    Limpeza e higiene
    Todos sabem que não existe coisa pior que uma pessoa fedida. Caso nunca tenhas percebido é só tentar passar perto de um mendigo depois de um dia de primavera, onde há chuvas e sol quente no mesmo período. Portanto amarás a escovação de dentes afinal ainda somos alvo das cáries, placas e mau hálito. Nossas glândulas sudoríparas também continuam funcionando, acho que isso era uma forma de demarcação de território utilizada pelos antigos noturnos, mas é algo que hoje em dia incomoda muito, principalmente se vós fordes um vampiro urbano.

    Unhas
    Esse assunto poderia estar junto do parágrafo anterior, mas devido a sua importância falarei em separado. Cuide e trate bem das suas unhas no início de sua vida vampiresca. Com o tempo elas endurecem de tal forma que se tornam armas importantes no combate corpo a corpo, inclusive alguns vampiros anacrônicos a utilizam como arma principal em suas caçadas. Além disso, as unhas banhadas em sangue vampiresco podem ferir com mais intensidade seres sobrenaturais. Lembro, dê atenção ao seu corpo, não é legal passar a eternidade sendo um mostro sujo, isso só o aproximará do seu demônio o que com certeza vai encurtar sua estadia entre nós.

    Vivendo no mundo mortal
    Em função do sangue humanos ser a principal fonte de alimento dos vampiros, é inevitável sua presença entre os seres do dia. Desta forma, a atuação como mortal é fundamental para a nossa sobrevivência, sendo sincero, sobreviverão apenas os que conseguirem se passar por humanos normais. Lógico que você não precisa namorar uma mortal, adotar filhos e ter um emprego de vigia noturno… Durante os seus primeiros anos poderá até continuar utilizando os seus próprios documentos, mas com o tempo precisarás adotar novos nomes e às vezes é importante se manter distante da família mortal caso tenha. Afinal, a partir do momento que o indivíduo é transformado ele morre tanto para si como também para seus entes queridos e próximos. Obviamente muitos tentam manter contato com os parentes e amigos, mas pela minha experiência, chegará uma época em que todos estarão distantes e desaparecerão. Então vá se preparando para várias noites de solidão…

    Dos poderes e a prática intensa
    Além da força e dos sentidos ampliados todos os vampiros receberão alguns poderes, que variam em função da linhagem a que pertencer. Não existe um padrão com combinações de habilidades que cada família possui, ou seja, cada uma pode possuir uma combinação infinita de poderes. Ao todo atualmente são conhecidos mais de 12 poderes, só que nos últimos anos a facilidade de comunicação tem ajudado a modificar muitos preceitos tidos como imutáveis e até já estão falando na mistura genética de alguns indivíduos.

    Família
    Parabéns acabas de ser admitido por uma nova família, nela encontrarás conforto em todos os momentos, mas terás de brigar para ter o reconhecimento dos mais antigos. Sim, você acha que por ter sido escolhido, o mundo da noite irá te acolher de braços abertos? Tch tch tch, pobre mancebo… Por vezes pagarás teus pecados limpando o lixo deixado pelos teus irmãos depois dos festins, em vários momentos apanharás por ter deixado de fazer a coisa certa e alguma noite depois de muitas décadas talvez te deixem caçar sozinho aquela ovelha que fica no sítio de algum dos teus vizinhos…

  • A pele branca e o dia a dia

    A pele branca e o dia a dia

    Freqüentemente me perguntam sobre como é viver em meio as pessoas, disfarçando-se e se escondendo. Eu sempre digo que isso é coisa que se aprende com o tempo. Pois em cada época os costumes são diferentes e a sociedade transpira pensamentos diferentes.

    Confesso que atualmente as coisas estão mais fáceis, pois é como um amigo me disse esses dias: “Vive-se atualmente em uma época atemporal em função das novas formas de comunicação e tudo está misturado”. De início a idéia parece estranha, mas analisando-se com exemplos percebe3-se que isso é possível e bem favorável aos vampiros. Vejam as músicas, elas estão estranhas e muitos artistas estão sendo re-gravados ou composições antigas estão sendo misturadas com novas. A moda do vestuário também está bizarra e muitos aspectos do passado se misturam com materiais desenvolvidos hoje. Além claro das questões de saúde e beleza onde o bronzeamento está em baixa.

    Sim isso mesmo, o corpo bronzeado está fora de moda como indica essa pesquisa: http://beleza.terra.com.br/homem/interna/0,,OI4573938-EI7591,00.html

    “Pesquisa realizada na Inglaterra com mais de mil mulheres mostrou que elas preferem homens com pele branquinha. Menos de um por cento das entrevistadas considera pele bronzeada sensual.”

    Isso claro é apenas um dos aspectos que ajudam os vampiros a se camuflarem entre os humanos. Inclui-se nisso as luzes dos postes das ruas que continuam com o tom amarelado, imitando as antigas luminárias a óleo que disfarçam muito bem a nossa cor pálida. Lembro-me também que atualmente as pessoas estão mais abertas ao diferente, já tivemos épocas como na França em que a pele clara era elegância, mas hoje qualquer um pode ser o que for e é visto de uma forma tranqüila. Sem se ouve falar de pessoas espancando gay, dos skin heads, dos punks, agora os emos que estão virando “happyrock” e assim por diante.

    Viva a diversidade!

  • Lobisomens, licans, peludos – A verdade!

    Lobisomens, licans, peludos – A verdade!

    Hoje irei me aprofundar em algo que muitos falam, mas poucos explicam de verdade. Lobisomens! Os malditos peludos, odiados pelos vampiros e por tantos outros seres como as bruxas, os humanos e até alguns Sáwel (fantasmas).

    Claro que nenhum dos grupos de seres citados acima gosta ou sabe lidar bem com seus rivais, mas os Peludos com certeza são os mais odiados. Por quê? Pelo simples fato de que eles talvez sejam os verdadeiros Heróis. É difícil para um vampiro assumir isso, mas todos os grupos com exceção dos licantropos são vistos como predadores de humanos, diferente dos peludos que são a forma de defesa encontrada pela grande mãe ou simplesmente natureza de se defender.

    Sim meus caros, Gaia também tem suas armas além dos humanos, dos verdadeiros magos, fauna e flora para se defender dos seres tidos como vindo das trevas. No entanto não adianta respirara aliviado, e sair por ai tranquilo, pois até mesmo a Grande mãe também tem defeitos e o problema começa quando houve um lupino que experimentou o que foi o manjar divino para eles, a carne humana.
    Desde então existem dois tipo de Licans os filhos de Gaia e os corrompidos. É provável que dentro de cada um desses grupos existam subdivisões, como os clans ou famílias de vampiros, mas isso é entre eles e infelizmente nunca me ofereceram esse tipo de conhecimento.

    O que são os Licantropos?
    Engana-se quem acha que os peludos são apenas meio humanos meio lobos, quem dera fosse isso, pois eles também podem ser “cruzas” entre vários outros mamíferos, sendo os mais comuns os lupinos dai o nome lobisomem ser o mais “visto”. Todavia já ouvi falar de meio humanos com boi (minotauro), meio humanos com cavalo (centauro) entre outros. Há quem diga que a combinação entre os mamíferos é infinita inclusive entre animais, afinal ainda temos muitas áreas inexploradas na terra e nos oceanos, fato que se for revelado em sua total complexidade irá com certeza assustar muita gente.
    Como ser transformado em Licantropos?
    De acordo com o que me foi contado por um deles, sim eu tenho contato com alguns, a transformação envolve a linhagem de sangue e se você teve algum na família com certeza poderá desenvolver as habilidades mediante alguns treinamentos. Fala-se muito que se o animal ou o humano for mordido por um se transformará e isso não passa de lenda urbana. Já imaginou? É a mesma coisa que falo sobre nossa transformação, o mundo acabaria pois seriam todos licantropos e faltaria alimento. Apesar que os humanos estão acabando com muita coisa então os boatos de ocorra uma guerra entre todos os seres torna-se uma realidade maior a cada dia ou noite que passa.

    Quem foi o primeiro Lican?
    Não faço a menor ideia, se alguém tiver alguma teoria apresente-a que discutimos. Todavia o xamanismo sempre possui algumas histórias e lendas interessantes sobre os Lican e seus Totens, quem sabe são eles os verdadeiros guardiães das leis de Gaia.

    Por que os Lobisomens não gostam dos vampiros?
    Além do fato óbvio de que somos vistos como uma doença, não nos damos bem também por que brigamos em alguns casos pelo mesmo alimento: os Humanos. Sem contar que isso já é coisa antiga e existem muitas discussões paralelas a isso que envolvem briga por território, propriedades e o velho dinheiro. Sem contar que o sangue dos Licans nos é bem mais nutritivo que o dos humanos então também somos vistos como uma ameaça, afinal nenhum deles gosta do sabor de nossa carne morta.

    Como é a transformação de um peludo?
    Sem sombra de dúvidas o maior poder de um peludo é sua transformação e algo que sabemos são três estágios: Forma humana, forma animal e bestial. Ao contrário do que muitos pensam a transformação pode ocorrer a qualquer momento e não precisa ser em determinadas fases da Lua. Mas pelo que sei envolve algo como um ritual, não algo tradicional, mas algo simples que o Lican decore e faça rapidamente quando necessitar. Pelo que sei envolve a utilização de um amuleto, algumas palavras e o uso de muita força de vontade.

    Como se livrar de Lican?
    Corte a cabeça, ateie fogo, utilize alguma arma mágica ou faça o mais fácil não tente mata-los e fuja como uma menininha. E a prata galego? Papo, ou a que eu já tentei usar era falsificada, por que não fez o que era preciso. Na verdade essa história da prata tem um certo lado histórico e data os anos de 1700 e alguma coisa. Quem souber inglês tem um artigo interessante aqui sobre a Besta de Gévaudan.

    Como sempre quem tiver algo a acrescentar a esta e outras histórias que conto, mencione abaixo nos comentários e se for muito relevante eu adiciono aqui no texto.

  • A verdade sobre os vampiros

    A verdade sobre os vampiros

    Hoje por aqui cai uma chuva torrencial e isso tem sido bom, pois os dias estão menos quentes. Por mais que eu já esteja acostumado com o clima tropical, por vezes sinto muita falta do ar gélido das montanhas alemãs. Esse ar de lá por vezes era esquentado pelo efeito Föhn, que surgia do nada, mas mesmo assim era mais tranquilo que esse calor daqui.

    Pois bem, deixando a questão anacrônica de lado hoje eu vou falar de algo que sempre gera muita controvérsia por aqui, a transformação vampírica. Por mais que eu já tenha me expressado e contado fatos desse ritual, ainda recebo muitos comentários ou até mesmo e-mails perguntando sobre isso.
    Já fiz outros posts sobre a transformação de um vampiro:

    Como (não) se transformar em vampiro?

    Perguntas e respostas #3

    Todavia, acho que não fui muito claro, pois as perguntas sempre se repetem e hoje decidi escrever algo que abranja maiores detalhes.

    Como começou a história dos vampiros?
    Não se sabe quem foi o primeiro, o porquê ou quem criou a transformação, apesar disso sabe-se que é algo que se confunde intimamente com a história humana. Os vampiros que têm acesso as mais antigas escrituras contam que nossa história remonta mais de 8 mil anos. Atualmente existem muitas ceitas e cada uma acredita em histórias diferentes: Punição divina, alienígenas, doença ou um pouco de cada uma das anteriores.

    Como é a transformação?
    Antes de tudo é preciso ficar claro que a transformação é baseada em um avançado ritual. Primeiro o ancião do clan deve conhecer o candidato e certificar-se de que ele é digno de fazer parte da família e isso pode levar um bom tempo. Depois o vampiro que for fazer a transformação deve estar a vários dias sem se alimentar para que na hora que for iniciar o processo esteja mais perto do seu demônio. Na verdade quem procede com o ritual é o próprio companheiro interno do vampiro sendo este apenas um portador. Além disso, é somente em uma época do ano determinada astrologicamente que tudo pode ser feito. Tendo tudo isso, o ritual em si é bem parecido com o que muitos já viram em filmes, livros e afins, sugasse o sangue do candidato, devolve-se um pouco do próprio e mais algumas firulas com velas e ervas são necessárias para que tudo seja concluído.

    Nossa Galego tudo isso?
    Então caro mancebo, se fosse simples teríamos mais vampiros que humanos e a vida na terra já teria terminado. Não sei se tu já ouviste falar na teoria dos ciclos ou das cadeias tróficas? Bom, caso não tenha ouvido falar é melhor aprender sobre isso e muitas outras coisas antes de vir com pedidos sem sentido para transformação.

    De que um vampiro se alimenta?
    Os vampiros de verdade alimentam-se apenas de sangue, o humano é o que nos nutre mais, no entanto o festim também pode ser feito com animais se for preciso. Criaturas que se alimentam de carne ou energia não são vampiros.

    Onde vivem os vampiros?
    Em qualquer lugar comum aos humanos, muitos de nós vivemos em meio à sociedade de forma disfarçada. Todavia, ainda existem muitos que moram isolados em pequenas sociedades ou nos subterrâneos das grandes cidades.

    Como é o corpo do sanguessuga?
    Nosso corpo é um pouco mais pálido, que a maioria dos humanos, caso contrário seria impossível o disfarce. Nossos órgãos internos são atrofiados, inclusive as partes sexuais. No entanto com o tempo e a prática aprende-se a trabalhar o sangue que fica armazenado no sistema circulatório e é possível desloca-lo conforme for preciso. Tanto para o sexo, como para a respiração ou até ingerir certos tipos de comida para posterior regurgitação.

    Quanto tempo vive um vampiro?
    Muitos anos a mais que os humanos, no entanto com o tempo o sangue fica mais fraco e a necessidade de alimentação aumenta. Cada vampiro vai ter um momento diferente, pois isso é influencia da genética humana. Outro fator que limita a vida de um vampiro é a sanidade que com o passar dos anos vai deixando o ser louco e mais próximo do seu demônio. Geralmente quando isso ocorre o vampiro resolve hibernar por alguns anos ou décadas, caso acorde e ainda se sinta forte peso em sua consciência quase sempre ele se deixa morrer.

    Coisas que machucam um vampiro:
    Água benta e cruzes machucam se forem ateadas por pessoas com muita fé, algo que por sorte está cada vez mais difícil de encontrar. Além disso, o sol é nosso eterno inimigo e seus raios direta ou indiretamente nos queimam. Outras coisas como água corrente, espelhos e prata nãos nos afetam.

    Quem são os inimigos dos vampiros?
    As bruxas ou seres humanos que possuam conhecimentos em magia. Também não nos damos bem com os malditos peludos (lobisomens) e alguns tipos de seres chamados de Sáwel ou simplesmente “perdidos” e são o que muitos acreditam serem as almas que não se desligaram de seu corpo na terra e tantos outros acham que são anjos ou demônios.

    Este post é atualizado frequentemente…

  • Divulgação – Crepúsculo em quadrinhos

    Divulgação – Crepúsculo em quadrinhos

    Como vocês sabem eu sou um apaixonado por arte, HQ (histórias em quadrinhos) e filmes.
    Em função disso, resolvi divulgar para vocês a “graphic novel” do Crepúsculo que foi lançada no Brasil.
    De acordo com essa reportagem de ontem da Folha:

    “Fãs da “Saga Crepúsculo” não se cansam de ler e reler os livros, até saber cada linha de cor. Agora, eles podem acompanhar novamente o início da paixão da humana Bella e do vampiro Edward em novo formato.

    Acaba de chegar ao Brasil a graphic novel de “Crepúsculo”. Dividida em dois volumes, este é apenas a primeira parte da história. Com partes em preto e branco e outras coloridas, conta a história até mais ou menos a cena da clareira. Este é o momento no qual o vampiro revela seu terrível segredo à amada.

    Mantendo-se fiel à história criada por Stephenie Meyer, teve sua adaptação acompanhada de perto pela escritora. Quem assina o trabalho de edição do texto e ilustrações é a artista coreana Young Kim. Ela leva ao quadrinho um estilo oriental, deixando os desenhos parecidos com os de mangás.”

    Na minha opinião é mais um suvenir para os fãs, algo que se compra e deixa guardado na gaveta para daqui a alguns anos se mostrar para os filhos, pois a história é fiel a escrita pela Stephenie Meyer. Apesar disso é importante falar das coisas boas quando ela existe. Gostei muito da direção de arte  e de toda a ambientação feita pela artista coreana Young Kim, que utilizou muito bem o em preto e branco com tons pasteis.

  • Floripa anos 60 – Fotos dos leitores

    Floripa anos 60 – Fotos dos leitores

    Essa semana o “fotos dos leitores” será especial por causa da minha amada Beth.
    Ela me mandou um power point com várias fotos da minha saudosa cidade natal, nos anos 60. Depois de passar um pouco de trabalho eu converti todos os slides para jpg e vocês podem ver o resultado abaixo.
    Por coincidência foi nos anos 60 que eu resolvi hibernar para dar uma parada no ritmo frenético que minha não vida havia tomado na época, então quero que vocês apreciem comigo as mesmas imagens que eu via a muito tempo…
    Bons tempos…
    Maus tempos…
    Simplesmente tempos que se foram para que eu pudesse ressurgir novinho em folha ^^

  • O falsificador do Bordel

    O falsificador do Bordel

    Aos 4 anos ele aprendeu a ler e escrever praticamente sozinho, apesar de não ser muito chegado as aulas e crescer em um ambiente favorável ao sucesso ele tinha tudo para se dar bem na vida. Filho de migrantes nordestinos, desde cedo aprendeu a trabalhar e dar duro para conseguir o que queria. Mesmo assim, ele optou pelo caminho mais fácil, só que pelo visto nunca ninguém havia lhe dito que toda coisa que vem fácil se vai tão rápido quanto.

    Desde a primeira vez que lhe vi, a pouco mais de 2 semanas atrás, eu sabia que ele tinha algo a me oferecer além do precioso sangue. Isto claro desde que eu comecei a digamos brincar com minhas vítimas.

    Não me entendam mal com relação à brincadeira com a “comida”. Como estou em uma fase relativamente tranqüila, eu posso me dar a liberdade de fazer esse tipo de coisa. Afinal agindo assim eu poupo a Beth das preocupações e a minha vitalidade agradece, pois vou direto ao alvo. Sem contar que evito surpresas desagradáveis que venham de encontro com as minhas necessidades bissemanais.

    Se existe uma coisa que menosprezo são os péssimos hábitos de saúde e limpeza. Não que isso possa influenciar no caráter de uma pessoa, mas pelo fato de que o sabor do sangue se altera. O Rodrigo sempre depois de cometer um crime ia para casa e por vezes dormia com os sapatos. Lavar as mãos antes de comer ou tomar um belo banho depois de se deitar com uma prostituta, com certeza não constavam no seu checklist diário.

    Apesar de já saber que o seu sangue teria um gosto ruim eu resolvi investir e dar uma chance ao acaso. Resolvi então ir até o seu local de trabalho, um bordel onde ele fazia os seus trambiques diariamente. Um local afastado do centro da pequena cidade e isolado próximo a uma pequena floresta de eucaliptos para corte.

    Ao entrar na casa em forma humana senti um cheiro forte de sexo, mas o local era tão mal cuidado que uma coisa boa como essa havia se tornado repulsiva. De qualquer maneira, agüentei e fui em direção ao bar. O barmam, que era uma mulher velha, me pergunta:
    – Vai querer um quarto gringo? Tem essas duas ai desocupadas.

    Olho em direção as meninas. Uma era negra com cara de que recém havia saído da adolescência e a outra mais velha, morena clara que estava com um sorriso de lado e era bem barrigudinha. Fiz cara de desdém e perguntei sobre o Rodrigo e ela me respondeu:

    – Quem quer falar com ele?
    – Senhora diga que é o Thiago, quero falar com ele sobre uns documentos.

    Ela pegou um telefone celular que estava em um de seus bolsos, digitou algo e falou:
    – Patrão tem um Gringo aqui ele quer esquentar umas paradas contigo.

    Ela ouve a resposta e me comunica:
    – Entra ali cara.

    Ao entrar vejo uma salinha simples com o Rodrigo e outro cara conversando. Ao me verem eles param e ficam calados me analisando. EU mantenho a atuação e pergunto:
    – Boa noite, quem é o Rodrigo, eu preciso de uns documentos, o Wagner me deu a dica.

    O meliante que não tinha cara de muitos amigos, brinca com um palito que estava na sua boca, o pega com a mão direita e cutuca uma pistola que estava na sua cintura dizendo:
    – Cara se o viado do Wagner te mandou vou ter que cobrar mais caro., sabe como é comissão e tal, negócios. Fala ai lgringo o que que tu quer?

    Por um breve momento, eu penso comigo: “Pra que ficar fazendo esse joguinho, eu podia simplesmente, pular neles dois e ir embora alimentado…” Mas me seguro mais um pouco e digo:
    – Calma seu Rodrigo, só preciso de um R.G. novo. Pago bem fica tranqüilo.

    Nisso eu coloco a mão no bolso, percebo a mão dele pegando na arma, mas sou mais rápido e mostro um macinho com algumas notas de 50. Antes que ele diga algo eu jogo o dinheiro na mesa e falo denovo:
    – Pega ai tem R$2000,00 se o serviço for bom tem mais de onde isso veio.

    Ele pega o macinho, da uma cheirada, pensa por um instante, aponta o rosto em uma das notas e fala:
    – Gringo não te conheço, mas se esse cara aqui ta te apresentando a gente vai ser amigo, senta ai. Amaral da a cadeira pro doutor, não seja mal educado.

    O Tal de Amaral levanta, como ele era um pouco mais baixo que eu ele meio que fica na ponta dos pés me olha nos olhos e sai. Depois disso eu bati um pão com o falsificador. Peguei mais uns nomes, falei de alguns documentos que eu precisava e fingi que fui embora. Fui para um local escuro perto de onde ficava o carro dele, me escondi dentro no banco de trás e o esperei até a hora que ele decidiu ir embora perto das três e alguma coisa.

    Ele entrou no Opala que possuía películas muito escuras, jogou um envelope no banco do carona e arrancou. Pensei que ele seria mais esperto e me veria rápido, mas não, ele andou um pouco até me ver pelo retrovisor. Claro que se assustou, mas conseguiu parar o carro em uma valeta. Bem que tentou me dar uma coronhada com a pistola, mas segurei o seu braço e o fiz derrubar a arma sobre o banco. Antes que ele tentasse outra brincadeira eu segurei os seus dois braços pelos nervos que ficam entre o braço e o ombro. Isso lhe fez gemer um pouco e lhe preguei os dentes no pescoço. Maldito sangue sujo, nem a adrenalina toda que ele havia liberado conseguiu disfarçar o sabor do precioso néctar. Todavia, serviu com o seu propósito de me deixar nutrido por mais algum tempo.

    O Corpo? Nada como um bom fogo para apagar qualquer vestígio da minha presença, mesmo por que quem iria reclamar o desaparecimento de um cara que não existe?

  • Vampiros e sua intimidade

    Vampiros e sua intimidade

    Hoje estou naquela fase de limbo, onde tenho várias coisas para serem resolvidas, só que por outro lado estou confortável. Alimentei-me recentemente então não estou com fome, os negócios vão bem, a “família” vai bem e a com a patroa está tudo certo.

    Acho que vou colocar um bermudão e assistir mais tv. Isso mesmo, vou assistir mais pois acabei de ver o episódio de hoje de Walking Dead. Aliás, se me permitem o comentário estou gostando. Quem nunca imaginou a terra infestada de Zumbis, vivendo em meio às construções modernas como se estivesse novamente na idade medieval? Eu penso muito nisso, na verdade sinto que isso um dia poderá ocorrer. Sei lá, talvez uma premunição ou quem saiba por influência de tantos filmes ou livros eu tenha ficado meio paranoico.

    Acordei agora a pouco, perto das 20, o dia foi abafado então não consegui ter um bom sono e inclusive tive pesadelos. Como eu mencionei antes eu tenho muitas coisas para pensar, é nesse momento que o lado humano ou a essência fala mais alto. Isso, aliás, é uma das coisas que sempre tento explicar para vocês: Nós vampiros, continuamos tendo os mesmo sentimentos que os humanos, só que de uma forma diferente. Às vezes ficamos mais tensos com algumas coisas e em outros momentos nem damos bola.

    Outro dia a Beth lascou uma unha e puxou uma pelezinha junto de um dos dedos da mão. Eu juro que tentei me conter, mas não aguentei e tive um ataque de risos, pois ela fez muito escândalo. Típico de mulher lógico, mas pensem. Eu já levei tiros de armas de diversos calibres, já me morderam, me perfuraram, me bateram com quase tudo imaginável e inimaginável. Então sou obrigado a rir e dar alguns beijinhos para sarar mais rápido…

    Enfim só passei para contar mais esse trecho inútil da minha vida e fazer a velha marcação de território. Se eu fosse humano com certeza além da bermuda estaria tomando uma cerveja… Só para exemplificar mais ainda a situação rss

  • Por do sol – Foto de leitor

    Por do sol – Foto de leitor

    Não me recordo se um dia eu falei aqui sobre a falta que tenho do pôr do sol?
    Isso garante uma boa história, eu poderia me permitir a licença poética e filosofar um pouco sobre o sol, a lua, a astrologia.
    Aliás tenho sentido muita falta disso. Matar matar matar, como eu sonho com a noite que isso irá acabar…

    O Wagner de Florianópolis (minha terra natal) mandou a foto abaixo. Obrigado meu caro, não sabes o quão bem tu me fizestes com esse simples retrato!

    Cliquem nela para ampliar.

  • Por que os problemas sempre aumentam?

    Por que os problemas sempre aumentam?

    Faz muito tempo que o homem deixou de dedicar as coisas interessantes da vida como a experiência de fazer novos amigos. O prazer de dormir em camas diferentes e acordar em lugares desconhecidos. Da sensação de provar novos sabores ou perfumes. Da pura alegria em viver aproveitando os bons momentos, como se cada dia ou noite fosse o último.

    Ok posso estar enganado, mas vale a pena sofrer tanto por causa de alguns trocado? Por que acumular tantas coisas inúteis que empoeiram-se com o passar dos anos dentro de gavetas ou de espaços que mais parecem museus? Descrevo assim alguns dos pensamentos que me surgiram ao descobrir o verdadeiro motivo da morte do meu querido irmão Zé. Um motivo na verdade tolo, mas que por ter gerado uma morte tornou-se mais ridículo ainda.

    Passei alguns dias em uma angústia interminável, esperando Oliver se recuperar para poder me contar o que realmente havia ocorrido naquele maldito apartamento. E eis que última Quinta-feira dia 18, depois de alguns dias de espera o gatuno acordou e desabafou comigo durante algumas horas.

    “Galego o que fizemos foi estupido. Eu devia ter amarrado o mestre em casa, dito a ele que as malditas bruxas haviam desistido ou sei la… Tudo começou na verdade quando fomos a um leilão em praga no ano passado, como tu lembras o mestre era um grande colecionador de joias antigas e seu acervo hoje deve ter algo em torno de alguns milhões. Sei que para o senhor isso não é nada novo, mas o importante é que esse vício foi o resultado de sua ruína.

    Neste dia o mestre estava com a aparência de um idoso, uma forma humana que ele adorava usar para se passar de interessante e amigável. Ele estava sentado em uma cadeira comigo em seu colo, quando as duas surgiram. Belas mulheres de de meia idade na faixa do 40 ou um pouco menos, eram bonitas e trajavam roupas elegantes mas nada espalhafatoso. Deram a perceber que seriam ricas madames.
    Apresentaram-se e depois de um tempo a conversa ficou interessante, o mestre comentou sobre sua coleção e isso mudou um pouco o ar do papo. Começou a virar uma espécie de negociação quando as duas decidiram propor a troca de algumas peças por peças que o mestre havia dito que possuía. Combinaram então de se falar em outro momento para marcar onde poderia ser a negociação. Foi tudo muito rápido, se despediram, trocaram cartões de visita e voltamos para nosso refúgio.

    Depois de alguns meses ouvi o mestre combinar pelo telefone um encontro e ao que indicava eram as mulheres de Praga no outro lado. Depois disso ele veio até mim e disse:
    – Oliver, amanhã vamos nos encontrar com aquelas belas mulheres, colecionadoras que conhecemos em Praga, quero tu limpe e separe em uma bolsa discreta aquelas joias da coroa Ucraniana que tenho naquele cofre…

    De início fiquei um pouco receoso, aquelas peças deviam valer algo em torno de uns 4 ou 4,5 milhões de euros e minhas pequenas patas de gato com certeza não eram as melhores ferramentas para manuseá-las. De qualquer forma aceitei o desafio e as separei com todo o cuidado possível.

    No dia do encontro fomos para aquele apartamento onde tudo ocorreu. No caminho ele comentou que iriamos para um apartamento de um de seus “servos de sangue”. Lá chegando ele o mandou o pobre coitado ir passear e ficamos aguardando as mulheres. Isso foi perto das 2 da manhã e elas chegaram na sequência. Apresentaram-se normalmente e zé as mostrou as joias que estavam no quarto em cima da cama e elas então mostraram um cajado, aparentemente de ouro encrostado de pedras vermelhas e azuis e muito bonito. Zé ficou maravilhado com aquilo e começou a pronunciar algumas palavras em alguma língua estranha que eu não consegui entender.

    Quando ele estava lá empolgado, não percebeu que uma das mulheres lhe golpeou pelas costas e a outra o segurou. Eu tentei pular nelas e fazer algo, mas o máxim oque consegui é afastar uma delas para trás, mas ela me jogou ao chão e me chutou várias vezes. Achei que fosse morrer, mas consegui me esconder pulando para fora da janela da cozinha e me segurando na marquise. Em quanto isso eu houvi muito barulhos, golpes coisas sendo quebradas e o que mais me deixou com medo foi o ritual.

    Algumas palavras em outra linguagem desconhecida foram ditas, senti um cheiro horrível que parecia enxofre misturado com um perfume azedo e doce de alguma flor que não conheço seguido de um flash e um assombroso silêncio. Alguns segundos se passaram e vi saindo pela janela uma fumaça cinza rosada. O silêncio continuava e decidi olhar para dentro. Não vi ninguém e decidi ir até o quarto. Lá eu vi algo horrível, era o mestre definhando ao chão e transformando-se em cinzas. Uma das mulheres estava caída ao seu lado e a outra havia sumido. Fiquei alí meio tonto e sem saber o que fazer, até que a mulher se levantou veio atrás de mim e me bateu tanto que acabei desmaiando.

    Algumas horas depois eu acordei com barulho de alguém se aproximando, levantei-me meio cambaleando e procurei um lugar para se esconder e achei o banheiro onde o senhor me achou.”
    Ao ouvir as palavras de Oliver senti-me zonzo. Deixe-o no quarto e fui dar uma volta de moto. No meio do passeio, achei uma boa árvore e sentei-me aos seus pés. Sempre faço isso quando tenho algum pepino para resolver, parece que elas me dão energia para pensar melhor. Lembrei-me então de um velho ritual vampírico, que a um tempo atrás foi encontrado por pesquisadores de cultura indígena e chamado de “yuxin chakabu”. Traduzindo seria como alma do mal ou algo do gênero. Trata-se de um ritual onde um vampiro consome os poderes de outro sanguessuga.

    Ok sem mais detalhes, falei demais e vou ser obrigado a ir me consultar com os regrados…