Categoria: Histórias

Nesta seção você encontra historias, contos e relatos relacionados ao mundo real e sobrenatural. Verifique a indicação de faixa etária no início de cada texto.

  • Vampiros x Serial Killers ???

    Vampiros x Serial Killers ???

    Peter é o que muitos chamam de cara de sorte, sempre bem vestido, namorada perfeita, amigos ricos, pais de origem humilde, mas que nem por isso deixaram de dar tudo o que os filhos precisavam. Resumindo, eu não tinha por que seguir um cara desses… Na verdade acho que foi coisa do destino quando ele passou correndo em minha frente, por uma das ruas escuras da velha Berlin.

    Eu estava quieto encostado em uma parede, esperado meu velho tio passar. Nada demais para uma noite em que eu ainda tentava não pensar como predador. Uma fase de transição quando nossa cabeça começa a se acostumar com os sentidos aprimorados e as coisas que são diferentes nos deixam afoitos e perdidos…

    O vi correndo e quase por instinto comecei a correr atrás, foi como um susto: Em um momento estamos parados e quando nos damos por si estamos fazendo algo… O cara viu que eu estava atrás dele e começou a correr mais, até que entrou em um beco e o perdi… Droga, meu lado curioso queria mais e nem mesmo o cheiro de sexo que pairava do infeliz eu podia sentir como quando ele passou por mim…

    Passaram-se alguns meses e lá estava o cidadão passeando com uma mulher de braços dados. Eu tinha por que seguir o cara mais uma vez. Sim, fiquei escondido e comecei minha perseguição. Os dois andavam devagar, se acariciavam e trocavam beijos românticos como dois namorados apaixonados. E minha cabeça martelava a mesma idéia: “Ele não é um vampiro”… “Eu não sou igual a ele”…

    Pararam em uma velha hospedagem, dessas que os viajantes pousam quando estão as pressas e não querem qualidade, apenas uma cama… Fiquei do lado de fora, a espera de algo e nada, até que resolvo usar meu dom de se transformar em animais, vou para um canto escuro imagino um rato e instantaneamente viro um desses de esgoto, nada bonito, mas que me permite ir onde humanos não vão.

    Meu faro me leva até um quarto onde ouço barulhos de cordas sendo amarradas. Entro e vejo a mulher amordaçada cama, sendo que a única peça de roupa que cobria suas vergonhas era um pano sujo de sangue.

    Minha boca salivava a medida que eu via o cara afiando uma faca e seus olhos sedentos de desejo para a pobre infeliz que chorava desolada.

    Eu podia me transformar em humano, mas eu sentia apreço por aquela situação. O prazer da dor vinha quando ele enfiava a faca, comparável como quem passa manteiga no pão… Por um instante sinto um silêncio profundo… Rompido por um último suspiro vindo da senhorita.

    “Precisamos disso”… “Não eu não quero que ela morra”… Minha cabeça fica confusa.

    – Hei açougueiro solte essa faca! Bem que ele tentou me golpear, mas foi tarde, eu fui mais rápido e quebrei sua mão… Soltei a moça ela ainda suspirava de leve… Tome minha querida, beba isso e ficarás bem…

    Quanto ao Peter… Ah o Peter, por que não ouviu o que seu pai lhe dizia… Por que quis parecer um de nos…

  • Vampiros e os seus dependentes…

    Vampiros e os seus dependentes…

    Era pouco depois do anoitecer, eu ainda sentia o calor do sol que estava por de trás das montanhas e lá estava minha sede. Lá estava o meu eu malvado, me cutucando e me lembrando do gosto do sangue daquela pobre alma.

    Faziam mais de dois meses que eu havia rompido o silêncio do seu sono, quando invadi aquela casa em busca daquele perfume maravilhoso. Será que devo procurá-la de novo, estará ela só?

    E fui à busca de mais alguns segundos de puro prazer e nutrição. A casa tinha daquelas janelas com vidros com forro de madeira e estava aberta no segundo andar. As cortinas brancas balançavam por causa do vento e novamente eu sentia o perfume invadindo minhas extasiadas narinas. Olhei em volta e não vi ninguém, muito menos senti a presença de algum outro da família ou imortal. Pulei o baixo muro, atravessei o florido quintal e silenciosamente escalei até a janela que emanava o perfume dos deuses.

    Sim sim, o perfume aumentava de intensidade, minhas narinas enlouquecidas queriam mais daquele manjar. Foi então que a vi. Deitada em sua cama de lençóis escuros de ceda e lendo um livro… Seu rosto demonstrava surpresa, mas de tal forma que ela parecia gostar do que estava vendo… Aproximei-me então, deitei ao seu lado e fiz carinho em seu cabelo escuro e cacheado. O perfume vinha de seu colo, mais especificamente do meio de seus seios de porte mediado que insistiam em fugir de dentro da camisola.
    O beijo foi inevitável e quase resultou na sua morte, se não fosse o lado humano que sempre surge pedindo que a vida continue… Lambi a ferida, deitei seu corpo de forma confortável, cobri suas vergonhas e beijei de leve a sua testa antes de sair…

    Foi assim que criei minha primeira dependente, que nada mais é do que uma pessoa do qual nos alimentamos de vez em quando. Uma espécie de fonte viva ou ainda uma forma sustentável de sobrevivência. Afinal por que esperar por uma doação se podemos ir direto a fonte…

  • Poema de Rainer Maria Rilke

    Poema de Rainer Maria Rilke

    Estava revendo alguns livros velhos e achei este poema de Rainer, um dos maiores poetas da alemanha. Como a minha idéia neste blog é tentar me aproximar do mundo humano, segue abaixo um trexo que representa um pouco do meu mundo misturado ao de vocês…

    Como hei-de segurar a minha alma
    para que não toque na tua? Como hei-de
    elevá-la acima de ti, até outras coisas?
    Ah, como gostaria de levá-la
    até um sítio perdido na escuridão
    até um lugar estranho e silencioso
    que não se agita, quando o teu coração treme.
    Pois o que nos toca, a ti e a mim,
    isso nos une, como um arco de violino
    que de duas cordas solta uma só nota.
    A que instrumento estamos atados?
    E que violinista nos tem em suas mãos?
    Oh, doce canção.

    Saudades, saudades…

  • O que é um dhampir, dhampire ou dhampyr?

    O que é um dhampir, dhampire ou dhampyr?

    Olá filhos de adão,

    Não lembro quem foi, mas esses dias me perguntaram sobre os tais Dhampir (dhampire, dhamphir ou dhampyr). Para quem não conhece isto é uma lenda vinda dos Balkans onde consta que um vampiro homem pode engravidar uma mulher humana.

    Isso seria interessante se fosse possível., mas nós vampiros somos estéreis, nosso organismo é morto e apesar de conseguirmos ter uma ereção como qualquer outro homem humano isso serve apenas para diversão ou armadilha no caso da caça.

    No entanto, eu fico imaginando a cria resultante desse “amor”. Seria um semideus tipo aquele vampiro Blade dos quadrinhos ou filmes? Seria defeituoso como qualquer outra mistura entre mamíferos?

    Não sei, fica no imaginário bizarro de cada um. Afinal as possibilidades de cruzamento entre seres míticos e humanos são muitas. A priori a idéia parece interessante, eu mesmo já tive algumas idéias. Por exemplo já imaginou uma mistura entre um vampiro e um anjo? Seria um anjo do mau ou vampiro do bem…

    Outras referências sobre este assunto podem ser vistas nesses links abaixo: (hoje eu to bonzinho^^)

    http://en.wikipedia.org/wiki/Dhampir

    http://www.myspace.com/thedhampirsview

    http://robsobrenatural.blogspot.com/2009/07/dhampir.html

    http://www.vampires.nu/

  • Vampiros tatuados?

    flor-lajanja-efeito-plasticoMas que bela noite não? Aqui o clima está ótimo, humido e frio ¬¬
    Nos últimos comentários pediram sobre os meus trabalhos, pois bem, ao lado pode ser vista uma foto que produzi este ano. Gostei por que o efeito final foi interessante, parece algo montado, mas na verdade foi só um bom ângulo e iluminação adequados que deram o efeito de plastificação nas pétalas da flor.
    Gosto muito de tirar fotos de flores, pois elas são a maior forma de expressão artística que a natureza produz. Quando falo em arte a afins sempre me lembro do meu maior vício depois do sangue, Tatuagem.
    As tattoos começaram a fazer parte da minha vida quando conheci um pirata vampiro chamado Hector ao final do ano de 1880 e alguma coisa. Hector foi um grande incentivador que me indicou esta forma de arte corporal como solução para o meu problema de memória.
    A primeira tatuagem foi feita para marcar a perda de minha querida Suellen. Depois vieram outros acontecimentos diversos e atualmente já tenho algumas dessas marcas em meu corpo.
    Por vezes olho para minhas tattos como quem se perde em um álbum de fotos, fico na minha viajem solitária por entre meus pensamentos e lembro-me de sentimentos e acontecimentos que certamente, não lembraria sozinho. (mais…)

  • Corrida rápida na floresta

    dark-forest-floresta-negraAcabei de dar uma bela corrida pela floresta atrás da minha casa. A lua está ficando cheia eu sei, mas ultimamente não tenho sentido a presença dos peludos pela ilha de Florianópolis.
    Na verdade eu corro sempre, por que é importante para manter o corpo vivo. Sei que não sofro de envelhecimento precoce como os humanos, mas nossos corpos atrofiam e com tempo eu posso virar um “velho com super poderes”. Eu faço o tipo “vampiro que não quer envelhecer”, quero manter esse corpinho de quase trinta por um bom tempo ainda ^^ (mais…)

  • Como reconhecer ou encontrar um vampiro?

    Como reconhecer ou encontrar um vampiro?

    Hei são Pedro vai parar com a chuva? Cara, frio até vai, agora chuva ninguém merece. Do jeito que anda por aqui vou ter de deixar a moto de lado e comprar uma carro. Quanto a trabalho nem digo, por que tirar fotos na chuva não é pra mim…

    Mas deixando o lado rabugento/reclamão de lado, quero falar um pouco sobre “Como achar um vampiro”! Esta é uma das perguntas que mais recebo via e-mail, então deve interessar a muitos.

    Indo direto ao assunto minha resposta é simples: Não sei! Sério, vocês por acaso acham que vou dizer onde vivo? Qual é, era mais fácil pintar um alvo na bunda e falar: Bate aqui… Mas o pior é que não sei mesmo, aliás, sei onde estão os meus conhecidos, mas (mais…)

  • Vampiros têm alma?

    flor-ceu-nuvens-nevoas-almas

    Estou para falar sobre almas e afins já faz uns dias, na verdade peço desculpas a quem tenha me mandado e-mail nas últimas semanas. Confesso que a preguiça esteve presente em meus atos.
    Este assunto de alma é algo sempre discutido em meio a minha roda de conhecidos, digamos que isso seria no caso de um vampiro a luz ao fim do túnel. Luz, pois todos que são amaldiçoados, por mais que estejam em uma situação confortável como a minha, sempre vão pensar no que existe além, ou como se livrar de certos desconfortos.
    Sabe aquela sensação de culpa que surge ao fim de se comer uma gostosa barra de chocolates? Exemplificando de forma simples é algo que acontece a maioria dos vampiros que já conheci. Por mais que um vampiro tenha todos os seus poderes ou de certa forma consiga ser um semideus amaldiçoado, ele sempre vai pensar em voltar ao seu estado humano. Ao seu estado vulnerável de simples mortal que fica marginal a tudo o que acontece no mundo dos escolhidos, sem se preocupar com o lado de que está lutando. (mais…)

  • Como (não) se transformar em vampiro?

    Como (não) se transformar em vampiro?

    Atualmente, tenho recebido muitos e-mails de humanos que gostariam de se trans formar em vampiro. Até entendo que a vida para alguns é difícil, mas garanto que “virar” vampiros não é a cura de todos os males, na verdade seria para muito um grande problema.

    Digo isso, pois existem pessoas que não possuem disciplina e certamente seriam mortos pelo primeiro raio de sol ao acordar e sair de casa pela manha, quando o sol está mais puro.
    Existem também aqueles que têm a mente repleta de cobiça, avareza, orgulho, preguiça, gula, vaidade e inveja. Caso elas viessem a se transformar em “sanguessugas” certamente morreriam por si próprias depois de certo tempo.

    Ser vampiro é mais do que chupar sangue, pegar varias gatinhas, ter uma banda de rock e viver pra sempre. É algo que ocorre somente a certos escolhidos de tempos em tempos de tal forma que se controle a existência da raça de tal modo que não vire anarquia. Já imaginou se fosse assim como nas histórias de RPG, Filmes e outros romances? Certamente a raça humana não existiria mais.

    Regras e condutas fazem parte da vida de um sugador. Eu mesmo, por exemplo, quebro várias falando por aqui e certamente vou ser punido quando meu tio acordar daqui alguns anos…

    Com relação à transformação, ela é simples, mas faz parte de um ritual. Quem não conhece mais a fundo as antigas tradições apenas vê um cara tomando sangue de outro cara e depois dando do próprio a vitima. No fundo existem as palavras certas, existem as conjunções astrais certas e acima de tudo o pacto entre pai (mãe) e filho (filha).

    Para aqueles que ainda tinham esperanças, infelizmente eu sou o portador das más notícias, mas quem sabe você dê azar e encontre uma bruxa ou peludo por ai e sua vida piore…

  • Alkimya, Curitiba e Lobisomens

    baphometEstive vagando por Curitiba (capital do Paraná) nos últimos dias e novamente minha busca por algum tipo de metamorfo (de novo) não deu em nada. Às vezes a esperança em encontrar “os outros” por ai surge e dou essas escapadas, mas infelizmente nos últimos tempos tenho tomado consciência de que estou cada vez mais só aqui no sul do Brasil…

    Por muitas vezes eu já falei de uma roda amigos que possuo, mas nunca digo quem faz parte dessa roda. Para felicidade de muitos eles são humanos bizarros, mas humanos… O Zé, na última vez que o vi, estava em um cemitério na Espanha… Já o Franz continua sua hibernação em uma de nossas propriedades na Europa. Minha querida namorada por sua vez está concentrada em seus estudos sobre magia em algum lugar da Índia e já não da notícia a tempos.

    Minha caçada por lupinos ou seres seguidores dos ditos “maus” ainda não deu frutos por aqui. Somente um bando perdido que estava de passagem.

    Aproveitando que estou com tempo de sobra acho que vou retomar os caminhos escritos por Eliphas Levi, ele era grande amigo do meu tio, e deixou alguns estudos como herança e presente. Eliphas para quem não conhece foi um grande estudioso da “alkimya”, falava sobre catolicismo e ainda desenhava quando dava tempo. Grande homem…

  • Chuva, frio e a minha sede

    Chuva, frio e a minha sede

    Hoje é mais uma daquelas noites em que vou a caça, eu já disse que evito isso ao máximo e consumo as bolsas do hemocentro sempre que as consigo, mas existem vezes que a besta me toma. Existem vezes que o sangue falta até mesmo aos que mais precisam.

    Nesses dias a sede vem como uma fera em minha mente, os instintos afloram, o cheiro das coisas aumenta e não é mais possível controlar o que nos controla. Os dedos tremem enquanto o lábio inferior tem espasmos e ressecam a espera do néctar da vida alheia.

    Acabei de ler o jornal, mais um estupro… O que esses caras têm na cabeça? Ou melhor, o que eles não têm?
    Mais um no sul da ilha, bêbado maldito, pegou a própria filha… Eu não queria por a moto na rua com essa chuva, mas minha besta quer dar uma voltinha.

  • Vampiros e o autocontrole.

    Vampiros e o autocontrole.

    Sabe aqueles dias que tu senta no bar sossegado, e joga papo pro ar com os amigos. Coisa típica de sexta feira? Esse monólogo abaixo é do meu amigo Philip e trás algumas questões importante que merecem ser discutidas…


    “Às vezes me entrego as mais típicas perguntas que martelam na cabeça de qualquer ser, seja ele mortal ou imortal:
    O autocontrole é possível? O que realmente me diferencia de um mortal?
    E sem querer as idéias me escapam e chego a suas respostas como se elas sempre estivessem ali, na minha frente, e tento de certa forma converter todas essas informações em palavras já que a definição de sentimento é totalmente falha quando o assunto “instinto assassino” é posto a prova.
    E por falar de sentimento, tento de certa forma compreender até onde essa variação psicológica é possível interferir no meu instinto, uma vez que toda a aproximação é visada em futuros benefícios, creio que sou um ser privado de tal capacidade, não que meu mundo seja somente preto e branco pelo contrário são as cores que divergem toda essa tediosa e monótona eternidade.

    Mais tento aqui fugir de qualquer assunto de cunho pessoal, já que tento de certa forma ser abrangente quando o assunto é ser imortal, e por isso que vou tentar responder as primeiras perguntas antes que outras surjam no decorrer desse meu monólogo ou que eu me perca nos futuros devaneios.
    O autocontrole é possível? Creio que o autocontrole é possível, pois graças a ele a nossa existência pode se perdurar por todos esses séculos e também não posso deixar de agradecer aos criadores dos grandes hemonúcleos, pois graças a eles não somos mais animais desvairados loucos e sedentos por pescoços como éramos tachados na era medieval.O que realmente nos diferencia dos mortais? Além de todas aquelas habituais características físicas, que todos já estão cansados de saber, creio que para a grande maioria de nós ausência do sentimento, ou melhor, falta das “cores” ou até mesmo dos “calores” que alguns desses sentimentos proporcionam para os mortais, seja um dos fatores que faz com que a maioria de nós seja um tanto quanto “fria”, não que não podemos amar, totalmente pelo contrário amamos. E por amar muitas vezes somos expostos a sentimentos que até então eram privados a nossa espécie.
    E agora pretendo deixar uma pergunta solta até onde podemos ser normais? Até onde os sentimentos podem fazer de nós filhos da noite, um pouco parecido com os mortais? Até onde o instinto assassino pode ser controlado? Se é que isso é possível.

    Philip.”