Categoria: Histórias

Nesta seção você encontra historias, contos e relatos relacionados ao mundo real e sobrenatural. Verifique a indicação de faixa etária no início de cada texto.

  • The Reaper – Algumas respostas

    The Reaper – Algumas respostas

    Geralmente e raramente quando me sobra um tempo eu fico de bom humor e resolvo fazer algo positivo em meio a uma existência agitada e obscura. Hoje foi um destes dias raros e eu em minha grande paciência que dura geralmente um dia ou algumas horas, resolvi vir responder algumas das perguntas que li no site do Ferdinand. Sim algumas, não todas.

    Vamos lá…

    Mr Reaper, então você é neutro? Você é alguém que tem neutralidade total entre o bem e o mal?

    Neutro? Acho que a sua pergunta tem um pouco de culpa minha afinal eu não acho que deixei claro o meu “lado”… Eu não sou neutro, engana-se se acha que sou neutro porque tenho contato com anjos, não coloque padrões pelo simples fato de terem colocado na sua mente isso através das igrejas, crenças e etc. Saiba que entre nós nunca teve nenhuma barreira, apenas pertencemos e temos objetivos diferentes mas mesmo assim este fato remoto e antigo não impede que possamos nos comunicar e com essa explicação eu te finalizo com, eu pertenço ao she’óhl ( inferno), eu cumpro as leis do fundo dos antros dos teus piores pesadelos e do teu maior medo se não tens apego e fé no pai Celestial. Eu sou um ser infernal e sempre serei.

    Deixou de forma clara sua posição perante a religião, mas qual seria sua opinião perante os deuses terrenos, os dos panteões mais antigos como o nórdico e o grego?

    Primeiramente o seriado Vikings é ótimo mas não vamos levar tudo a ferro e fogo quanto ao que esses seriados dizem ou até mesmo se és alguém que estuda muito e se informa de forma completa através de livros e noites de estudo… Por mais histórico muita coisa foi escondida, queimada ou simplesmente sumiu das mãos da sociedade… Informações que não deveriam ser expostas. Sobre os deuses terrenos que fala do germânico Woden ou Wotan como já deves ter pesquisado eu vou te responder brevemente, não eram supremos e foram apagados pelos dois lados e devolvidos a terra ou como chamam, a Gaia… Gaia eu adoro ouvir pessoas que acreditam em Gaia… Mas deixo isso para outro dia.

    E por último como você entende a essência humana e se um reaper é sempre formado por Lúcifer ou se existe os reapers criados por seres considerados de luz?

    Quando você achar um ‘reaper’ ou ‘ceifador’ criado por Deus, comece a rever tuas atitudes e pedir perdão pois o apocalipse já vai estar com as trombetas do céu tocando na porta da sua casa. Nós não ficamos apenas de capa preta e ceifa na mão antes que surjam perguntas sobre isso, eu não ando fantasiado, tá? Definitivamente não, não podemos existir no lado da luz e lá não se cria seres igual a mim e deixo essa informação como completa.

    The Reaper, Você concorda com a premissa que o bem e o mal fornecem equilíbrio ao universo? Por que?
    Na sua opinião, seguir o caminho escuro é ser mal, ou é questão de escolha e o livre arbítrio onde fica?

    Minha cara o que seria do verde se todos gostassem do amarelo? O que seria dos céus se todos adorassem Lúcifer? Já parou para pensar nisso? Tudo no universo convém de equilíbrio e nada se faz apenas em constantes, guarde isso para você ainda mais agora que diz ser bruxa. Deusa mãe? Não se confunda, Deus existe um e Lúcifer é outro e deixo claro que exista uma ‘mãe’ que não se associa a sagrada Maria. Ponto. Nenhuma Deusa. E antes que fale das crenças wicca eu sei, eu conheço, sei como acreditam e como são ligada a Lúcifer também… Lilith é sagaz, sabe como forjar formas e monitorar pensamentos, aprendeu com o Gran mestre, talvez ela a tenha visitado, afinal ela está do lado dele. E fica aqui a conclusão pois não vou dissertar sobre as wiccas, bruxas, filhas da terra e assim vai.

    Não vou poupar palavras aqui e sim vir com um ponto final dado aqui. Somos seres frutos do anjo caído, temos uma certa liberdade e por ter tal liberdade, poder e objetivos sombrios nós não somos vistos como entidades bondosas… Se leu um pouco do que escrevi aqui, bem sabe que tipo de ser somos e não nós não somos bonzinhos e eu também não pretendo ser e isso aos olhos da sociedade pudica e temerosa não é exatamente do bem. Então sim e pontuo com total voracidade de que livre arbítrio existe mas já reparou que nada e absolutamente nada é realmente livre e tudo está atrelado a forças maiores? Tua premissa talvez precise entender por vias maiores e talvez pelo próprio anjo caído em pessoa que vais seguir um caminho e por mais livre que se sinta nas tuas escolhas, no fim de toda caminhada vais ser cobrada não importa a forma e não importa o quanto diga que não. Nada que se planta aqui você fica sem colher e nada é pura e exclusivamente feito de escolhas, você segue e acredita em algo pois este ‘algo’ vai te caçar em algum momento ou tomar conta de ti e posso garantir que lá na frente vais ver que por mais atitudes positivas perante a sociedade e as tuas crenças a tua escolha vai te caçar até os confins da terra e te tornar aquilo que a crença uma vez entre linhas escuras, tortas e confusas uma vez te avisou mesmo sem clarificar o fim de cada passagem.

    Ou acha que eu faço o que faço e sou o que sou apenas por livre escolha ou diversão? Não se iluda o mundo, submundo e os céus não dão nada sem a certeza da troca e do retorno da forma que lhes melhor convém. Acredite quando digo para não seguir mais este caminho se tens este tipo de dúvidas pois o caminho que estas a seguir não é feito de bondades e isto é bíblico e eu te garanto que é verídico. Ele veio para matar, roubar e destruir as criações de Deus pois se opôs e assim expulso foi, colocado nos antros acordou e na revolta de um filho abandonado fez casa na escuridão. Eu te garanto minha cara que ele não faz o que faz sozinho, existem soldados por todos os lados e de todos os jeitos. Se não tens certeza, se tens dúvidas, não prossiga porque a certeza de decepção vais te ser agoniante e enorme. Um conselho amigável.

    Agora uma pontuação minha que me intrigou… Vocês tem a capacidade cega e desmedida de vir até o Ferdinand no desespero desenfreado e egoísta com a ilusão de que pedir para ser transformado é fácil e o caminho certo e achando que é a mesma coisa que ir na padaria pedir por pão? Repensem, não é o romance que tanto assistem na mídia. Não leram o quanto de sofrimento o vampiro que amam tanto, passou? É uma vida transformada, é um começo difícil que ele mesmo os priva muitas vezes, pois pra ele, deve ser difícil relembrar quando perdeu tudo que mais amava e foi negado da chance de seguir a vida do modo que quisesse. Pensam que foi fácil para perder pessoas amadas, a agonia de nunca envelhecer dura décadas, o sangue por mais delicioso ao vampiro também o recorda do que é! Não se iludam com imortalidade, romance, sexo, séculos a finco e mordidas sedutoras; são anos e mais anos e séculos incontáveis de batalha interna, de auto entendimento, de controle e muitas vezes de desespero por não poder partir.

    Acreditem que o vampiro que vos fala é um ser para se admirar a paciência de lidar com tantas dúvidas, perguntas idiotas como estas ou pessoas “apaixonadas” pela ilusão que tudo são flores e sexo na vida de um vampiro, ali atrás tem uma história de superação milenar guardada. Respeitem. Vocês querem dar a vida de vocês como folhas ao vento e ao meu ver é um trabalho a menos pra mim, mas uma revolta a mais para ser recordada. Mal sabem o quanto são valiosos, todos vocês pois seres supremos batalham de várias formas pela alma de cada um.

    Mais uma vez para fixar na mente humana, eu não sou nada bonzinho, apenas pareço e essa “escolha” tem as suas consequências.

    Uma frase ótima que eu li e que define muita coisa.

    Se você realmente acredita em livre arbítrio, tente fazer escolhas sem se preocupar com as consequências, você verá que não é tão livre quanto pensa.

    The Reaper

  • Na tribo do meu irmão

    Na tribo do meu irmão

    A vida da floresta em meio a uma tribo de humanos + licantropos têm se mostrado uma experiência muito significativa em diversos aspectos. Mesmo sendo irmão de sangue do Alpha, alguns ainda me veem com olhos punitivos. Do tipo: “O que esse playboy tá fazendo aqui” ou ainda “Cai fora haule!”… Porém, com alguns deles tal qual a Sophie, uma lycan que pode se metamorfosear em pantera, as coisas são um pouco diferentes.

    Como vocês sabem eu tenho essa aura que atrai mulheres empoderadas e te falar que curto andar com elas. Não que o empoderamento seja um diferencial, a verdade é que pessoas intelectualizadas, que exploram ou que vão além da média curricular tem pensamentos diferenciados.

    Sophie se deitou na rede ao lado da minha num dia desses no qual eu estava com insônia e trocamos uma ideia legal sobre como nossos caminhos se cruzaram…

    – Então você é mesmo irmão de sangue do Carlos?

    – Sim desde a época no qual ainda se chamava Adolf, tal qual nossa mãe havia lhe dado.

    – Ele sempre foi visionário assim?

    – Para ser honesto ele era bem estabanado e enrolado antigamente. Depois que a licantropia se manifestou nele e ele passou por tudo o que ele já deve ter contado para vocês nesses últimos 100 anos. Ele se tornou outro cara. Um cara bem diferente de quando era apenas meu caçula.

    – Engraçado, eu só tenho 30 anos, inclusive as vezes falam que minha aparência é de algo próximo dos adolescentes humanos e mesmo assim não consigo visualizar essa experiência centenária de vocês… Eu sei que é minha realidade, mas parece algo muito distante.

    – Relaxa, sei bem como é… Acho que eu já te disse que fui transformado aos 25 e ao contrário de vocês que envelhecem, dizem que eu vou ficar assim para sempre. É um saco, na real, e as vezes parece que o tempo literalmente não passa. Eu só me dou conta da passagem dos anos, em situações em que retorno há algum lugar que não vou com frequência. Semanas atrás eu lembrei de algumas pessoas de um centro espírita. Resolvi ir até ele e fui surpreendido por um terreno baldio. Perguntei pelos arredores e fazia mais de 15 anos que o prédio havia sido demolido. (risos)

    – Pelo visto estou melhor que você então? Hahahah

    E esse papo rendeu mais algumas filosofias e risadas até que ela foi almoçar e meu sono de beleza resolveu aparecer. Nessa época eu já estava para ir embora da tribo, meus rolês de apoio ao Carlos foram muito proveitosos e poder estar perto dele. Do último membro vivo da minha família humana, trouxe um certo ânimo e novos objetivos para os meus caminhos.

  • O destino e as novas experiências

    O destino e as novas experiências

    O destino nos aproxima de certos indivíduos e partir deles surgem novas experiências. Falo aqui de um camarada, chamado Henrique, que esbarrou em minhas andanças há alguns meses. Sujeito pacato, dono de princípios inabaláveis e ao meu ver propagador da justiça. Não falo aqui da punição, mas sim do Karma ou destino.

    Estava viajando com Carlos, meu irmão lobisomem, no que posso chamar de um passeio amistoso em terras distantes. Quando surgiu a figura de Henrique. Esguio, parcialmente calvo, pele escura… Típico sujeito na faixa dos 45, nenhum exemplo de beleza e que ainda por cima tem problemas de comunicação. As vezes dá muita vontade de dar aquele tapinha amistoso nas costas dele: “Desembucha logo, cara!”

    Apesar disso, nossa convivência ao longo de uma semana me gerou um insight crucial, que me fez rever alguns processos internos…

    – E ai como andam as coisas? – Carlos puxou papo.

    – Tô numa pensãozinha te falei? Deixei os meninos com a patroa no nosso apê e cai na vida…

    – Nossa, que triste! Achei que tinham se acertado depois dos últimos rolos…

    – Nada, não rola bater em pedra, cansei cara! A vida segue…

    O silêncio surgiu e ficou entre nós. Fui obrigado a fazer uma piadinha:

    – Já ouviu falar de amor livre? Aproveita o momento e pega todas, vai te fazer bem!

    Carlos me olhou com reprovação e o desconfortável silêncio imperou por mais alguns instantes até que Henrique se manifestou:

    – Eu queria estar lá com eles, na verdade…

    O sentimento de tristeza era inerente e por mais que eu quisesse animar aquela conversa, as recordações já haviam inundado seus pensamentos e o jeito foi focar no motivo da visita.

    – Bom, anseio que vocês encontrem o melhor caminho… Sobre aquela peça, que falamos por e-mail, está com ela por aqui?

    – Claro, sim… sim. Só um instante!

    Carlos me olhou de forma séria. Não entendi se me reprovava ainda, fato é que Henrique voltou rapidamente com a peça e tratamos de ir para o próximo destino. Na saída o anfitrião abriu a porta e havia muito lixo por lá, provavelmente resultado de algum vento mais forte que trouxe tudo a sua porta.

    – Não entendo como existe ge-gente, ta-tão… porca! Cu-custa jogar tudo nas la-latas lixos!? Eles não entendem que-que isso tu-tudo volta na fo-forma de enchente!

    Pode parecer exagero da minha parte, mas aquele momento me fez rever todas as vezes que joguei um cigarro ou papel de chiclete ao vento…

    Próximo caminho, a tribo do Carlos. No qual vim escrevendo esse post e me remoendo entre pensamentos sobre justiça, destino e a forma como eu aplico tais conceitos nos caminhos que percorro.

  • Kora “Eu não nasci eu fui criada”

    Kora “Eu não nasci eu fui criada”

    Sinceramente eu nem sei por onde começar… Eu não sei até onde o entendimento humano vai e muito menos até onde aguentam, mas mesmo assim vou tentar resumir um pouco de mim.

    Me chamo Kora e meu apelido como bem sabem é Koko. Eu sou um ser e não nasci de ninguém, não sou nada humana apesar da aparência. Quando fui criada o meu objetivo era ser como lobo de caça do Gran Mestre, minha missão era matar e açoitar quem ele me ordenasse e sim eu o fazia e obviamente usava instintos naturais da selvageria animal. Eu mastigava lentamente cada inimigo.

    Séculos e mais séculos eu vivi como bicho, como lobo de caça, como guardiã da vontade maior e por séculos eu entendi que eu era assim até que em uma noite meu senhor me chamou e eu em minha obediência ouvi que animal deixaria de ser e a forma humana iria tomar para um objetivo maior.

    Ruiva me fizeram, baixinha de curvas acentuadas e cintura fina me fizeram, os olhos verdes vivos de lobo mantiveram junto da minha vontade por sangue e guerra. Fui objeto de sedução de muitos lords, duques, mestres, humanos sedentos pela carne humana de forma carnal.

    Consegui que ajoelhassem e pedissem perdão, que implorassem por mais e que no fim fizessem o que era pedido… Dar a alma em troca de mais uma noite e mais uma sensação ao me tocar… Prostituta de Lúcifer, talvez? Sim, porque não? Eu não tenho o mesmo sentimento que os humanos, eu não tenho medo, não vivo a sombra da sociedade… Eu mastigo almas e suas cascas por diversão e que mal seria usar de um prazer antes do trabalho ou quem sabe da refeição?

    Me tornei mulher aos olhos da sociedade e mais um soldado aos olhos do inferno. Minha arma era a sedução e minha sentença era a foice que partia cabeças, pois tenho uma missão. Tolos são aqueles que acham que na infinita hipocrisia vão se salvar em Cristo… Pensem de novo, como sei que o Reaper já lhes disse, no céu só se entra quem agiu de forma justa e correta, lá apenas realmente os bons vão, aqueles que não queimam ou difamam outras vidas, aqueles que agem de boa fé e não por interesse e aqueles que seguem a palavra do senhor dos céus e paraíso. Não se iludam se ainda tem muito o que se arrepender e redimir, suas boas intenções não vão lhe salvar e ir na igreja não lhe da ticket de entrada no céu ou por que acha que existe o ditado “ De boas intenções o inferno está cheio”? Estamos cheios até o talo e pretendemos continuar assim.

    Demais assuntos de lado, como eu conheci o Reaper? Ele foi um dos meus ‘professores’ e me ensinou como viver o lado humano depois de transformada… Eu tenho medo do Reaper? Você não? Deveria. Eu fui apresentada na minha nova pele como um ser selvagem a ser moldado para os trabalhos na terra e sinceramente que prazer é poder interagir e ver no coração de cada um de vocês o que realmente deseja e saber que 80% está fadado ao encontro com o Gran mestre…

    Se me arrependo de algo? Jamais. Se eu pretendo continuar como uma arma? Com toda certeza. Algo que se arrependa? Não ter conseguido terminar meu jantar aquele dia com o Reaper e o vampiro Ferdinand pois a policía estava vindo… Uma pena, mas o cardápio está cheio não? Qual o seu poder? Um só? Não se iludam, pois se eu fui criada por quem eu fui, apenas um poder não seria suficiente, que tal 3 poderes que podem acabar com tudo que conhece? Alimentação? Lanche que não é… Vai participar de alguma aventura com o Ferdinand? Não sei, talvez, quem sabe… Ele é um vampiro bacana… Seria um prazer vê-lo destroçar algum apaixonado, ainda mais em forma de lobisomem, seria um espetáculo. Alguém se propõe?

    E não se enganem o rosto bonito e os cabelos vermelhos não escondem inocência alguma. Talvez eu volte por aqui para contar como consegui converter algumas almas na antiga Londres, Chicago, Suíça ou Nova York talvez, quem sabe.

    Ass: Koko

    Hail Satan!

  • Dias de luta, dias de glória!

    Dias de luta, dias de glória!

    Estava aqui ouvindo a música Dias de luta, dias de glória do Charlie brown Jr. Sim, também ouço outras bandas além das gringas e cara, que letra foda! Curti principalmente a parte: “Mas hoje dou valor de verdade pra minha saúde, Pra minha liberdade”. Haja vista, que passei por um período muito turbulento quando fui acordado em 2005 e desde então, parecia que o mundo queria tirar meu sangue todas as noites. 

    Mas vamos voltar as histórias, afinal, é por isso que vocês estão aqui… 

    Noites atrás eu pilotava uma das minhas motos, estava com a HD antiga e um pouco frustrado com a bateria dela. Como pode uma bateria não aguentar duas semanas sem descarregar completamente? Certas coisas desse mundo descartável são um saco! 

    Andava por uma avenida conhecida e resolvi parar num bar de sinuca que as vezes frequento. Um lugar repleto de outros motociclistas e sempre bom para fazer novos amigos. 

    Papo vai e vem, comentei com um camarada que eu tenho negócios relacionados a fabricação de armas e ele comentou sobre a nova medida adotada pelo Presidente Bolsonaro. Eu já imaginava que o novo presidente iria facilitar o acesso e isso veio para nós em um momento ótimo. Ampliar os lucros do clã é sempre um dos objetivos de quem está no comando. 

    Acontece que o camarada era contrário ao decreto e me surpreendeu. Disse que tal medida proporcionaria novos crimes ao invés de resolver aqueles que já existem. Meu lado esquentadinho queria retrucar e pensando na paz que vivo no momento, decidi ouvir mais dos seus argumentos. 

    O argumento principal foi o fato de que ele possui filhos e estava preocupado com os pais dos amigos das crianças. Será que eles teriam armas em casa, será que as armas estariam em lugar seguro, será que as crianças teriam acesso e estariam mais propensas a possíveis acidentes? 

    Como alguns de vocês sabem eu fui criado em fazenda/sítio e naquela época, quando ainda era humano, a relação com armas era diferente. Aprendíamos cedo a lidar com espingardas, pistolas e afins. Eram muitas as ameaças: lobos, lagartos, ladrões… Sim, se alguém entrasse na fazenda sem ser convidado, era recebido a bala. Ao menos uns tiros para o alto eram dados. Alertado aos invasores que havia gente disposta a lutar por sua propriedade. 

    O papo rendeu bastante, vieram outros camaradas que comentaram sobre o assunto e no fim ficou uma dúvida. Os humanos brasileiros voltaram a época onde davam tiros, antes de dar bom dia ou boa noite? 

    Entre os sobrenaturais o uso de armas de fogo é comum, não que elas resolvam tudo, mas são uma forma de proteção a mais. Confesso, dificilmente vou deixar de carregar comigo minhas duas pistolas… Elas, junto das munições especiais, certamente prolongaram minha existência em mais algumas décadas.

  • Fui num jantar de ano novo com o Reaper

    Fui num jantar de ano novo com o Reaper

    Um ano novo e recomeço de ciclo e eu volto aqui depois me ‘esquecer’ repetidas vezes que a minha percepção do tempo é extremamente diferente de todos vocês humanos. Me desculpem por isso, apenas por isso.

    Creio que devam estar se perguntando “E quando este ser vai contar o que aconteceu depois do último capítulo?”… Bom vejam bem que eu sai ileso, assim como Ferdinand e Koko de uma aventura monstruosa e divertida em tantos aspectos afinal eu havia me esquecido como era divertido jantar com os amigos e dividir uma mesma refeição, se é que vocês entendem o tipo de menu que estava em nosso cardápio naquela noite. Boas recordações do ano de 2018 que foram repetidas com certa voracidade mesmo que eu tenha tantos trabalhos extras atrás de humanas e alguns humanos desavisados e sem noção do que o futuro reserva. Eu aprecio demais o meu trabalho.

    Mas antes de qualquer coisa e qualquer revelação sobre o nosso adorável jantar/missão eu venho aqui para lhes contar uma conversa agradável que tive com o meu criador, mestre, senhor da escuridão ou como alguns chamam intimamente de tio Lú, sobre um assunto muito agradável para nós, o Satanismo! Sim! E para o nosso deleite fizeram uma série sobre bruxas e satanismo! Ah que alegria ver que a sociedade não é mais tão pudica e temerosa dos efeitos e ameaças da igreja.

    Apesar de alguns erros básicos sobre o satanismo e o mundo das bruxas, demônios, reapers e afins eu gostei do que vi e do que foi mostrado sobre o pacto com o grande senhor das trevas. Adorei ver os demônios mostrados aos seus meros disfarces humanos vivendo em sociedade, uma alegria sem fim. Antes que me esqueça eu falo do seriado O sombrio mundo de Sabrina e não meus caros, eu não venho aqui para fazer propaganda, afinal não sou blogueiro nem rato de instagram. Eu apenas soube deste peculiar seriado e me dei ao luxo e ao deleite de apreciar algumas tradições nossas sendo exibidas, como o canibalismo, Ahh, até salivo! quando penso no sangue e carne pulsantes degustados nos últimos momentos de vida, até mesmo de uma bruxa ou bruxo totalmente desesperado pelo encontro sombrio. É sempre um prazer mesmo que meu prato favorito seja por pessoas extremamente curiosas, maldosas e metidas a espertinhas que por fim acabam sendo encontradas. 😉

    Lúcifer adorou o que viu e percebeu um grande aumento de  humanos sedentos pelo afeto da escuridão graças a este peculiar seriado. Obrigada aos produtores por facilitar o nosso trabalho!

    Por fim, vamos aqui dialogar mais um pouco e talvez extensamente sobre a minha outrora aventura com o sir Ferdinand e a Koko devoradora sedenta e carismática.

    O xerife como ele sofreu este homem que um dia foi temido e hoje jazia túmulo na minha barriga pois como bem podem suspeitar nós três conseguimos sair vivos, ou meio vivos afinal o que nos habita vai além de vida pura e genética como vocês.

    Lembro-me como se fosse ontem o que praticamente na minha percepção foram: cabeças rolando, o sangue sendo jorrado de vários lacaios do xerife forrando o assoalho uma vez marrom que agora era tecido de um vermelho intenso, que sensação maravilhosa aquele lugar fechado e abafado e cheirando a sangue e ferro me trazia, era como a Disney para nós sobrenaturais.

    Um vampiro se divertia ao matar e se alimentar. Uma entidade maligna em forma da graça e delicadeza feminina devorava entranhas e carne dos desavisados lacaios, enquanto eu com um homem, que antes tinha grandezas e agora tinha apenas o último grito antecipando o seu final frívolo e pequeno ao virar jantar da escuridão.

    Um cenário vivo, sombrio, medonho e rodeado de desespero. Era o restaurante perfeito para todos nós, afinal o sangue poderia ser bebido e a carne consumida sem muita dificuldade. O prazer da vitória e do alimento era estarrecedor e o dever cumprido era a sobremesa, daquela que antes era uma missão, mas agora era um banquete muito bem servido.

    As apaixonadas pelo adorado Ferdinand ficariam de joelhos (literalmente) ao ver o que realmente significa ser um vampiro, um ser das trevas e poderoso que não teme, que não se abala com as fraquezas mundanas e muito menos tem medo de admitir qual a poção que o faz ser o que é: o cálice da vida, o sangue que jorra aos montes para o deleite do poder faminto.

    Que dia! A Koko pode mostrar ao Ferdinand o que era o real canibalismo satânico e eu pude comer algo, ou melhor, alguém que me satisfaria por pelo menos três meses.

    Agora por estes dias de fim de ano com a passagem sinto energias renovadas e novas tarefas designadas pelo Gran mestre e alguns amigos serão devidamente entregues e muito bem entregues. Talvez vivas ou não, mas entregues!

    Bem-vindo 2019 e antes que me esqueça a lua da virada foi minguante e no dia 01 de uma terça-feira o dia de banimento. Eu digo isso pois se você fez pedidos para dinheiro, saúde e paz é melhor se preparar para um ano muito interessante e do avesso, afinal pular as sete ondinhas não faz milagre e usar branco não é nenhum escudo para o mal e amarelo não trás dinheiro.

    Até breve e quem sabe eu venho aqui finalmente responder algumas perguntas “sobre os deuses mundanos”, aqueles idiotas que uma vez foram algo e hoje são apenas mais um grão de areia na praia.

    Hail Satan!!!

    Ass: The Reaper.

  • 2019: Um ano novo repleto de oportunidades!

    2019: Um ano novo repleto de oportunidades!

    2019 chegou! Um ano novo repleto de oportunidades para todos. Humanos, sobrenaturais e quem mais quiser aproveitar seus dias e noites. Ano passado o site completou 10 anos e foi uma data simbólica, haja vista que foi em 2009 que efetivamente comecei meus relatos por aqui.

    10, 11… 14 anos se passaram desde que fui acordado em 2005. Nesse período me readaptei ao mundo, descobri todas as suas novidades e posso dizer que já vivo entre vocês como se fosse um ser típico desta época. Já me apropriei de algumas gírias e uso frequentemente palavras como “cara”, “rolê” e “crush”. Mesmo nos momentos de fúria, onde geralmente resgatamos a essência, xingo usando “fdp”, “babaca”… como se tais palavras fizessem parte de minha origem no sec. XIX.

    Nesse tempo também já tive alguns romances, algumas “ficantes” e muitos “rolinhos”. Aprendi que a sociedade da atualidade não se importa com relacionamentos sérios e para um vampiro isso é ótimo. Pois podemos ser o espirito livre que muitos pregam, deixando de lado relacionamentos que muitas vezes podem prejudicar nossa existência.

    Além disso, aprendi que podemos nos reinventar a todo momento. Eu mesmo nesse período já fui fotografo, investigador, bom vivant, empresário, justiceiro e ainda tento ser escritor. Mesmo com as livrarias a beira da falência, este anda é o meio que mais gosto para divulgar minhas ideias. Será que algum dia as palavras escritas vão morrer? Youtube e Instagram estão aí a todo vapor.

    Os podcasts (ah lembram dos meus VampirosCasts?) estão bombando e existe o WhatsApp onde a comunicação rola escrita ou por voz, ou o Facebook, que vende nossos dados, mas que proporciona a mistura de tudo um pouco.

    Hoje os textões, como este, são démodé (saíram da moda), mas o que me faz continuar aqui e não migrar para os vídeos e afins? Eu sou velho, cara! Apesar de estar sempre me adaptando ao mundo contemporâneo, a escrita é onde meus pensamentos fluem melhor. Não me sinto confortável em gravar vídeos, mesmo mascarado a coisa não fluiria natural como aqui. Nos VampiroCasts eu até fico de boas, mas são pouco práticos.

    Agora, por exemplo, estou aqui no meu smartphone, no alto de um prédio. Onde observo vocês ao longe e posso escrever o quanto quiser de forma prática. No fone de ouvido toca um rockzinho dos anos 90/2000 que ajuda a manter o foco. Afinal, eu me distraio cm facilidade.

    Ah antes de acabar queria compartilhar um outro sentimento. Esses anos tem me lembrado a época em que escrevi pela primeira vez para a web. Fala-se pouco de vampiros, lobisomens e afins e isso me deixa sem pressão, não preciso mais competir com Vampire Diaries, True Blood ou Twilight e explicar diversos pontos de vista deturpados.  Somente as bruxas estão em evidência por causa do novo seriado da Sabrina. Aliás, viram lá porque existe tanta briga em as bruxas diabolistas e os outros seres?

    Nos vemos por ai, até breve!

  • História de terror e magia

    História de terror e magia

    Esses dias lembrei de uma história de terror e magia que envolve Joseph, meu grande amigo e irmão vampiro que se foi anos atrás. Lembrei disso, porque este mês seria seu aniversário. Data no qual ele sempre juntava os mais chegados para uma boa farra.

    Joseph ou zé para os íntimos, era um vampiro pacato. Sua origem francesa transmitia para alguns certa arrogância, mas quem o conhecia de verdade sabe que ele era um nerd convicto. Fã de teatro e de uma boa história, desde que ela fosse explicada nos mínimos detalhes.

    Il faut vouloir vivre et savoir mourir.

    É preciso desejar viver e saber morrer. Tal frase ele dizia que vinha de algum dos Napoleão, mas de tanto que ele falava  eu penso que podia ser invenção dele mesmo. Caso é que tais pensamentos nos contagiavam e serviam de inspiração para que fôssemos atrás de qualquer coisa com maior afinco.

    Numa das suas histórias, no qual ele gostava de criar um clima, acendendo velas pelo castelo, usando seus poderes para nos dar sustos e entreter. Iniciou o vampiro…

    “O amor permanece, naquele que é tocado pela morte? Apresento-vos a dança dos decrépitos, tal culto surgiu em meados…” E lá se ia ele flutuando pela sala, dançando sozinho, mas era como se estivesse com alguém, e magicamente nos encantava…

    Escuridão total e apenas o estalar de seus ossos vagando entre nós. Todos sentados em almofadas. Mesmo aqueles que possuíam a visão noturna apurada ficavam atentos e não tiravam o foco de seus movimentos finamente orquestrados.

    De repente uma vela se acendia em suas mãos de dedos esqueléticos e seu verdadeiro rosto causava angustia, medo e até nojo por parte da plateia. Figurava ali o que ele chamava de La petite mort. Satirizando a icônica frase dita por muitos naquele século.

    Meu amigo não tinha pudores e na verdade ninguém naquela época controlava os pudores ou palavras. Tal comunicação era ainda pior nas rodas vampirescas e os moralistas certamente se aterrorizariam nesses meios.

    Horror Clown

    “Venham, levante-se junto. dos espíritos. Vamos celebrar a podridão dos corpos que foram deixados para trás. Não tenham medo, o medo é apenas a falta de conhecimento a certa do caos e do infinito. Venham, vamos celebrar a morte, que vos é inerente e ríspida.”

    “Trago apenas verdades e se teu coração ainda bate, e teus rosto transparece o rubor do sangue corrente, o que fazes aqui?”

    “Ainda queres o corar dos viventes? O dom que fora-te dado por Lilith ou pelo próprio Samael é o que tens na profundeza das tuas noites. Venha!”

    O soprar do vento gelado que pairava perto da janela, trazia consigo o medo no qual ele se referia e queria nos mostrar. Tantas noites passamos ouvindo suas retóricas e comoventes histórias. Como já disse, para alguns ele trazia terror, magias profanas, filosofias exacerbadas ou rebuscadas demais…. Para mim ele apresentava uma riqueza impressionante de ideias. Quando eu estava com ele era visível o brilho que vinha do fundo de meus olhos vampirescos.

    Que saudades meu maior amigo!

    Quer saber mais sobre Joseph, leia aqui.

  • Tempo, como os vampiros lidam com tal passagem

    Tempo, como os vampiros lidam com tal passagem

    Certa vez eu estava numa roda de amigos, conversávamos sobre o tempo e como nossa relação com a passagem das noites, semana e afins afeta nossas cabeças. Eu costumo ser visto como alguém que sabe por as coisas pra fora, mas no meu íntimo insisto em perder dias de sono em busca de melhorias para mim e para o que me rodeiam.

    Passei recentemente por um período turbulento, onde precisei replanejar os planos que havia feito em 2017. Eleonor, que falta me faz a morena que por vezes lia meus pensamentos e os colocava em ordem… Joseph, se eu dominasse os ritos de necromancia, juro que trazia tua alma novamente para essa época…

    Franz, é o ancião, nem vou tratar dele com afinco nesse post, mas vale a lembrança de que ele pode fazer o que bem quiser. Mesmo que suas rotinas o levem para longe de nós por um tempo, deixando a mim o fardo de tocar os negócios sozinho.

    Este ano o tempo passou rápido para mim, não pude fazer ainda tudo o que havia contado aqui outrora, e o que importa disso que é que o tempo é na verdade diferente para os seres dito eternos. Não quero divagar, demais, em tal conceituação. Porém, cabe aqui algumas definições.

    Não vou dar aula de relatividade, nem tampouco falar de Einstein aqui, existem vários artigos pela web que falam disso e cabe a mim falar de forma mais prática.

    Mas e como eu vejo o tempo?

    Falando a real, os vampiros podem sim morrer de diversas formas, mas no geral vivemos muito mais do que o mais velho dos humanos que já passou pelos planos terrenos. Alguns adorariam ter essa oportunidade e o que se tem na verdade são muitos, muitos problemas.

    As vezes eu me sento num banco, ou caminho entre as multidões todos correm, quase voam ao passar por mim. Não que eu seja tipo o Flash dos quadrinhos e é mais como uma sensação horrenda. Tal qual como se eu pudesse ver uma semente, virando muda, depois árvore e adubo em questão de segundos.

    Essa sensação me coloca em dúvida sobre os prazeres da imortalidade, trás pensamentos obscuros, soltos e loucos as vezes. Sério, tenho vontade simplesmente fechar os olhos e ir para outros planos, onde sou apenas névoa.

    Não obstante, a tal entendimento do tempo eu sigo meus caminhos. Apresento discussões mentais e discorro de tais reflexões como um aluno diante o mestre. Teria melhor que o tempo?

  • The Reaper – Entre um Marlboro e outro

    The Reaper – Entre um Marlboro e outro

    – O xerife estava lá naquele dia, sim. Ele ia sair para caçar inocentes animais, mas mudou de ideia bem rápido, quando Susane lhe disse que estava esperando Al Colt naquela mesma tarde.

    – Como Susane sabia disso? – Ferdinand me perguntou.

    – Bem, isso é uma história instrutiva por si só – Disse ao vampiro que agora assim como eu estava próximo do nosso objetivo e o meu mais novo trabalho e talvez em parte um tira gosto.

    – Acho que não – Ferdinand disse – baseado no que aconteceu. Se fosse eu, teria quebrado uma perna de tanto correr de medo ao receber a noticia por de baixo do tapete… Sabe bem o que me refiro.

    – Susane sempre soube que uma hora ou outra eu iria atrás do xerife, só não esperava que eu levasse companhias com rancor e conhecidas dele também.

    – E para quantos homens Susane contou isso? Sobre a nossa visita ao xerife. – Ferdinand assim como eu, gosta muito de ter tudo sob controle. Não o culpo, sou assim também e sigo a risca os meus planos de ataque e fuga.

    Apesar da força que temos, que diga-se de passagem é muita, eu tinha um plano B. Apenas nós dois não iríamos fazer tudo sozinhos enquanto tentávamos pegar o nosso mais novo trabalho. Trabalho meu e diversão para o vampiro.

    – Eu sempre tenho um plano B. Aliás um ajudante…

    – O grande Reaper precisa de um ajudante? Por essa eu realmente não esperava!

    – Me dê um descanso, afinal eu sou apenas um…

    – Um ser imortal, poderoso, assassino e implacável?

    – Já terminou? Diz o vampiro antigo que jogou aquele motoqueiro do outro lado da rua com a força de apenas uma mão…

    Apesar dos poucos dias ao lado do encarecido e pouco paciente vampiro eu devo confessar que posso com toda certeza afirmar que o Ferdinand não possuí nenhum tipo de paciência. Esse sentimento o abandonou faz anos e podemos dizer que provavelmente não foi o seu melhor aliado.

    Não quero me demorar na descrição por isso vou rapidamente fazer uma prévia da nossa noite anterior a chegada aqui as portas do xerife. Estávamos tranquilamente na beira da estrada esperando apenas a confirmação de endereços enviada pela assistente e pseudo filha dele a Pepe, quando um motoqueiro alcoolizado achou que seria muito bacana parar para bater um papo e nos insultar de nazistas barbudos tatuados… Me lembro do motoqueiro tomando voo noite a dentro e um grito de desespero encher e esvaziar os seus pulmões. Ferdinand fez tudo com uma mão enquanto eu apenas observava e fumava um Marlboro. Fim do meu devaneio.

    – Ele pediu por aquilo Reaper. – Respondeu o vampiro que assim como eu deixou o conforto do Demon e esperou comigo a nossa ‘ajuda’ do lado de fora a beira da estrada.

    – Que veículo é o da nossa suposta ajuda.

    – Ela vem caminhando…

    O olhar do Ferdinand era impagável, parecia ter visto um fantasma. Eu apenas sorri e acenei para o fim da estrada onde eu conseguia com meus olhos ( quase olhos de Tandera) enxergar ao fundo os doces cabelos da pequena Koko. Minha amiga de longa data e um ser peculiar e que engana qualquer um com seu doce e ingênuo olhar de menina, os cabelos curtos nos ombros, os olhinhos de um azul céu e o sorriso inocente.

    – Reaper não diga que o nosso reforço é aquela pequena menina…

    – Não deixe as aparências te enganarem.

    Sim o vampiro ficou sem palavras quando a pequenina e bela mulher chegou e sorriu docemente para ele e estendeu a mão para cumprimentar o gigante vampiro.

    – Ele realmente é alto como você R. Poderiam fingir ser irmãos, as tatuagens e o estilo retrô passa isso de vocês. Prazer Ferdinand eu sou a Koko.

    A voz feminina e meiga poderia enganar qualquer um. Aliás a voz engana e muito bem o ser medonho e portador de pesadelos que era a ‘doce’ e ‘delicada’ Koko. Ela pode enganar quem quiser na sua forma humanoide, uma entidade maligna vive a espreita, mas poucos sabem que seres malignos tem o poder de possuir seres das sombras e este era o caso da pequena Koko, ela era uma fusão que deixaria até o mais ávido sobrenatural assustado.

    – Quais os poderes dela?

    – Desculpe o meu amigo Koko, ele ainda não se acostumou com uma coisinha tão delicada como você.

    A ruivinha sorria para o vampiro galã com ar de ‘eu ainda vou fazer até você se assustar’ que só ela sabe fazer. Enquanto eu buscava no mais fundo do meu ser tentar descrever o que seria essa pequena beldade ela mesma se explicou.

    – Os poderes são suficientes para fazer até o mais corajoso dos homens se cagar nas calças. Já fiz muitos se borrarem, porém não é o seu caso senhor vampiro. Venho aqui ajuda-los e claro me alimentar, preciso de almas para saciar a minha fome… Aquela adolescente na estrada foi apenas um aperitivo.

    “Línan milli góðs og ills er tortryggin en maður þarf hina til að viðhalda jafnvægi heimsins.”

    ‘A linha entre o bem e o mal é tênue porém um necessita do outro para manter o equilíbrio do mundo.’

    Ass: The Reaper.

    Sjáumst næst!

  • Atualização do livro Ilha da Magia

    Atualização do livro Ilha da Magia

    Sim, sempre que posso mantenho a atualização do livro Ilha da Magia em dia lá no wattpad: https://www.wattpad.com/562324938-ilha-da-magia-uma-viajem-emocionante-2-de-5

    E é claro que ainda há muito sangue, amor e ódio pelo caminho. Além disso, já passamos da metade dele e estou louco para continuar meus outros livros.

    Leia e me diga o que está achando, o retorno de voc muito importante =)

  • Lycan, Licantropo, Lobisomem…

    Lycan, Licantropo, Lobisomem…

    Muito se fala sobre os Lycan, Licantropo ou vulgarmente Lobisomem. Ferdinand, às vezes me chama de peludo, mas tendo em vista nossa relação, isso deve ser algo carinhoso?! Dias atrás ele me procurou para conversarmos sobre meu legado e aqui seguem algumas palavras sobre como tudo começou para mim. Provavelmente o vampiro vai deixar isso mais legível/amistoso para vocês. 

    Por hora, podem me chamar de Carlos e eu já aparecei aqui no blog em diversos momentos, como na história do Totem desaparecido.

    Era uma manhã qualquer do sec. XIX quando eu estava cuidando do gado na fazenda. Aquele não era meu trabalho principal e o fazia porque meus pais haviam me obrigado.

    A função até que era simples. Eu precisava conduzir aquelas duas dúzias de cabeças da pastagem para o confinamento, lugar onde eles ganham peso para o abate. O problema é que eu sempre fui um cara de poucas palavras, independente de serem humanos ou animais me é sempre um esforço demasiado ter de proferir palavras, comandos ou lidar com seres vivos.

    Do fundo do meu coração: Eu tava puto! Todo o trabalho desde os últimos acontecimentos haviam recaído sobre mim e durante um xingamento mental e outro eu ouvi alguém reclamando… Olhei para os lados na procura de alguém e não havia nenhuma alma viva… Depois de alguns segundos eu me distrair e ouvi uma outra voz diferente da anterior, que também reclamava e deixava claro que odiava estar ali.

    Um calafrio percorreu minha espinha ao mesmo tempo em que eu olhava para os lados e não via ninguém. Mais vozes, mais reclamações… Alguns pareciam gritos ou gemidos e todos me tocavam a alma numa forma completamente nova de interação social. Parte telepática, parte espiritual… parte sobrenatural.

    Num ato de desespero e desconforto saltei do cavalo. Desengonçado e tropeçando nas canelas eu corri até à casinha onde a mãe tirava leite de algumas vacas.

    – O que foi seu loco? – Disse ela mostrando surpresa ao me ver.

    – Não sei, acho que tô loco mesmo mãe!

    – Para de me estrovar e vai cuidar das tua vida!

    Logo pela manhã a mãe não era muito amistosa e com cara de bunda, voltei para o pasto. Não ouvi mais nenhuma voz naquele dia e tudo foi normal até a noite.

    Jantei e fui para o celeiro onde passei parte da madrugada enfiado em alguns livros. Dormi sem querer e acordei perto das 3h com meu próprio ronco. Levantei e quando me alonguei senti novamente aquele maldito calafrio que subiu instantaneamente dos pés a cabeça.

    Sentei no sofá e senti as mãos tremendo. Um suor inesperado tomou conta do meu pescoço e quando dei por mim estava todo encharcado. Tentei correr para casa mas os movimentos estavam presos. Consegui chegar até a porta onde me deitei nos degraus. Durante alguns segundos eu percebi o céu mais iluminado, as estrelas machucavam minhas retinas, mas a sensação ao mesmo tempo era singular.

    Mas o conforto passou rápido e lá estava eu estremecendo até os ossos feito bambu no poral…vendaval. Por diversos momentos senti meu coração querendo sair pela boca. O calor tomava conta do meu corpo e as glândulas cupiam suor como cachoeiras em dia de temporal. Os mais inconvenientes sons ecoavam em meus ouvidos e eu estava no ponto de suplicar pela morte quando percebi algo vindo em minha direção.

    Não era humano, nem bicho. Tão pouco possua uma forma definida, estava mais para um vento e me envolveu. Penetrou por todos os meus poros se tornando parte de mim… Depois em meio a diversas contrações e estalos senti várias partes do corpo se modificarem. Meus músculos cresceram, os ossos pareciam pesados como pedra. Veio a sensação de que eu precisava muito cuspir no mundo todas as coisas que havia guardado para mim em todos os meus anos de existência…

    Tossi várias vezes, cuspi muita saliva e sangue…

    – Auuuuuuuuuuuuuuuuuuu

    Tal uivo limpou minha garganta e minha alma. Senti que jogava para fora todas as coisas ruins que eu havia acumulado até aquele momento de minha existência. Estalos me indicaram movimentação e ao primeiro sinal de luzes disparei para a mata fechada. Onde me escondi e dormi até que os primeiros raios de sol me acordassem, deixando na noite a forma forma lycan.