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  • Stephanie descobriu meus segredos?

    Stephanie descobriu meus segredos?

    Alguns minutos dentro de um táxi aéreo e lá estava eu novamente na maior metrópole brasileira. A descida em Congonhas foi tranquila, apesar dos fortes ventos que faziam na noite de quarta e sem mais detalhes peguei um taxi comum que me levou diretamente ao apartamento de Stephanie. Confesso que entre minhas idas e vindas pelas várias cidades que já viajei, São Paulo é um lugar no qual sempre fico com vontade de retornar e isso ajudou há amenizar um pouco meus problemas.

    Eu havia visto Stephanie duas vezes e para não ter surpresas, resolvi fazer uma pequena varredura em sua vida antes de reencontrá-la em seu território. Ir atrás de alguém semi desconhecido em seu próprio “esconderijo” é sempre um problema, ainda mais tendo em vista a situação que se desenrolou depois que nos conhecemos e que ela descobriu meu segredo. Então eu tinha um perfil em minhas mãos: Pais separados e estudou em colégio particular a vida inteira inclusive na faculdade. Viúva, independente e felizmente nenhum problema grave que precisasse de minha atenção, se não uma filhinha de 3 anos.

    Contudo surgiam ali as primeiras dúvidas: como ela descobriu que sou um vampiro? Hoje em dia poucos acreditam ou sabem que nós realmente existimos, será que ela teria o sangue dos puros ou estudava algum tipo de arte secreta? Será que nosso encontro não foi ao acaso como eu imaginava? Malditas dúvidas… Ela tinha mexido comigo, não seria fácil olhar naqueles lindos olhos amendoados e tirar sua vida, mas eu precisava proteger minha identidade e segredos.

    Condomínio de luxo, num dos bairros nobres da cidade. O porteiro anunciou minha chegada, me pediu numero de identidade e, como sempre, tive de lhe dar um numero falso de algum documento que eu possuía naquele momento. Depois de alguns instantes, onde inclusive precisei tirar uma foto, ele finalmente me liberou para que eu subisse até o apartamento de Stephanie. Dentro do elevador existia uma maldita câmera e nos corredores eu tb estava sendo vigiado. Até havia pensado em me transformar em névoa e fazer uma entrada – digamos triunfal – no apartamento, mas em função dessa vigilância toda eu acabei entrando com a cara e na coragem.

    Ao bater a porta ouço a voz de Stephanie que ao perceber minha chegada, diz um breve “Pode entrar amor!”. Sabe quando as pessoas te pegam de surpresa? Foi assim que me senti ao ouvir tais palavras tão simples, mas carregadíssimas de sentimento. Mal pude ocultar meu sorriso ao entrar em seu apartamento, mesmo dando de cara com ela segurando sua filhinha no colo. Dizem que às vezes o lado paterno bate forte nos homens. Bom, eu já havia tido este sentimento antes, mas naquele momento a situação foi um pouco diferente.

    Ao me ver ela abriu um grande sorriso e veio em minha direção para dar um beijo. Seus lábios quentes tocaram os meus lábios gelados e inexplicavelmente eu havia esquecido momentaneamente o que havia me trazido até ali. Então ela fez sinal para eu me sentar no sofá e disse bem baixinho que ia colocar a filhinha para dormir. Naquele momento eu fiquei sentado no sofá e estava passando um desenho animado, aliás, fazia muito tempo que eu não via.

    Toda aquela situação já havia fugido completamente a tudo que eu imaginara e então teria de improvisar. Fiquei aguardando até que a filhinha dela dormiu e depois que ela saiu do quarto veio toda cheia de sorrisos para cima de mim. Na verdade confesso que tentei iniciar um

    diálogo, mas ao estar a um palmo daquela boquinha eu não resisti e me entreguei em um beijo, que levou a um abraço e que terminou conosco na cama em menos de 5 min. Depois de algum tempo a diferença de temperatura entre nossos corpos já não existia mais, aliás a cumplicidade e reciprocidade que nos envolvera durante aquelas poucas horas me dava a impressão de nossos corpos eram um só.

    Já na madrugada, iniciamos o momento “D.R.” e dentre todas as coisas que ela me disse o que mais me chamou atenção: O fato de que ela já era minha leitora do blog antes de me conhecer. Na verdade ela insiste até hoje que o nosso encontro na virada foi algo do destino, porém por via das dúvidas ela ainda precisará passar por muitas aprovações para entrar por completo no meu mundo. Sim povo, depois que Stephanie soube de tudo tive de lhe dar 3 opções: Virar minha dependente; ser transformada em uma vampira; E a pior de todas que seria ter de tirar sua vida.

    Na verdade não lhe dei escolhas e diante de tudo que havia acontecido a melhor opção sem sombra de dúvidas foi lhe dar meu sangue, transformando-a em minha dependente. Uma pessoa que apenas recebe o sangue de um vampiro sem que antes seja mordida ou que passe pelo ritual vira uma dependente. Nesse estado a pessoa adquire um vinculo muito forte com o vampiro que lhe doou o sangue e praticamente se torna incapaz de lhe fazer qualquer mal. Ela também pode adquirir alguns benefícios, como melhorias em sua vitalidade e às vezes até alguns “poderes”, dependendo do poder e força do sangue de seu doador.

    Digamos que tentei amenizar ao máximo o trauma dela e fiz algo que detesto que é me cortar. A deixei no quarto e na cozinha passei rapidamente uma faca sobre meu pulso direito e derramei meu plasma em um copo. Quando enchi meio copo procurei algo para estancar parcialmente o sangue e com alguns guardanapos de papel fiz pressão até que boa parte fosse contida. Voltei então para o quarto, onde lhe entreguei meu sangue dizendo:

    – Este é o verdadeiro sangue da nova e eterna aliança. Beba o quanto conseguires minha querida!

    Mesmo depois de beber tudo sem pestanejar, eu ainda fiquei ressabiado com a facilidade que ela aceitava tudo o que eu lhe propunha. Afinal, quem não desconfiaria de tudo que aconteceu até aquele presente momento?

    A sua reação, foram alguns enjoos, algumas ânsias e depois de uma profunda cólica ela se deitou ao meu lado onde literalmente apagou por alguns instantes. Na verdade todas as reações foram as mais normais e, pelo menos eu já tinha uma certeza, ela era humana.

    Ela dormiu durante o restante daquela noite e inicio do outro dia. Quando instintivamente acordou com o choro de sua filhinha. Eu não havia dormido ainda e fiquei lhe observando durante todo o tempo. Na verdade não dormi durante todo aquele dia, onde lhe expliquei o que aconteceria com sua vida depois daquele momento e que agora ela precisaria tomar meu sangue pelo menos uma vez ao mês, caso contrário sofreria as consequências nefastas da abstinência.

    Durante aquele dia a ajudei arrumar suas malas pegando o que fosse lhe ser mais útil e fiz o que julguei mais sensato: Viajamos para o refugio de meu clã que fica em algum lugar na América latina, onde minha irmã Eleonor nos aguardava.

  • Turno da noite parte 1

    Turno da noite parte 1

    Olá meus queridos,

    Ontem foi lançado o primeiro vídeo baseado na trilogia: Turno da Noite do André Vianco. Para quem não o conhece, ele é um escritor brasileiro de mão cheia e que se dedica principalmente ao gênero “vampiros”. Eu já tive o prazer de ler alguns de seus livros e certamente recomendo.

    Sinceramente eu até pensei que ele também fosse um vampiro, mas como ele possui fotos na internet a luz do dia, minha teoria foi por água a baixo rsss

  • É melhor aqui, me deixe ficar…

    É melhor aqui, me deixe ficar…

    Olá povo tudo bom?
    Hoje lhes trago um artigo feito por uma amiga próxima e que por enquanto irá ficar no anonimato, esperamos as considerações de vocês.
    Eu adianto que achei bem profundo e repleto de romance =)

    É melhor aqui, me deixe ficar…

    E no fim daquela sexta tão gostosa onde aprendera sobre como eraesplêndido a sua própria companhia, ela lembrou dele..

    – Como foi bom o tempo que passamos.
    Pensamento que não durou quinze segundos.

    Logo voltou ao seu mundo mágico que só existia em sua mente totalmente lúdica e insana..

    – Muito melhor aqui.. onde existe o mocinho no cavalo branco, que gosta de boa música, que penteia seus cabelos, lhe olha com ternura e que todas as noites canta e acaricia seu rosto até que ela durma.

    Contos de fadas não existem – dizia o mundo à sua volta.
    Mas ela não vivia nesse mundo. Vivia no “mundo da lua”.
    Esse mundo era muito difícil e complicado para a garotinha determinada dos olhos grandes cor-de-jabuticaba.
    -Já tentei viver aqui. Cuidei tanto do meu coração e ele foi partido algumas vezes.. a próxima pode ser fatal. Melhor não arriscar.

    Era tão delicioso viver na terrinha encantada onde ela podia sonhar com tudo o que sempre quis.

    Uma casinha no campo, cerquinhas brancas, um cachorro lindo, muitas flores e árvores no jardim e os filhos correndo felizes.
    O emprego dos sonhos e o cara certo.
    Nem era pedir muito.

    Mas ela sempre afirmou ter nascido na época errada.
    Nos tempos de hoje tudo é diferente, tudo é complicado.

    Por tantos motivos, lá se vai a menina do sorriso aberto, fantasiando, sonhando e vivendo no seu próprio planeta colorido.

    Acho quase impossível que ela se entregue novamente. Talvez pra alguém que viva num mundo de fantasias .. quem sabe em algum dia desses, as almas se esbarram dentro de um sonho desses que ambos tem.. e quem sabe sejam feitos um para o outro.

  • Confissões de uma noite de verão

    Confissões de uma noite de verão

    Eu acordei no inicio de uma das noites desta semana e como faço rotineiramente tomei um belo banho para se sentir melhor. Depois olhei os comentários do blog, ví meus e-mails e as várias noticias do dia que havia passado. No entanto em meio a tanto lixo virtual, fui surpreendido de uma forma muito boa por uma sms vinda de Stephanie, a bela morena paulista que me encantou na noite da virada deste ano. Dizia ela “Estou novamente na tua ilha e te quero!”. Povo, se existe uma coisa que admiro nas mulheres é iniciativa e franqueza, além disso, como minha noite com ela havia sido ótima, então eu tinha muitos motivos para revê-la.

    Combinei de ir pegá-la em um Hotel no centro da cidade, um desses executivos, pois sua estadia seria rápida e a trabalho. Liguei avisando que estava chegando e ao parar o carro na recepção do Hotel eu nem precisei sinalizar, pois ela já me aguardava ansiosa. Não sai do carro, apenas abri a porta por dentro mesmo e ao me ver ela imediatamente abriu um sorrisão. Confesso que estava feliz em revê-la e estava com a impressão que a noite seria boa.

    Esta noite estava quente, o ar do carro estava quase no máximo para disfarçar minha temperatura corporal e logo depois de beijar minha boca foi inevitável seu comentário: “Humm que geladinho”. Apenas sorri e depois de soltar seu pescoço, que eu segurava com a mão esquerda, continuei olhando em seus belos olhos e disse: “Saudade da tua boca, sabias?”. O próximo beijo depois de minhas palavras foi interrompido pela buzina de um carro que pedia passagem e então tivemos de sair dali imediatamente.

    Vampiros não comem então a questão jantar é sempre chata de lidar, na pior das hipóteses falo que não estou com fome, mas é tenso se a acompanhante estiver. Por isso eu quase sempre ofereço minhas habilidades culinárias e dou a desculpa de que quem cozinha fica sem fome. Nesta noite não foi diferente e novamente a levei para minha casa de praia. Passamos antes em um supermercado, onde comprei um bom vinho seco para acompanhar o filé mignon e o risoto de ervas finas que lhe preparei. Enquanto eu cozinhava no espaço gourmet que há próximo da piscina ela se rendeu a um banho e como não estava de biquíni, improvisou sem quaisquer roupas com a maior desinibição.

    Próximo de terminar o preparo do desjejum noturno da bela morena, eu coloquei um pouco do vinho numa taça e lhe levei na piscina. “Quase pronto, bebe um pouco para abrir o paladar enquanto pego um roupão pra ti?”. Como resposta ela me puxou para pertinho da borda e me deu mais um beijo rápido antes de eu pegar o roupão que estava dentro da casa. Ao voltar ela já havia saído da piscina, estava encostada no balcão de costas para mim e ao me ver apenas virou o rosto, deixando intencionalmente aquele belo bumbum empinadinho completamente a mostra. Como a comida ainda estava no fogo eu apenas lhe cobri com o roupão e tratei de terminar a jantinha improvisada, antes de fazer qualquer outra coisa.

    Prato servido, vinho bebido e eu enrolando com um copo de água até que ela entra no assunto da virada:

    – Ainda não acredito no que me aconteceu naquela noite da virada, eu fiz alguns exames quando voltei pra sampa e meu médico não descobriu nada além de um pouco de anemia. Acredita?

    – Olha minha querida, não sou médico, mas confesso que fiquei preocupado, quase chamei socorro e fiquei naquela situação, chamo ou não chamo, até que enfim acordasses. Talvez apenas tenhas ficado cansadinha? Bom o importante é que tais bem e pelo visto gostou de passar um tempo por aqui em casa?

    Eu sorri depois do meu comentário repleto de lábia, mas ela estava tão entretida no vinho e na comida que acabamos mudando de assunto rapidamente. Felizmente ela não me ofereceu comida, então resolvi aproveitar os quase 30 graus que fazia aquela noite e também tomei um banho de piscina enquanto ela terminava de jantar. Não sei se ela estava com pouca fome ou se não havia gostado da comida, mas logo que me despi e entrei na piscina ela veio em seguida, deixando metade do jantar no prato.

    Ficamos por muito tempo na piscina entre caricias e longos beijos, até que percebi ela ficar com os dedos murchinhos e lhe propus subirmos para o meu quarto. Obviamente ela não se opôs e já na cama ficamos por lá em meio a muitas safadezas durante muito tempo. Em certo momento ela estava deitada ao meu lado e encostada em meu peito quando me lembrei de perguntar se ela precisava trabalhar pela manhã. Como ela disse que sim, eu tive de começar aquele processo de despedida.

    – Bom, então vou te levar para o hotel, acordar cedo por lá é melhor não.

    – Mas queria muito passar a noite aqui contigo.

    Nesse momento o problema não foi ela dizer que queria ficar a noite inteira comigo, mas sim o fato de que eu não poderia leva-la embora de dia e de que ela começou a fazer chantagem. Lembro até agora daquela boquinha bem desenhada, fazendo biquinho, de todo o seu corpo quente sobre o meu e da forma como ela ficou enroscada em minhas pernas. Naquele momento ela me transmitiu muita carência, o que certamente convenceu subitamente meu lado humano e homem. Porém eu precisava resolver a questão ir embora de dia de uma forma sutil, foi quando me lembrei dos taxis e mais uma vez usei minha lábia.

    – Humm que manhosinha que tu és. Adorei! Bom, fazemos assim então, tu ficas aqui comigo, mas amanhã de manhã eu te chamo um taxi, pode ser? Eu tenho uma reunião importante logo cedo via internet…

    Perceberam a forma como eu lhe disse? Primeiro a agradei, depois disse o problema e não deixei espaço para que ela argumentasse muito. Pode até ser que eu não seja um mestre da lábia, mas isso foi o suficiente para convencê-la. Quanto ao resto da noite vocês conseguem imaginar como foi, não é mesmo?

    Durante a madrugada ela adormeceu e aproveite para fechar a casa e recolher as roupas dela que haviam ficado na piscina. Depois liguei para a central de taxi, agendei um para às 8 da manhã e voltei para a cama. Fiquei por la ao lado de Stephanie lendo um livro e próximo das 7:00 eu já estava ficando com sono quando o despertador do celular dela tocou. Ela acordou, se espreguiçou muito e em seguida me deu um beijo de bom dia. Era nítida a felicidade dela ao me ver e trocamos algumas caricias, até que ela já estava suficientemente acordada para se arrumar. Fiquei surpreso com a rapidez dela ao se arrumar em impressionantes 15 min. Isso era muito mais rápido que a uma hora ou mais que Beth levava para se arrumar e fui obrigado a fazer uma piadinha:

    – Nossa nada como ser linda, tu nem precisas te arrumar muito para sair.

    Ela sorriu e me respondeu:

    – Imagina, é que gosto de praticidade…

    O Taxi não tardou a aparecer e pouco antes das 8 estava buzinando próximo ao portão da minha casa. Nesse momento ela certamente imaginou que eu a levaria até o portão e novamente tive de improvisar, levando-a somente até a porta e com muito receio fiquei atrás dela para tentar se esconder dos raios de sol que pudessem tocar minha pele. Com um pouco de dor nos olhos beijei-a, agradeci pela noite e combinamos de nos falar em breve. Como sempre ela também foi muito educadinha e me agradeceu por tudo, dando um longo beijo acompanhado de um inesperado apertão em meu “bumbum”.

    Ela tentou me puxar para fora da porta e como nesse momento despedida eu fiquei um pouco desatento eu acabei escorreguei sem querer a mão para perto de uma parte onde o sol estava pegando. Foi horrível sentir novamente aquele maldito calor que queimou parte de meus dedos da mão esquerda. Contive-me muito e achei que havia conseguido disfarçar levando a mão rapidamente para as minhas costas, quando percebi que ela havia visto algo e improvisei:

    – Arghh peguei o dedo numa farpa da porta…

    Em função disso ela ate tentou me pedir para ver, querendo dar o famoso beijinho para sarar, mas relutei e disse que ia rapidinho para o banheiro colocar um esparadrapo. Dei-lhe mais um longo beijo e para fortalecer a mudança de assunto fui logo lhe desejando um ótimo dia de trabalho, além do fato de que ia passar o meu dia inteiro pensando nela.

    Apesar do machucado nos dedos, que cicatrizou complementa já no mesmo dia, a noite havia sido muito boa e passei o dia inteiro tentando dormir em meio aos muitos pensamentos que vinham a minha cabeça. Mais uma vez a lábia foi a melhor arma que possuo, porém minha cabeça me sacaneou trazendo o assunto “Beth” novamente à tona.  Fiquei naquela de se fazer várias perguntas: será que eu deveria continuar pensando em Beth? Onde será que a bruxinha estaria ou o que poderia estar fazendo e principalmente: será que ainda pensava em mim?

  • O número

    O número

    Mesmo muito decepcionado com a visita ao bairro proibido, Juan insistiu em verificar também o endereço que correspondia ao núnero de telefone que Evelyn fornecera no check in do hotel.

    Agora dando ouvidos aos avisos de Miguel, Juan confirmou com o serviço de auxilio a lista de Paris o endereço correspondente ao número de telefone, 01 56 20 25 70, que ela registrou e o endereço que correspondia ao nome completo dela, Evelyn Dobois. Os dois indicavam o mesmo lugar, Avenue Verdun número 44.
    Durante uma conversa com Miguel, o mexicano exalava esperança. Contente com a correspondência dos endereços, Juan insistia que o outro endereço deveria ter sido um engano ou uma pegadinha de Evelyn.
    “Era só uma brincadeira dela” dizia Juan, “Ela só está me testando, quer saber o quanto a quero.”
    Miguel continuava desconfiando e tentou fazer o companheiro entender isso.
    “Talvez não seja isso, ela pode não querer ser encontrada.”
    “Não! Tenho certeza que ela quer me ver. Por que então deixaria o nome e o telefone corretos?”
    Juan estava cego. Não conseguia se perdoar por ter demorado a aparecer em Cancún e acreditava que a mulher havia se enfurecido com sua “estratégia de conquista”.
    Muitas vezes enquanto rolava na cama do hotel em Paris tendanto dormir, se perdia em pensamentos que diziam a ele que ela não era uma mulher como as outras, que jamais ele deveria ter sido tão imprudente e utilizado a mesma “tática” que fez tantas outras cederem aos seus encantos antes. Mas Juan ainda era um garotão, jovem, sedutor e desacostumado a ser rejeitado, nunca escaparia da sedução de uma mulher madura e bem resolvida feito Evelyn.

  • Respostas para os recém chegados!

    Respostas para os recém chegados!

    Boa noite povo todos tranquilos?

    Nas últimas semanas depois que o site ultrapassou a barreria dos 900 seguidores, estamos tendo um aumento rápido nos acessos e por consequência nas perguntas que me são feitas.
    Então devido a este fato e como não tenho como responder a todos em tempo hábil, haja vista que estou os últimos meses terminando o livro, eu resolvi fazer este texto.
    Abaixo seguem alguns links de postagens antigas, que certamente sanarão as principais dúvidas dos recém chegados.

    Quem são os vampiros, será que sou um vampiro?
    https://www.vampir.com.br/a-verdade-sobre-os-vampiros/

    Como reconhecer ou encontrar um vampiro?
    https://www.vampir.com.br/como-reconhecer-ou-encontrar-um-vampiro/

    O que são psyvamps?
    https://www.vampir.com.br/o-que-e-um-maldito-psyvamp-vampiros-psiquicos/

    Quem são os Lobisomens?
    https://www.vampir.com.br/lobisomens-licans-peludos-a-verdade/

  • O lobo sem alma

    O lobo sem alma

    Certamente as histórias de lobos e vampiros estão muitos próximos nos últimos filmes e livros.
    Aqui frequentemnte eu falo dos peludos e certamente no meu livro eles também serão parte importante da história.
    Hoje eu fui agraciado com a história enviada pela Kiria (Valkiria) e espero que gostem.

    O Lobo sem alma

    A mais ou menos cem anos atras quando minha pequama cidade não passava de uma simples aldeia, minha bisa chega da italia casa se com um brasileiro e tenta constituir uma familia. Os anos se passaram e sua familia foi crescendo e Ana Cristina passou a se sentir em casa nesse pais que ate ontem era desconhecido para ela. Mas os seus visinhos a achavam uma mulher muito peculir pois Ana tinha abitos muitos diferentes dos deles como por exemplo seguir as fases da lua para colher plantas ou ate mesmo para cortar os cabelos, embora esses fatos não fossem muitos comuns os seus visinhos nada disiam. Somente um deles se encomodava com isso, não porque a achase esquisita e sim porque minha bisa havia diminuido o teritorio de caça.
    Era uma sexta feira meu biso teve um emprevisto no trabalho, e mandou um garoto avisar Ana que iria demorar para o jantar. Ana sai a janela e ve a lua cheia tomar conta do ceu, vira se e vai ate o fogao de lenha e começa a ascender o fogo quando senti um cheiro diferente cheiro de cachorro molado, ao virar se para porta ve um imenso lobo na porta olhando para ela e mostarndo os dentes, o lobo flexiona as patas da frente para atacar Ana pega um pedaço de madeira que começava a pegar fogo e quando o lobo a ataca ela o certa com a madeira em chamas, o lobo ferido tenta escapar mas a porta se fecha sosinha por meio de um encantamento que Ana conjurou naquele momento e disse:
    __Como voçe ousa entrar em minha casa e me atacar?
    __Voçe voltara aqui amanha mas como humano e ai sim acertaremos as contas.
    A porta se abriu o o lobo se foi ferido pelo fogo. Assim que meu biso chegou Ana lhe contou tudo e ele ficou furioso.
    __ Como ele ousa entrar na casa de meus filhos para te atacar e não o amaldiçou!
    ___joseph ele já esta amaldiçoado, ele não um lobisomem de verdade ele não nasceu assim foi uma maldiçao.
    __ mas quem? Bruxos?
    __nao sei, acho que somos os unicos aqui.
    __entao não vou trabalhar amanha
    __pode ir Joseph ele vira de dia e tomarei cuidado.
    __va bene
    Amanheceu um sabado frio e chuvoso, joseph acordou cedo seus quatro filhos e os levou com ele para o trabalho. Ana ficou preparando tudo embora ele viesse como humano havia uma parte dele que ela podeia controlar. As tres da tarde Ana ouve uma batida a porta:
    __ Posso entrar?
    __ Entao Pedro!
    O lobisomem não era ninguem menos que seu compadre o homem que batisara um de seus filhos!.
    __ me desculpe comadre eu acordei com uma ideia fixa que tinha que vir hoje aqui.
    __Voce sabe muito bem por que veio aqui, porque eu mandei que viesse.
    __ Sua bruxa maldita! Voçe acha que pode mandar em mim!
    __ Posso seu cachorro sarnento!
    __ quem te transformou?
    __ a uns dois anos eu tentei matar um lobisomem que vivia matando minhas ovelhas, mas entes de morrer ele disse que eu tomaria o seu lugar, o desgraçado me amaldiçou! E voçe o conhecia!
    __Gian! Voçe matou Gian!
    __ sim porque tanta indignaçao? pensei que as bruxas odiasem os lobisomens?
    Sim era verdade, existia uma certa antipatia entre bruxos e lobisomens, mas Ana tinha uma divida com Gian ele a ajudou a fugir da fogueira na italia.
    __ gian nunca matou nenhum humano. Agora voçe!
    __ não sei doque esta falando
    __ Sabe sim as crianças desaparecidas!
    __Porque se importar eles tem muitas crianças assim como voçe.
    __ maldito! Gosta de matar não, voçe não perde totalmente a razao não e!?
    __ Não não perco toda a razao, e eu gosto de sentir o medo nos olhos das minha presas a ouvir disendo socorro mamae!
    __ desgraçado!
    __Voçe e tao melodramatica Ana! Talves seja esse seu sangue italiano.
    Entao voçe gosta de ser um lobo sem alma não gosta?
    __Sim não quero outra coisa da vida!
    __que assim seja! Pela força da natureza que assim me conferiu, pela mae terra, pelo deus sol, pela mae lua que a sua vida seja feita de trevas e escuridao enquanto em seu coraçao não brotar arrependimento e compaixao, se um lobo que quer um lobo sera, mil veses amaldiçoado por mil anos sera contado a historioa de uma lobo sem alma e coraçao.
    QUEM ME CONTOU ESSA HISTORIA FOI MINHA AVO, FILHA DE ANA, E UMA VEZ POR ANO SEMPRE NA LUA CHEIA ESCUTAMOS O UIVO ARREPENDIDO DE UM LOBO. E NÃO ME ESTA MAIS NADA A FAZER A NÃO SER DISER:
    AQUI ESTA CONFIRMADO A HISTORIA DO LOBO SEM ALMA.

  • Meu Réveillon

    Meu Réveillon

    Chovia muito, mas mesmo assim várias pessoas resolveram sair às ruas para ver os populares fogos de final de ano. Stephanie era uma linda morena, seu vestido branco feito de um tecido muito fino estava todo encharcado e deixava a mostra seus belos seios volumosos. Sua calcinha era um mero detalhe vermelho, que estampava em seu semblante a busca por um romance em 2012.

    Esbarramos-nos enquanto ambos corriam por uma rua próxima à praia de Jurerê Internacional. Ela estava com duas amigas e eu sozinho em busca do que fazer. Juro que eu podia ter ficado em casa no calor de meus aposentos, mas passar a virada alone não faz o meu tipo.

    Desculpe, disse eu ao esbarrar em tal beldade. Ela ficou muito indignada com o encontrão, que quase a derrubou, mas ao me ver naquela penumbra entre chuva e a luz dos postes seu olhos mudaram de expressão. Um belo sorriso deu lugar à raiva e obviamente eu não poderia deixar passar em branco tal obra do destino. Perguntei se elas também estavam indo a praia e ofereci que ela fosse comigo sob meu guarda-chuva como forma de desculpas. De inicio ela fez um pouco de charme se mostrando difícil, mas contei com a ajuda das amigas que praticamente a empurram para cima de mim.

    Vimos os fogos, estouramos alguns champanhes e em meio a toda aquela chuva torrencial nos beijamos a beira mar. O beijo de Stephanie era forte, sabe aquele tipo de mulher que quer dominar a situação? Pois então, entre apertões, arranhões nas costas e mordiscadas leves em meus lábios carnudos, os meus caninos afloraram. Excito-me fácil com esse tipo de mulher, então tive de improvisar dizendo que precisava pular as “sete ondinhas”. Ela nem suspeitou.

    Entre as idas e vindas das pequenas ondas meus caninos voltaram ao normal e ficamos por ali mais um tempo, até que as amigas quiseram voltar pra casa e as acompanhei. Elas estavam em um famoso hotel à beira do mar, um lugar muito frequentado por atores, ricos e famosos. Elas dividiam o mesmo quarto e enquanto esperava elas se arrumarem fui pegar meu carro. Como elas queriam dançar as levei para uma festa qualquer, porém convenci Stephanie que minha casa em outra praia da cidade era um local mais interessante.

    Minha casa é bem isolada em meio a uma floresta, mas com uma construção moderna e que aproveita bem a vista para o mar. O acesso não é dos melhores e até assusta quem vem até aqui pela primeira vez, mas tudo isso é passageiro quando surgem a vista e o deck com piscina de borda infinita.

    Até as últimas horas de 2011 eu achava que passaria a virada sozinho, porém tudo mudou quando olhei para o relógio que fica em cima do criado mudo. Lembrei disso as 4:12, quando eu estava ouvindo apenas o ritmado barulho da chuva que se intercalava com os gemidos agudos daquela bela paulista.

    Ela havia bebido um frisante para saciar a sede e estava em cima de mim quando, segurei seu pescoço, afastei o cabelo para o lado e a puxei para perto de minha boca. Estávamos no auge do clímax quando a mordi. Enquanto ela tremia e enfraquecia-se eu suguei seu sangue e também cheguei bem perto do limite ao perceber ela imóvel e com o coração bem fraquinho.

    Deixei-a descansar em meio aos lençóis de ceda vermelho de minha king. Tratei de fechar a casa próximo do amanhecer e sim isso havia sido um erro, que certamente resultaria num belo sermão de meu mestre…

    Ontem à noite Stephanie voltou à vida depois de algumas bolsas de soro e de um belo jantar. Servi-lhe pescado e uma bela salada de folhas verdes colhidos de minha horta. A combinação de vitaminas que acrescentei ao tempero do peixe, certamente lhe ajudou a ficar forte de novo, porém não evitou as suas várias perguntas. Ela insistiu que nunca havia passado mal ou dormido por tanto tempo e confesso que foi um pouco difícil de convencê-la do contrário. No entanto, antes de deixa-la novamente no hotel ela já parecia estar mais tranquila, pois exigiu minha visita ainda esse mês na cidade da garoa.

    Quem desconfiaria de um cara bem vestido, com um imponente carro importado e uma bela casa com vista para o mar? Beth ainda me faz muita falta, mas enquanto ela vive a sua vida eu levo minha morte…

  • A escuridao dos meus olhos

    A escuridao dos meus olhos

    Povo segue um poema enviado pela Kiria, só para dar uma movimentada do blog e pra vocês saberem que ainda estou vivo (de certa forma) rsss

    A claridade do sol ofusca meus olhos,
    Deixando-me na escuridão dos meus pensamentos,
    Meus devaneios me transportam para um passado não muito remoto,
    Um passado que jamais voltará,
    Fico praguejando contra a vida e a própria sorte,
    Tento me conformar com o destino que nos separou,
    Me conformar que jamais voltarei a sentir o calor de seu corpo,
    Ou a sua voz a acalentar meus sofrimentos.
    Jamais sentirei seu coração sob meus dedos.
    Oh! Vida levaste um pedaço de mim, e deixaste me sangrando
    Por um amor que jamais voltará e ser meu. Por que a morte o roubou de mim e e vida ensiste em me prender em suas teias, me forçando e seguir,
    Seguir sem você,
    A claridade do sol ofusca meus olhos deixando-me na escuridão dos meus pensamentos…

  • Mais um final de ano

    Mais um final de ano

    Olá povo, todos de férias em casa então?

    Antes de tudo eu queria dizer que estou muito feliz pelo site ter ultrapassado a quantidade de mais de 1000 seguidores. Eu havia comentado que ao acontecer isso eu mostraria meu rosto ou que pelo menos colocaria uma imagem de algo muito pessoal meu, mas infelizmente não poderei fazer isso agora. A editora ficou sabendo disso e praticamente me proibiram de revelar minha identidade até o lançamento do livro. Isso faz parte da estratégia de marketing, então esperam que os mais havidos e curiosos se contenham. Afinal, posso perder o contrato e vocês não querem mais atrasos na publicação, não é mesmo?

    Estamos no final do ano, época em que todos estão em casa, à felicidade circunda a maioria dos lares e até mesmo das ruas e locais públicos. Quem acompanha a o blog pelo menos a dois anos sabe que sempre que se aproxima o final do ano eu tento praticar alguma boa ação, porém neste eu não farei isso. Este final de ano tirei para mim mesmo e farei aquela famosa meditação para por as ideias em ordem. Este ano como em todos os outros também tive muitas coisas boas ou ruins, afinal é assim que a vida continua, todavia quero dar uma de egoísta e cuidar de mim mesmo.
    Tenho meus motivos, que não cabem ser citados aqui por serem muito pessoais, no entanto, eu gostaria de deixar bem claro que é minha opinião. Sempre fui muito a favor das pessoas que nesta época são solidárias e ajudam as demais e queria continuar manifestando esse pensamento para vocês. O que você vai fazer de bom nesse final de ano, além de ir a praia, ou beber muita cerveja, ou gastar muito dinheiro em presentes? Por falar em presentes, será que eles realmente são importantes?

    Sou de outra época, de outro mundo… Acredito no amor, na felicidade, na amizade. Valores e sentimentos que são superiores aos mimos que o mundo atual oferece!

    Tenham todos um feliz final e início de ano!

  • O velho e o novo

    O velho e o novo

    Escrever meu primeiro livro tem sido um trabalho árduo desde as primeiras linhas. Neste primeiro volume dos três que virão neste ano de 2012, contarei como fui transformado em vampiro e uma série de fatos que aconteceram desde 1850 até os dias de hoje. Posso adiantar que foram momentos muito proveitosos, onde todos os meus sonhos de humanos deram lugar aos pensamentos do monstro que as vezes eu me torno.
    Hoje não irei contar histórias, mas falarei um pouco de algumas constatações que obtive nos últimos dias. O primeiro fato que me marcou muito foi lembrar-se de minha primeira esposa a Suellen, uma vampira repleta de poderes dons e que sempre foi alguém que alegrou cada momento no qual estivemos juntos.
    A questão é que escrever sobre Suellen me fez lembrar muito de minha bruxinha Beth, haja vista que a maioria de seus comportamentos são muito parecidos. Ambas têm um jeitinho meigo que encanta no olhar, por vezes são um pouco indecisas com relação aos fatos mundanos e o mais importante, sabem como fazer um homem/vampiro feliz.
    Falar do passado sempre nos faz ter esses momentos de reflexão e o que mais tenho feito por causa disso é pensar em como o velho e o novo se repetem. Não falo só por causa de minhas amantes, mas por causa da vida e de como ela às vezes é impulsionada pelos ciclos. Vocês sabem que sou um estudante de diversas artes ou filosofias e tanto a astrologia como o espiritismo tem sido meus companheiros desde 2005 quando acordei.
    Povo, não irei pregar religiões ou crenças por aqui e na verdade este é mais um daqueles posts onde de alguma forma eu tento abrir minha mente para todos, no sentido de querer mostrar que no fundo os vampiros ainda são humanos. Muitos verão isto aqui como “Ahh quero ser vampiro por que eles são legais”… Não por favor, não vejam isso desta forma, vejam isso apenas como mais uma reflexão de um ser que já viveu muito mais do que deveria para alguns e que passa suas noite tentando entender se seus objetivos realmente estão certos…
    Talvez as páginas que eu escreva hoje em meu primeiro livro, não reflitam tudo o que elas realmente precisam, porém existem noites e noite, dias e dias. Afinal o que sempre ouvi falar é que o tempo resolve tudo não é mesmo?

  • E o tiro saiu pela culatra – Parte 2

    E o tiro saiu pela culatra – Parte 2

    De volta ao seu quarto de hotel em Paris, Juan apressou-se em ligar para o hotel em Cancún e confirmar o endereço. Ele tinha copiado corretamente do computador, mas pediu que o gerente procurasse a ficha preenchida por Evelyn para verificar algum possível erro.
    Enquanto esperava, Juan tentou por seguidas vezes contato através do número de telefone. Mais uma vez, não houve resposta.
    Já perto da hora do jantar o gerente do hotel de Juan em Cancun finalmente entrou em contato confirmando que não houve erro de digitação. O endereço e telefone que Juan possuía, eram os informados por Evelyn.
    Juan ligou para Miguel e os dois se encontraram no café onde se conheceram para jantar. Depois de ouvir atentamente o que Juan contou sobre as verificações que pedira, Miguel sugeriu que o homem entrasse em contato com o serviço de informações da empresa de telefone, um tipo de auxilio à lista, e verificasse o endereço que consta para aquele número, e o número que consta para o endereço.
    Como já era bastante tarde quando voltou ao hotel, Juan decidiu que a manhã seguinte seria o melhor horário para fazer as ligações, e por causa do seu fraco entendimento da língua francesa, ele também precisaria da ajuda de um dos recepcionistas.

    Naquela tarde Miguel e Juan se encontraram novamente. O homem espanhol já suspeitava que o mexicano estivesse caindo na teia de uma mulher perigosa, mas achou melhor só comentar isso depois de ter certeza.
    A confirmação aconteceu quando Juan contou que o endereço do número de telefone e o telefone do endereço não batiam. Apenas um dígito de diferença e o endereço apontava para o outro lado da cidade. Louco para reencontrar aquela deslumbrante mulher, o mexicano não aceitou o aviso de Miguel de que aquilo poderia ser proposital. Insistiu em ir até os dois endereços. O espanhol disse que havia falado com um amigo que tinha negócios naquela área e que talvez pudesse ajudar Juan a entrar no bairro, mas o mexicano não poderia sair do carro, ele tinha autorização para parar em lugares determinados, tanto dos que controlavam a àrea, quanto da polícia.
    Marcaram o encontro com o tal amigo de Miguel para o outro dia. O francês mal falava qualquer outra língua, e meio que por gestos fez Juan entender que deveria vestir o uniforme igual aos outros carregadores, que não deveria falar em montento algum e também ficar o tempo todo dentro da van.
    O veículo era uma van normal, sem os últimos bancos de passageiros, que eram substituídos por guloseimas em caixas, entregues nas áreas mais perigosas da cidade.
    Juan se sentou à janela, único lugar dispinível e deu uma olhada nos outros homens, todos negros, mal vestidos com o uniforme já bastante desgastado. Alguns passavam a impressão de não serem muito ligados em higiene pessoal. Dentro da van o cheiro era uma mistura de chiclete de tuti-fruti com cigarro e suor. Nada agradavel.
    O amigo de Miguel parecia ser o chefe e também era o motorista. Pelo pouco que conhecia da língua francesa, sabia que ele também era o único francês dali. Os outros homens tinham sotaques fortes e diversos, isso dificultava muito saber o que eles falavam. Juan chegou a conclusão que eles deveriam ser da Argélia ou Congo.
    A van passou por três barreiras antes de finalmente entrar no bairro. A primeira era claramente policial, com homens fortemente armados e uniformizados. Ali todos desceram e foram revistados, assim como cães farejadores e dispositivos anti-bombas foram usados para vistoriar o veículo.
    Na segunda barreira a van nem parou, apenas gestos para os homens. Juan não conseguiu definir se era uma força paralela ou milicianos. Eles pareciam os policias da outra barreira, mas não estavam uniformizados. Um dos homens falava em um walkie-talk e olhava atentamente para os passageiros.
    Depois de passar por algumas àreas vizivelmente inabitadas, era possível avistar latões com fogo na lateral da estrada. Eles afunilavam o caminho até o que seria a terceira barreira. Os passageiros não precisaram descer, mas a porta lateral e a traseira foram abertas e um homem de capuz e mais bem armado que as outras duas barrerias, colocou metade de corpo para dentro e encarou um à um os carregadores. Ele perguntou qualquer coisa a um homem sentado à porta e apontou para Juan. O homem respondeu e o outro fechou a porta.
    Depois abriram a traseira e tiraram uma ou duas caixas de guloseimas. O francês amigo de Miguel não estava ao alcance dos olhos, e Juan também não levantou muito a cabeça para procurar. Eles ficaram uns 5 minutos ali, até que o motorista voltou e sem falar nada continuou dirigindo.
    O lugar era muito pobre, Juan nunca havia imaginado que poderia ver a probreza que era comum nas àreas mais remotas no México em uma cidade como Paris. Parecia outro lugar, um mundo distante, separado. Quase ninguém andava na rua e era fácil ver pessoas armadas nas esquinas, como se estivessem em vigilância.
    A van parou em aproixmadamente 5 lugares. Em cada um deles um homem diferente saia para fazer a entrega e na volta dava um envelope ao motorista. As ruas não tinham placas com nomes, e só algumas casas eram numeradas.
    Juan sentia-se completamente perdido e já acreditava que aquele não era o endereço certo. Era claro que entrar e sair dali não era para qualquer um e que se Evelyn não fosse ligada à alta cúpula da organização que comandava aquela àrea, jamais estaria hospedada em um hotel a beira-mar em Caracas, onde se conheceram.
    De repente quebrando o silêncio que durava desde que chegaram a primeira barreira, o motorista disse: “la gauche!” e apontou para fora do carro. Tudo que Juan viu foi um prédio abandonado depois de um incêncio que acabara com quase tudo. Do pouco que se lia na fachada era o número,127. Exatamente o que Evelyn escrevera. Miguel estava certo, ela havia mentido.