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  • Joseph e os vampiros negros

    Joseph e os vampiros negros

    Os recentes acontecimentos nos Estados Unidos onde o segurança George Floyd, foi morto por asfixia pelo policial Derek Chauvin, me lembraram muito as idas e vindas junto de meu falecido amigo Joseph. “Zé”, como carinhosamente o chamávamos era um vampiro bacana, estrategista nato e como todo francês e do signo de Leão, tinha um ar debochado, que as vezes transmitia um ar de nariz empinado, mas somente a aqueles que não o eram próximos.

    O fato de Joseph ser negro e um tanto acima do peso, o distanciava dos estereótipos tradicionais e isso as vezes até era visto como jocoso por nós e muitas vezes por eles mesmo que entrava nas brincadeiras para nos alegrar.

    Lembro-me como se fosse hoje de uma noite qualquer em que ele usando seus poderes, resolveu sair com a aparência de um famoso local. Esse era um dos seus dons, quando por algumas horas ele podia alterar sua forma, ou até mesmo ficar invisível se fosse necessário. Isso nos permitia muitas facilidades, que nem preciso mencionar aqui…

    O problema daquela noite, no qual ele se “fantasiou” de famoso é que em algum momento em nossa festinha ele estava tão empolado, que esqueceu de manter sua aparência. Voltou aos poucos a sua aparência normal, o que em certo momento, ao perceber sua real aparência causou repulsa por alguns que lá estavam. Convenhamos, sua aparência não é um mar de rosas, entretanto, como o ambiente era recheado de “frutinhas” da elite daquela cidade, eu acredito que tenha “rolado” um preconceito generalizado.

    Foi difícil ver meu amigo/irmão sendo praticamente jogado para fora da balada, provavelmente a pedido de algum bostinha que tá estava. Escorraçado acho é a palavra que define aquele momento. Afinal, um dos seguranças lhe disse em claro e bom tom: “Vaza daqui! Aqui não é lugar pra você!”

    Eu acompanhei a situação de meia distância, estava noutro ponto da festa, mas quando vi a cena foi ao seu encontro. Minha vontade era de fazer o maldito segurança e os “snobs” do lugar sangrarem até a morte, ali mesmo em público, mas fui contido por meu amigo. Ele ajeitou sua roupa que não era das piores, passou a mão no rosto e colou a mão em meu ombro dizendo:

    – Relaxa, mon amie, Laisse tomber! já estava ficando cansado do lugar…

    Como ele só misturava francês e português quando estava puto, eu não quis causar mais. Tratei de fazer uma piada qualquer e seguimos para uma praça que havia próxima aquele lugar. Aliás naquela época era comum irmos as praças, era um dos nossos principais locais de passeio, mesmo à noite.

    Hora vai e vem, acredito que já estava no fim da madrugada e entre um papo e outro surgiram dois policiais. Estávamos tão distraídos que nem percebemos, mas o jeito que eles chegaram, mesmo naquela época, querendo nos enxotar do lugar como se fossemos dois plebeus vagabundos, me emputeceu.

    Era nítido no olhar deles o desprezo misturado com raiva e até ódio por ter um negro ali, conversando com um branco. Era evidente que os incomodava nós dois sentados, lado a lado e ainda mais felizes. Era evidente que para eles meu irmão negro devia estar numa senzala acorrentado, como os ancestrais dele provavelmente praticavam. Era evidente para mim que eles precisavam ser punidos!

    Cada um de nós pulou no pescoço de um dos policiais e nos deliciamos com aquele desjejum do fim da madrugada.

    Sim, esta é aquela história clichê com vampiros se alimentado e que ocorreu há décadas. Sobretudo, não deveria ser clichê o comportamento que alguns da sociedade ainda tem em 2020 com relação a pessoas de cores, classes e comportamentos diferentes. Eu posso me defender, posso ajudar meus amigos e posso batalhar todas as noites contra isso, mas o que você tem feito nos teus dias?

    Quantos casos iguais ao do Floyd a mídia precisa apresentar para que a sociedade humana entenda que todos são feitos de ideias, ossos, pele, carne e muito sangue vermelho! Vermelho da mesma cor e independentemente da cor da pele que exista por cima!

  • Novos laços – pt5

    Novos laços – pt5

    A semana estava terminando, mas antes de acabar Audny aceitou fazer a cerimônia do laço com todos do clã e na 6ª noite de imersão com o clã nos reunimos novamente na cripta. Tal qual da outra vez, todos compartilharam um pouco do seu sangue no cálice e depois bebemos comigo por primeiro e seguimos a tradicional ordem dos mais velhos aos mais novos. Sabendo que Franz partiria para a cabana do mato, tão logo a próxima noite viesse, aproveitei para reforçar alguns pontos.

    – Meus queridos, o clã tem passado por mudanças ao longo desses últimos anos. Foram muitos os que entraram, se aproximaram, mas os que estão aqui são a base necessária para ele permaneça firme e agora ainda mais fortalecido com o retorno de Audny, que assumirá aos poucos a função de Franz como anciã.

    Quando comentei, sobre Franz percebi que ele desceu os ombros e isso lhe pareceu um alívio. Os demais permaneceram atentos as minhas palavras e continuei:

    – Em todo o mundo existem vampiros aliados e a proposta para esse ano é que ampliemos isso. Sinto que o período anárquico deve passar, tais quais projetos que se iniciam e precisam ser ajustados ao longo de seu desenvolvimento. Foi-se o tempo da fúria e conto vocês para que ao fim deste ano estejamos muito mais conectados a sociedade sobrenatural. Cá entre nós eles fazem ótimas festas, não é mesmo Franz?

    Sua expressão mudou para algo safado com sorrisinho de canto, mas ele preferiu ficar calado. Pepe, ao contrário, sentiu confiança e nos cativou com sua jovialidade:

    – Nós fizemos algumas festas, onde eu coloquei um som ano passado, foi superdivertido, devíamos continuar com isso mestre.

    – Claro, a festa do banho de sangue, lembras? Muitos me pedem quando vai rolar de novo. Sebastian, H2, Audny algum comentário? A ideia de amanhã é sair para se alimentar e todos serão liberados para voltar aos seus refúgios.

    – Sabes que pode contar comigo para tudo mestre. Ainda mais nesses propósitos políticos, aliás se me permite. Saudades do Joseph, seria o momento dele, mas assumirei o que vier com maestria. – Comentou Sebastian.

    – Lá vem você com isso de mestre, temos quase a mesma idade vampírica… (fiz uma pausa) Joseph iria brilhar, mas lembre-se de tudo o que ele nos ensinou e deixou alinhado sobre os sobrenaturais. Tome isso como um direcionador.

    – Posso? Se me permitem, eu sou um soldado de Deus e mais do que isso sinto que meu propósito é libertar esse plano de tudo aquilo que fuja da divindade. Vou me sentir um pouco deslocado nesse momento do clã…

    H2 foi interrompido por Franz:

    – Relaxa, o Ferdinand não consegue sossegar a bunda numa cadeira e ficar socializando. Logo ele arruma algo pra satisfazer o animal interior…

    – Não é bem assim Franz, mas é muito provável… – Comentei.

    (risos) Tão logo os ânimos se acalmaram Audny aproveitou para falar também.

    – Sabes, não façam caso disso, mas estive eu me adaptando com tudo de novo que veríeis nas últimas noites e dias. Ainda tenho a linguagem para explorar, nalgumas parafernálias, bugigangas e aparelhos para desprender atenção. Certa estou eu de que vós compreendeis de minhas capacidades. Anima-me os bons ares de hoje, contem comigo parças, é que assim que se profere?

    (risos) Aquele “parças” soou muito como um gringo falando e acabamos rindo, deixando ela um pouco envergonhada. Comentei:

    – Sim, sim, precisa dar uma adaptada no linguajar e achar um sotaque brasileiro que se adeque melhor ao teu estilo. Vamos subir povo?

  • Vampiros pretos e asiáticos, temos sim!

    Vampiros pretos e asiáticos, temos sim!

    Depois de alguns anos alguns temas voltam à tona. Recentemente, temos visto no Brasil e alguns outros locais do mundo o racismo, preconceito e até mesmo violência contra pretos, asiático, índios ou mestiços aflorando de forma ridícula na sociedade humana.

    Sobretudo, isso não é novidade para alguém como eu que viu a abolição da escravatura e festejou tal movimento junto de amigos próximos. Tal mudança levou anos para surtir efeito. Foram muitos os que resistiram, restringindo acessos, boicotando e inferiorizando indivíduos. Tudo isso porque eles não possuíam a tal cara pálida, termo muito bem utilizados pelos indígenas norte-americanos.

    Quem lê o Wampir, sabe que incentivamos todos os tipos de cultura e sabe que nos alinhamos a todos tipos de criatura. Seja ela humana das mais variadas feições ou sobrenatural, independente da predominância do vampirismo, licantropia ou bruxaria.

    Então, por que falar desse tema aqui? Simples, não basta ser simpatizante, a sociedade humana precisa ser militantes. Precisamos falar do assunto e não fechar os olhos. É sim necessário acabar com essa babaquice criada por brancos idiotas. É de extra importância para o mundo que tais preconceitos, bullying e demais atitudes vexatórias sejam punidas.

    Ah mas e era só uma “brincadeirinha”. Macebo, cala boca! São as brincadeirinhas que fortalecem as coisas piores! Temos diversos casos que se iniciaram com bullying e terminaram desgraça. Chega!

    Voltando ao assunto dos vampiros pretos, temos vários… Meu querido e falecido Joseph foi um. São milhares os outros por ai e sinceramente espero que eles suguem muito o sangue podre dos racistas.

    Caso queira ler mais sobre as histórias do Joseph, recomendo esses posts aqui do site: Joseph e os vampiros negros e esse A morte do meu irmão Zé

  • Pico do Diabo

    Pico do Diabo

    Certa vez estive em lugar chamado Pico do Diabo. Até onde eu sei ele não tem nada demais “Magicamente”, a não ser que fica uns 600 metros acima do nível do mar. Estive lá, ou melhor, fui até lá transformado em névoa. Fiz isso a pedido do meu mestre, que tinha a intenção de me incentivar a aprimorar tal transformação.

    Ao longo do percurso foram muitos os desafios e não foi na primeira vez que consegui chegar até o topo. Lembro que na primeira vez eu fui até um trecho da subida e em determinado ponto me senti fraco, como se eu não conseguisse me movimentar mais. Como se algo dificultasse meu deslocamento ou me segurasse.

    Noutras vezes aconteceu o mesmo e percebi depois de um tempo que o vento seria um inimigo, bem como minha força mental, ou seja, eu deveria estar num dia “de boas”. Outro ponto é a vitalidade ou reserva de sangue. É como se eu precisasse estar com a alimentação em dia, pois há um grande gasto energético em tal empreitada.

    Consegui atingir o cume em algumas tentativas posteriores. Meu sucesso só veio num momento em que percebi os pontos descritos anteriormente. Além de contar com a sorte de ter pouco vento em alguns momentos do percurso.

    Gosto destas práticas, pois além de servirem para aumentar meus poderes, me fazer evoluir como ser. Esse foi meu contexto de existência enquanto vivi na velha Desterro e um pouco antes de ir para a Europa.

    Outra questão que me vem a memória sobre aqueles dias é o fato de que eu era muito apegado ao meu mestre. Tais sentimentos se confundem, em virtude dos séculos que se passaram, com os sentimentos ligados à minha família mortal. Tanto que é difícil dizer sobre quem são mais importantes, de um lado meu mestre Wampir e do outro meus pais mortais.

    Sentimentos, divagações e lembranças a parte… tudo isso veio à tona depois que retomei os treinamentos juntos de Pepe. Ela é minha segunda cria e eu já deveria estar acostumado com tais rotinas. Engana-se quem pensa assim, pois Sebastian foi criado junto de mim, como um irmão e muitos de seus treinamentos foram feitos por Georg, Franz ou Joseph.

    Com a Pepe estou fatidicamente me posicionando como professor. Situação lógica em função do fato de que eu lhe transformei e de que ela precisa aprender. No entanto, o bacana desse processo é que eu me sinto confortável para lhe passar tudo o que já vi em todos esses anos. Sabe, a manha do jogo…

  • Aprendendo novas habilidades

    Aprendendo novas habilidades

    As habilidades de um vampiro levam algum tempo para serem aprendidas da melhor forma. A melhor forma é aquela no qual o Wampir consiga utilizar os “poderes” e não tenha efeitos colaterais. Nos níveis iniciais o vampiro utiliza alguma habilidade e após sente-se cansado. Dependendo do que é feito ou obtido pode-se sentir mais ou menos cansado ou com fome. 

    Nesse sentido é sempre prudente praticar algo antes de sair executando, haja vista que um vampiro com fome ou muito perto de seu demônio interior é algo as vezes incontrolável. Eu mesmo tenho diversas histórias por aqui onde já me meti em muitos problemas, devido muitas vezes a ações onde sai sem pensar nas consequências de meus atos. 

    Ensinado a cria 

    Fui até Pepe numa noite em que eu percebi que havia as condições necessárias para um novo aprendizado. Ela estava bem alimentada, estava com a cabeça boa, o tempo na nossa região era de céu limpo e ambos estávamos sem muito o que fazer… 

    • Sabe hoje é uma noite bacana para eu te ensinar algo novo, bora? 
    • Humm vou me sujar Fê? 
    • Relaxa, talvez a boca apenas (risos) 
    • Aff tá vou por uma roupa velha…

    O poder do sangue

    Fomos até uma parte mais isolada da fazenda onde podíamos ficar à vontade e até mesmo gritar sem se preocupar com curiosos. Levei comigo uma ânfora e lá chegando contei o que pretendia para minha pupila: 

    • Aqui tem um pouco de sangue que sobrou do Zé… Antes que pergunte essa ânfora é também presente dele e de acordo com o que ele me disse ela foi encantada por alguns vampiros antigos e preserva quase que eternamente o sangue que for colocado aqui dentro. 
    • Olha só que toppp 
    • Sim… Mas aqui não deve ter mais do que um litro, tinha mais só que usei tempos atrás. A ideia é que ao beber um pouco a gente consiga treitar as habilidades de mudança de aparência ou invisibilidade. Ambos os maiores poderes que o Joseph possuía e estava me ensinando antes de seu fim. 
    • Ai Fê, sério cara não vou beber isso. Ele era super amigo teu e tu merece mais do que qualquer um isso ai… 
    • Relaxa, eu já consegui aprender tudo o que o sangue dele podia me oferecer, o resto dos aprendizados agora é comigo. Assim sendo quero você também tenha a oportunidade de expandir tuas habilidades! 
    • Poxa que honra, vou ficar te devendo mais essa. 
    • Tá vamos deixar esse sentimentalismo de lado e vem aqui, vou tirar a tampa e você precisa tomar super rápido um golão. 

    Vamos a lição prática

    Dei-lhe a ânfora e ela agiu conforme solicitei. Passados alguns minutos os efeitos do sangue de Joseph começar a surgir. Algo normal quando consumimos o plasma de outro sanguessuga. Uma certa náusea incomodou sua barriga, em seguida veio um forte calor a garganta e por fim uma cefaleia breve a atormentou por alguns minutos.  

    • Está de boas agora? 
    • Acho que sim, já posso ficar de pé de novo eu acho. 
    • Tá vamos lá, quero que você feche os olhos e pense em alguém… Pensou? Tá, agora quero você se imagine ao lado dessa pessoa e usando as mesmas roupas, sabe como se fossem aqueles gêmeos que se vestem iguais… Agora aos poucos se imagine como aquela pessoa, pense no nariz… pense nos olhos, pense ema alguma expressão que ela faça, pense na boca… pense nela falando… pense que é você falando como se fosse ela, como se vocês fossem os gêmeos que se vestem igual… você é aquela pessoa! 
    • Que loucura, senti meu corpo mudando! 
    • Sim pra mim você mudou. Tô tentando lembrar o nome dessa cantora… é Billie… 
    • Billie Eilish, sério Fê, não acredito, deixa eu tirar uma selfie… Hey tô igual affffff 
    • Então esse é um dos poréns, nos espelhos e no smartphones e afins não rola essa mudança. O Zé me disse que isso é algo relacionado a aura, mudarmos energeticamente e somente a visão humana é enganada dessa forma. Mas relaxa deu certinho. Meus parabéns, garota! 
    • Vou tentar também me transformar pra você ver como é a mudança com o uso de tais habilidades… 
  • Nenhum tiro, nenhuma gota de sangue!

    Nenhum tiro, nenhuma gota de sangue!

    Nenhum tiro, nenhuma gota de sangue, o inferno vai ter que esperar… Sorriu e disse adeus!

    Leia a parte anterior aqui: https://www.vampir.com.br/os-sobrenaturais-que-circulam-por-ai/

    A música do Rosa tatuada, definiu o início daquela noite: Dois lobos correram pela mata. Os sentimentos eram mistos e naquela vez não rolou nenhuma briga entre alphas. Vampiros somem? Sim, cada um tem sua existência independente do clã, mas quando se um grupo antigo como o nosso, alguns pontos precisam ser azeitados de tempos em tempos.

    Minha relação com Franz sempre teve altos e baixos. Lá atrás como eu contei no Ilha da Magia, ele foi um grande tutor, tal qual Georg, Eleonor e Joseph. Tantos outros além desses, vieram e se foram em algum momento, mas com o Franz é diferente. Nós compartilhamos o mesmo gene lupino, que por sorte ou azar teve seu desenvolvimento interrompido, haja vista a transformação em Wampir. Isso de forma isolada é problemão e se juntar com o fato de que ele é bem mais velho que eu, tem sangue nobre… Admira-me muito que ele ainda não tenha chutado tudo isso que construímos com o barão, para montar seu próprio clã. No qual ele seria o senhor e soberano com palavra final.

    Apesar disso, nos damos bem. Fiquei puto sim por ele atrapalhar minha investigação, mas ele resolveu e é isso que importa. Já se foi o tempo em que tinha inveja dos poderes mentais dele, já disse, inclusive que fiquei por não ter conseguido aprender, mas isso são fatos do passado. O que me deixa puto é o fato dele sumir e reaparecer do nada. Enfim…

    Na casa do mato pusemos os papo em dia, ele me contou sobre suas andanças, se gabou pelas festas as ninfas como ele insiste em chamar suas amantes e em como a vida de um imortal deveria ser. Bom, está ai a explicação a velha explicação dele não ter o seu próprio clã. Provavelmente eles ficariam sem grana ou mortos por caçadoras fantasiadas de dominatrix.

    “Humm isso daria uma boa festinha heim, só que no final eu arrancaria a cabeça de todas elas” Acho que ele vai pensar assim caso volte a ler o que escrevo no blog…

    Quanto a garota que capturamos, deixei o futuro dela nas mãos da Pepe. Incentivei para que fizesse contato com Hadrian, ele em algum lugar da Europa certamente saberá o que fazer. Seja ela satanista, magista ou vampira psíquica…

    Quanto a mim? Bom, isso tudo que contei até aqui foi em 2019 e tenho várias outras histórias para contar para vocês!

    Ahh procurem no Spotify pela música que indiquei. Rock gaúcho dos anos 90 =)

  • História de terror e magia

    História de terror e magia

    Esses dias lembrei de uma história de terror e magia que envolve Joseph, meu grande amigo e irmão vampiro que se foi anos atrás. Lembrei disso, porque este mês seria seu aniversário. Data no qual ele sempre juntava os mais chegados para uma boa farra.

    Joseph ou zé para os íntimos, era um vampiro pacato. Sua origem francesa transmitia para alguns certa arrogância, mas quem o conhecia de verdade sabe que ele era um nerd convicto. Fã de teatro e de uma boa história, desde que ela fosse explicada nos mínimos detalhes.

    Il faut vouloir vivre et savoir mourir.

    É preciso desejar viver e saber morrer. Tal frase ele dizia que vinha de algum dos Napoleão, mas de tanto que ele falava  eu penso que podia ser invenção dele mesmo. Caso é que tais pensamentos nos contagiavam e serviam de inspiração para que fôssemos atrás de qualquer coisa com maior afinco.

    Numa das suas histórias, no qual ele gostava de criar um clima, acendendo velas pelo castelo, usando seus poderes para nos dar sustos e entreter. Iniciou o vampiro…

    “O amor permanece, naquele que é tocado pela morte? Apresento-vos a dança dos decrépitos, tal culto surgiu em meados…” E lá se ia ele flutuando pela sala, dançando sozinho, mas era como se estivesse com alguém, e magicamente nos encantava…

    Escuridão total e apenas o estalar de seus ossos vagando entre nós. Todos sentados em almofadas. Mesmo aqueles que possuíam a visão noturna apurada ficavam atentos e não tiravam o foco de seus movimentos finamente orquestrados.

    De repente uma vela se acendia em suas mãos de dedos esqueléticos e seu verdadeiro rosto causava angustia, medo e até nojo por parte da plateia. Figurava ali o que ele chamava de La petite mort. Satirizando a icônica frase dita por muitos naquele século.

    Meu amigo não tinha pudores e na verdade ninguém naquela época controlava os pudores ou palavras. Tal comunicação era ainda pior nas rodas vampirescas e os moralistas certamente se aterrorizariam nesses meios.

    Horror Clown

    “Venham, levante-se junto. dos espíritos. Vamos celebrar a podridão dos corpos que foram deixados para trás. Não tenham medo, o medo é apenas a falta de conhecimento a certa do caos e do infinito. Venham, vamos celebrar a morte, que vos é inerente e ríspida.”

    “Trago apenas verdades e se teu coração ainda bate, e teus rosto transparece o rubor do sangue corrente, o que fazes aqui?”

    “Ainda queres o corar dos viventes? O dom que fora-te dado por Lilith ou pelo próprio Samael é o que tens na profundeza das tuas noites. Venha!”

    O soprar do vento gelado que pairava perto da janela, trazia consigo o medo no qual ele se referia e queria nos mostrar. Tantas noites passamos ouvindo suas retóricas e comoventes histórias. Como já disse, para alguns ele trazia terror, magias profanas, filosofias exacerbadas ou rebuscadas demais…. Para mim ele apresentava uma riqueza impressionante de ideias. Quando eu estava com ele era visível o brilho que vinha do fundo de meus olhos vampirescos.

    Que saudades meu maior amigo!

    Quer saber mais sobre Joseph, leia aqui.

  • Tempo, como os vampiros lidam com tal passagem

    Tempo, como os vampiros lidam com tal passagem

    Certa vez eu estava numa roda de amigos, conversávamos sobre o tempo e como nossa relação com a passagem das noites, semana e afins afeta nossas cabeças. Eu costumo ser visto como alguém que sabe por as coisas pra fora, mas no meu íntimo insisto em perder dias de sono em busca de melhorias para mim e para o que me rodeiam.

    Passei recentemente por um período turbulento, onde precisei replanejar os planos que havia feito em 2017. Eleonor, que falta me faz a morena que por vezes lia meus pensamentos e os colocava em ordem… Joseph, se eu dominasse os ritos de necromancia, juro que trazia tua alma novamente para essa época…

    Franz, é o ancião, nem vou tratar dele com afinco nesse post, mas vale a lembrança de que ele pode fazer o que bem quiser. Mesmo que suas rotinas o levem para longe de nós por um tempo, deixando a mim o fardo de tocar os negócios sozinho.

    Este ano o tempo passou rápido para mim, não pude fazer ainda tudo o que havia contado aqui outrora, e o que importa disso que é que o tempo é na verdade diferente para os seres dito eternos. Não quero divagar, demais, em tal conceituação. Porém, cabe aqui algumas definições.

    Não vou dar aula de relatividade, nem tampouco falar de Einstein aqui, existem vários artigos pela web que falam disso e cabe a mim falar de forma mais prática.

    Mas e como eu vejo o tempo?

    Falando a real, os vampiros podem sim morrer de diversas formas, mas no geral vivemos muito mais do que o mais velho dos humanos que já passou pelos planos terrenos. Alguns adorariam ter essa oportunidade e o que se tem na verdade são muitos, muitos problemas.

    As vezes eu me sento num banco, ou caminho entre as multidões todos correm, quase voam ao passar por mim. Não que eu seja tipo o Flash dos quadrinhos e é mais como uma sensação horrenda. Tal qual como se eu pudesse ver uma semente, virando muda, depois árvore e adubo em questão de segundos.

    Essa sensação me coloca em dúvida sobre os prazeres da imortalidade, trás pensamentos obscuros, soltos e loucos as vezes. Sério, tenho vontade simplesmente fechar os olhos e ir para outros planos, onde sou apenas névoa.

    Não obstante, a tal entendimento do tempo eu sigo meus caminhos. Apresento discussões mentais e discorro de tais reflexões como um aluno diante o mestre. Teria melhor que o tempo?

  • Aventuras, investigações e péssimas escolhas

    Aventuras, investigações e péssimas escolhas

    Anos atrás perdi um grande amigo e irmão de existência. Joseph era um cara pacato. Estava sempre disposto a bons papos, tinha gostos peculiares com relação à arte, música e não media esforços para conseguir o que queria. Tanto que, sua última aventura provocou o fim de sua existência neste plano.

    A existência vampiresca nunca foi fácil e quem divulga tal comportamento merecia no mínimo um bom choque de realidade ou talvez um belo choque elétrico…

    Quando se corre atrás dos desejos sempre temos dois caminhos: o normal é o atalho. Muitos livros, filósofos, historiadores e palpiteiros dão dicas de como conseguir as coisas pelo atalho, mas a grande verdade é que tudo depende da sorte do indivíduo.

    Pode ser que numa noite boa fulano consiga o contato de boas, o mapa de boas e até mesmo o baú ao final do arco íris de boas. Todavia, certamente haverá a noite em que o teu contato vai ser um pilantra, o mapa vai te levar pra uma emboscada e o baú vai explodir teus miolos longe dá porra de um arco íris é no meio de uma puta tempestade.

    Arriscar ou não? “Sei lá cara, não tô nas tuas calças e se tu acha que o atalho é bom, vai na fé guerreiro” diria um amigo meu.

    Preciso dizer como estava a sorte do Sebastian na noite em que foi capturado? Pois é ele não teve os miolos espalhados, mas ganhou uma bela estava no peito. Uma estaca que não o matou, mas o prendeu.

    Tiraram aquela merda apenas para que ele pudesse se comunicar conosco na forma de pedido de resgate. Sim, o contato se aproveitou que ele queria um presente precioso para sua esposa e o sequestrou. Simples assim…

    O valor da troca? Algumas centenas de dólares, uma aparição pública de algum vampiro confessando a existência e muitos outros problemas.

    A solução? Rastreamento da ligação, geolocalização e muito stress no final de ano.

  • Wampir 8 anos no ar!

    Wampir 8 anos no ar!

    Não sou de comemorar aniversário, confesso que já fui muito festeiro, mas nos últimos anos o tempo me serve apenas para separar o dia da noite. Apesar disso eu entendo que os ciclos anuais são muito importantes para os humanos e isso me faz lembrar que o site está de aniversário na semana que vem.

    Fazia um pouco de frio em 2008 quando iniciei este projeto e já contei aqui como tudo começou numa mesa de boteco. Aonde eu estava com alguns amigos e um deles me sugeriu este espaço na internet, para divulgar meus tantos pensamentos e histórias.

    O frio daquela época não é importante. Aquele amigo com boas ideias, eu já não vejo mais. Sem falar da Beth, minha ex, que deve estar em algum canto do globo praticando suas bruxarias. Eleonor, está descansando junto de meu mestre Georg. Sebastian, arrumou uma esposa chamada Claudia e tomou seu próprio rumo. Joseph, que se foi há alguns anos ainda me faz muita falta e Franz se parece cada vez mais com um velho ranzinza.

    Apesar disso, transformei Pepe, que virou minha assistente pessoal. Lilian e Becky surgiram e viraram aliadas importantes de nossa causa. Sem falar de H2, Hadrian, Hector e Eliot, que são o mais próximo de uma família para mim.

    Todavia, o que eu realmente gostaria de registrar neste, que é o 606° post deste site, é o fato de que muitas coisas mudaram no mundo. A internet não é mais a mesma de 2008, os blogs não são mais novidades, as criaturas que frequentam o site são diferentes a cada mês. O tema “vampiros” foi banalizado, em função de romances mal escritos e por fim, eu mesmo mudei muito a ponto de vir menos aqui.

    Relaxa, isso não é uma despedida!

    Estou apenas respondendo o que muitos me perguntam por e-mail.

    O meu grande foco atualmente é o Wattpad, onde tenho publicado os capítulos do livro Ilha da Magia. Escritos semanalmente com o objetivo de contar minha historia de forma cronológica. Desde a época em que era humano, passando pelos momentos mais importantes, até a noite em que hibernei nos anos 50. Tenho material, histórias e acontecimentos para mais dois livros ao menos e prometo que tentarei me desapegar dos direitos para que eles ganhem vida nas livrarias.

    Por hora, meus confidentes. Obrigado por me seguirem aqui, no Wattpad e nas redes sociais.  Principalmente, pela paciência no Twitter, lugar onde eu adoro reclamar dos humanos ^^

    Além disso, fiquem tranquilos, que este espaço estará no ar por muito tempo ainda!

    Küss,
    Ferdinand Wulffdert di Vittori

  • A transformação de Sebastian

    A transformação de Sebastian

    Tempos atrás, vocês me pediram para detalhar melhor como havia sido a transformação de Sebastian. Tivemos inclusive um post por aqui e dedicado a tal momento. Todavia, eu sempre dizia que isso estaria de forma completa em meu livro Ilha da Magia. Eu sei que demorei um pouco para publicar o livro, bem na verdade a culpa foi de uma editora, que me enrolou, mas antes tarde do que nunca… Está no ar um dos momentos mais especiais de minha estadia na Berlin do sec. XIX.

    Sem mais delongas segue o link para a publicação no Wattpad

    Abaixo o início deste, que é o 21º capítulo publicado do meu livro Ilha da Magia:

    “Foi nestas primeiras noites seguidas à viagem de Georg que eu precisei fazer algumas reuniões com nossos Ghouls, principalmente com aqueles que controlavam os negócios do clã e apesar de ser um jovem iniciante no mundo dos negócios vampirescos, felizmente todos me respeitaram. Foram momentos em que meu sangue sempre falou mais alto e ser cria direto de Georg, possibilitava fazer até mais do que eu queria.

    Em função de tantos afazeres a semana passou muito rápido e quando ví já estávamos no sábado. Quando aproveitei a noite para descansar um pouco, folhear alguns livros e pedir ajuda a Joseph com os preparativos para a transformação de Sebastian. Não havia nenhum “ingrediente” muito difícil de encontrar e juntamos tudo que precisava no próprio quarto de Sebastian para facilitar seu descanso após transformação. Assim que aprontamos tudo Joseph foi dormir e eu fiquei por mais um tempo acordado e pensativo. Acabei dormindo ao longo do dia em uma poltrona qualquer do castelo.

    Acordei no domingo à noite e depois de um dia de sono muito conturbado. Haja vista que a ala destruída do castelo estava de reforma e imagino que vocês saibam o tamanho do barulho, que pedreiros podem produzir. Isto era algo que estávamos protelando há tempos, mas Eleonor havia decidido que o castelo deveria estar perfeito para o casamento e também seria uma surpresa para Georg. Como ela era mais velha, estava empolgada com a festa e queria agradar nosso ancião, eu apenas apoiei e liberei o dinheiro…”

    Leia o capítulo completo no wattpad: http://w.tt/26eLp5X

  • Fui traído! E agora? – Final

    Fui traído! E agora? – Final

    Diante as revelações feitas por Franz, que foi a fundo na mente de Débora, ficou claro o que ela havia feito…

    Era uma noite fria e típica de junho no hemisfério sul. Débora se despediu e desligou rapidamente o Skype. Alegou que estava com muito sono e precisava descansar para acordar cedo no dia seguinte e fazer o que eu havia lhe pedido. Porém, aquilo foi uma mentira para se livrar de mim e ir para uma reunião importante com outro acionista da empresa.

    Ela havia se arrumado mais do que o normal, estava altamente sexy de saia curta, blusinha decotada, óculos, salto alto e uma liga preta estilizada por cima de sua pele macia e roseada. Os pensamentos eram nítidos em sua cabeça:

    “Preciso impressioná-los a ponto de que confiem em mim, dessa forma vou conseguir tudo o que quero.”

    15 minutos de taxi e lá estava ela entrando num restaurando badalado da cidade. Muito frequentado por empresários, figurões e até mesmo artistas da cidade. A hostess lhe indicou com facilidade a mesa onde havia três homens muito bem trajados, no qual ela mesma já havia avistado com sua visão aguçada de ghoul. Respirou fundo, ajeitou a sainha e o decote antes de cumprimentá-los.

    A mesa ela percebeu rapidamente que um deles estava cobiçando seu corpo, foram muitos os olhares para seus seu voluptuoso, tanto que os negócios renderam rapidamente.

    – Não vejo problemas em conseguir o que me pediu ainda mais se todos concordarem com o custo de seis zeros…

    Dois deles se entreolharam e consentiram para o terceiro, que desprendeu mais uma bela secada no decote da loira e falou para os demais.

    – Pois bem senhores agora que nos acordamos eu preciso definir alguns detalhes com a senhorita Débora.

    Impreterivelmente os dois homens se retiraram, momento no qual Deb percebeu de relance que o homem a sua frente despejou algo em seu copo. Ela sabia que o home a sua frente desejava o seu corpo, mas sedá-la para conseguir isso seria o cúmulo da idiotice? – Disse a si mesma.

    – Viu o que eu coloquei em teu copo? Isso serve para romper o que tens com teu “cliente”. Basta um gole e o laço será rompido. – Disse o homem, que agora havia mudado seu olhar para algo sombrio e diferente do tarado de antes.

    Débora relembrou dos últimos dias que passou comigo, ponderou por alguns instantes e fingiu que havia bebido. Voltou seu olhar para o homem e lhe disse:

    – Pronto! Agora confias em mim?

    – Sim, venha. Vamos tratar dos reais negócios pelo qual lhe procurei.

    Eles saíram do restaurante, entraram numa limusine onde ela percebeu algo de sobrenatural e andaram pela cidade por mais alguns minutos. No caminho o homem lhe confidenciou sua relação com magia e que queria vingança de mim. Pois, eu havia acabado com sua irmã, a maldita bruxa que matou meu estimado irmão Joseph: http://wp.me/p3vcNH-sQ

    Na sequencia daquela noite ela chegou a se lembrar de nosso laço, porém havia sido corrompida por promessas, falácias e aquilo que ela mais queria em sua vida eu havia lhe negado ao escolher Pepe: O maldito do poder.

    Naquela mesma noite ela foi para o refugio do tal mago e lhe proporcionou tudo o que uma puta cobraria em ouro para fazer. Ao amanhecer ela confidenciou sua real intenção de desfazer nosso laço e sem perceber foi sentenciada a ser a cadelinha daquele infeliz…

    – Nem todos merecem uma segunda chance! Ferdinand ela é toda tua…

    Dois passo a frente e arranquei sua cabeça naquele mesmo lugar. Espalhei seu sangue podre por toda a sala e nos presentes. Franz sorriu, Becky se concentrou e Pepe passou a língua nos lábios.

    – Peçam para algum Ghoul limpar isso. A próxima cabeça que vai rolar é a daquele filho da puta…

    Transformei-me em lobo e passei dois dias e uma noite meditando na floresta da fazenda.