Categoria: Intimidades

Artigos, pensamentos e reflexões sobre a vida, os sentimentos e tudo mais que possa envolver as criaturas pensantes deste planeta.

  • Atualizações sobre o clã

    Atualizações sobre o clã

    Algum tempo atrás eu falei sobre o fato de estar em contato com o pessoal do clã. Todos praticamente juraram fidelidade novamente, salvo algumas exceções e mudanças de rota. Digo, mudança de rota, pois lealdade é diferente de fidelidade. Difícil explicar essas duas palavras separadamente, tanto no português como na ideologia, mas vamos aos fatos e quem sabe vocês entendam.

    Primeiro, gostaria de falar de quem vive e respira o clã junto de mim todas as noites: Franz, Pepe e H2. Nós quatro atualmente nos empenhamos em manter as estruturas, seguimos quase tudo aquilo que Georg nos solicitou e estamos 100% conectados. Salvo aqueles dias em que as necessidades individuais demandam atenção, mas o clã vem em primeiro lugar.

    Segundo, entro no papo dos leais, tal qual introduzi antes e não podem ter tanta fidelidade na hora que precisar. São eles Sebastian, Julie, Lilian e Rebecca. Todos eles estão numa fase de descobertas, vivem seus momentos e certamente estão mais empenhados em resolver seu destino. Apesar disso, como eu disse eles são leais e caso precisemos de algo podemos contar com eles esporadicamente.

    Terceiro, há aqueles que se tornaram “contatinhos” que é o caso do Hadrian e do Doutor. Não há muito o que falar sobre eles, apenas o fato de que possuem uma relação conosco. Talvez Hadrian no seu jeito mais curioso sobre o mundo e o Doutor… Como vou explicar o Dr.? Atualmente, ele é apenas alguém que espero não precisar ir atrás…

    Além do clã eu gostaria de lembrar…

    Esse é apenas um “update”, pois alguns de vocês me pediram: quem ainda faz parte do clã ou cadê o resto do pessoal que não aparece mais no site? Olha mancebo, o site é meu e as vezes a Pepe aparece por aqui, até mesmo a Lilian nos trouxe uma “história” esses dias… Então se contentem comigo aqui rss

    Sempre que possível eu mesmo escrevo ou peço para o pessoal mandar algo que tem feito. Na prática, resgatando o objetivo deste espaço: aqui vocês encontram histórias, contos e relatos sobre vampiros, bruxas e lobisomens. Geralmente, o que vos trago ocorreu comigo ou com esses que falei nos parágrafos anteriores.

    Por fim, muito do que acontece nas entrelinhas aqui do site é minha visão sobre o mundo sobrenatural, portanto. Portanto, pode ser que fatos, indivíduos ou locais sejam alterados para “melhorar” ou esconder dados reais. Nesse sentido se gosta do universo sobrenatural, temos bastante material, são mais de 700 artigos publicados, entre textos, VampiroCast e alguns FanArt.

  • De volta aos treinamentos da Pepe

    De volta aos treinamentos da Pepe

    Passados os perrengues que enfrentei tentando me libertar de um espírito. Veio um tempo de tranquilidade. Carlos, Vera e Jaciara voltaram para suas rotinas. Eles me proporcionaram momentos inesquecíveis e Carlos aproveitou para levar algumas caixas com coisas que eu havia guardado do sítio dos nossos pais. Fora isso, não tive mais sonhos nem contato com Ari e pude retomar os treinamentos da Pepe.

    Algumas noites e dias se passaram, até que Pepe me veio com um pedido inusitado de aprendizado:

    – Hey Fe, já vi contigo o lance da névoa, a parada da terra e aí, quando que eu vou poder falar com os bichos ou me transformar em algo tipo os lobos, ou gatinhos fofos que você e resto do pessoal consegue?

    – Humm (pensativo) Os últimos dias te impactaram ne? Acho que é um bom momento viu… Preciso praticar um pouco também e todo esse lance de matilha que vivi com meu irmão nos últimos meses, me motivou a retomar as rédeas do nosso clã…

    – Perfect, quando começamos?

    – Deixa eu pegar uma bermuda e uma camiseta… Me encontra lá perto dos cavalos as 21 horas.

    Fui cuidar dos negócios

    Troquei-me, fiz alguns contatos que precisavam da minha atenção e fui para o estábulo. Chegando lá fui criando um clima para minha cria.

    – E ai algum deles chamou tua atenção?

    – Nem sei, sentei aqui e fiquei lendo as noticias no celular.

    – Pow mas tens que prestar a atenção ao sinais “filha”… Olha o Appaloosa ali, ele tá entediado e louco pra fugir a noite.

    – Apa, o que? Ah o Dalmata, digo o Pintado, ne?

    – Isso isso (risos). Olha o Príncipe, esse preto ali, ele tá excitado, por exemplo.

    – Como você sabe disso?

    – Cara, olha embaixo do cavalo!

    – Pqp, que desnecessário…

    –  Enfim, vamos lá…

    Aproximei-me do “pintado” e perguntei mentalmente como foi o dia. Ele respondeu que foi entediante e continua sendo. Que tem cavalgado pouco e queria sair mais. Então, falei que resolveríamos isso e o preparei para um passeio noturno.

    A primeira tentativa da Pepe

    – Falei que ele tá entediado, ne? Bom vamos lá fora com ele. Quer cavalgar um pouco?

    – Pode ser!

    – Mas antes, vem cá… quer cortar teu braço ou morder? Preciso que dê um pouco do teu sangue pra ele lamber, pode ser apenas algumas gotas.

    Pepe, por ser uma vampira nova, ainda possui a pele mais grossa e anda com um canivete afiadíssimo no bolso. Ela o pegou e fez um corte pequeno no pulso, perto de uma cicatriz.

    – Aff isso sempre me incomoda!

    – Relaxa, com o tempo você se acostuma.

    Em seguida, ela deu um pouco do seu sangue para o cavalo, que de imediato deu umas tossidas, balançou a cabeça e me disse mentalmente: “Hoje a noite vai ser boa!”.

    – Hey ouviu algo?

    – Hum não, mas sinto alguma proximidade com ele, como se fosse um carinho maior, manja?

    – Sei dona Pepe, normal… Vai lá da uma cavalgada com ele. Ah e o mais importante, quando estiverem por aí, imagina essa ligação com ele. Pensa em como ele se sente. No que ele deve estar pensando… tenta de alguma forma se conectar e falar com ele mentalmente, telepaticamente. Sem pressa, ao teu tempo!

    E lá foi ela por algumas trilhas, ficou algo em torno de 2h horas vagando. Perto da meia noite ela veio até o escritório e soltou:

    – Então, foi divertido, cara! Em alguns momentos eu me senti, tipo, com uma ligação maior com o Pintado. Sei lá, algumas vezes apareciam pensamentos diferentes na minha cabeça e eu estava feliz por estar ali correndo… sabe?

    – Ótimo minha querida, já começou acontecer e provavelmente a felicidade de correr livre e tal era o Pintado te falando. Pratica por mais algumas noites, cria esse vínculo com ele, que em breve a telepatia vai rolar.

    – Tá e o lance de virar lobo, felino e tal?

    – Calma, uma coisa de cada vez. O primeiro passo é entender os animais, “falar” com eles, depois treinamos a animalidade e vemos se você consegue controlar a sua…

  • Uma Berlin triste

    Uma Berlin triste

    Cara, esse é daqueles posts desabafo! Vou falar de Berlin, vou falar de como fico triste falando da cidade… ainda mais depois do que ocorreu em meio a festa do prefeito vampiro da cidade e com minha doce Julie.

    Então, se não quiser ler tais lamentos existem hoje outros 679 posts, artigos e histórias para ler pelo site 😉

    Vamos aos fatos: tal qual alguns de vocês que leram o meu livro em andamento Ilha da Magia lá no Wattpad. Que modéstia a parte possui boas recomendações, a minha relação com Berlin tem muito amor e ódio.

    A cidade me acolheu no final do século XIX, foi onde aprendi a maioria dos meus dons de sangue, onde tive meu primeiro casamento. Onde morei num castelo e conheci todos domínios e podres da sociedade vampiresca.

    Num primeiro momento Berlin foi gentil e parceira, depois nos apaixonamos e tivemos um casamento próspero. Até que veio a maldita guerra franco-prussiana e com ela as dores de uma separação, que durou anos, para não dizer décadas.

    Dela nós imigramos para o novo mundo, que é onde passamos a maior parte do tempo atualmente. Contudo, no meio daquele caminho tortuoso encontramos outros e alguns destes se tornaram amigos. Outros amantes e tantos outros escravos de sangue ou das “trevas”.

    A famosa briga: Céu vs Inferno

    O que falar desta briga de cima contra o de baixo, do claro versus o escuro, do puro versus o impuro, do divino versus o diabólico… São muitas as dualidades neste plano e a maioria de nós, me incluo nisso, tem mania de dar nomes.

    Inclusive, neste ponto é necessário explicar mais sobre os infernalistas ou seguidores de alguma entidade diabólica. Aqueles que frequentemente surgem ema alguns mometos por aqui.

    Para muitas das dualidades que citei anteriormente é mais fácil para o entendimento dos ímpios, citar Deus e o Diabo. Isso não é nenhuma ideia revolucionária e surgiu a milênios atrás, quando os homens perceberam que não podiam explicar tudo. Assim, de uma forma resumida jogaram para o infinito e além: os sonhos, o que ocorre após a morte, os desejos, as loucuras e tudo mais que não podiam explicar.

    Nesse sentido quando me refiro aqui aos infernalistas, na maioria das vezes me refiro aqueles que de alguma forma destoam do equilíbrio, aquela famosa balança que mantém as coisas numa constante irregular de uma possível evolução.

    Tá e a Julie?

    Julie, foi uma que surgiu em meus momentos naquela fase de separação e por isso meu apego a seus lábios e a sua alma. Vampiros tem alma e já falei disso aqui, usa a lupa ali em cima para saber mais desta minha opinião. Portanto, a ver naquele jeito partiu meu coração inerte.

    Aquela situação não me é nova, bem na verdade eu ponderei depois do susto inicial e lembrei que já havia a visto daquela forma em outra situação. No qual somente o tempo serviu para lhe curar, se é que os defeitos dos seus “poderes” tenham uma cura.

    Algum tempo depois e já em nossa fazenda seu corpo parou ter movimentos involuntários, a “escuridão” foi-se e ela voltou ao seu estado divertido e descolado de sempre.

    Berlin continua lá, muitos vem e vão por aquelas terras e meu julgamento sobre amor e ódio continua o mesmo. Talvez tal relação perdure ao longo de toda a minha existência, o importante é que o mundo gira e sempre haverá uma nova noite…

  • Um bate-papo com o The Reaper

    Um bate-papo com o The Reaper

    Ferdinand segurava e admirava uma adaga de desenho simples, mas muito bem entalhada e afiadíssima, com pedrarias antigas de tamanho mediano. Ficou ali, um tempo concentrado até que enfim começou a rodar a lâmina pelos dedos. Arremessando certeiramente num pedaço maior de carne do corpo já falecido da minha última e em pedaços, vítima.

    – Vejo que tens andado ocupado cara. Muitos trabalhos Mr. Reaper?

    – Trabalhos, vítimas, pessoas e seres sobrenaturais afogados em rancor querendo a doce vingança ou apenas saciar a vontade de ver o sofrimento alheio. Escolha a definição que mais te agrada, mas digo que todas vão te levar para o mesmo caminho.

    Apesar de ter este trabalho e a forma fácil como me vem os ‘alimentos’, eu não preciso me alimentar com frequência, consigo ficar sem sangue por meses e mesmo assim não perco meu poder e não viro sapo também. Quando a necessidade de tomar sangue aparece eu estou geralmente trabalhando e assim aproveito para me alimentar e é o que devem saber. Só!

    – Alguns dos meus seguidores deixaram claro que tem medo de cruzar o teu caminho. Pedem a proteção divina para que isso não aconteça.

    Sim o vampiro não conseguiu conter a pequena risada e eu não consegui conter o fato de que a proteção divina que vocês humanos tanto pedem e anseiam vai chegar a cavalo e digo mais, a mesma vai chegar para aqueles que se mantiveram fiéis as então palavras claras do Deus, o ser divino tão aclamado em orações durante gerações por todos vocês crentes do Pai celestial. Mas não se engane você que ajoelha e pede sabedoria e proteção de um lado e com o veneno da língua traiçoeira, cospe maldades sobre o próximo. Eu posso garantir que só esse pequeno fato vai te fazer descer alguns andares e dar um abraço bem apertado em um cara de olhos vermelhos. Que tal começar a repensar melhor as tuas atitudes humanas deploráveis?

    – Mal sabem eles que cruzam com entidades em plena luz do dia. Talvez troquem até saudações e algumas palavras sem se dar conta, assim como alguns caem nos encantos noturnos e soturnos sedutores de seres como você Ferdinand, sem saber o destino que lhes aguarda.

    O vampiro sorriu sarcástico fumando um charuto Gurkha Black Dragon que apenas os mais ricos no mundo tem o prazer de se afogar em sua fumaça densa e atrativa, enquanto eu terminava de limpar meus instrumentos ensanguentados e brilhantes de que tanto tenho orgulho, em cima da minha mesa organizada de ‘cirurgia’.

    Ás vezes eu me esqueço que devo conter meu temperamento, afinal e apesar dos meus poderes, as entidades e vampiros são aliados desde uma era remota e no começo de tudo. Seres amaldiçoados e contratados pelo submundo devem manter a união, afinal no fim somos todos iguais e se você começar a conectar fatos e estudos sobre nós ao invés de fantasiar com uma noite trocando saliva e erotismo conosco, vais saber muito sobre religião, maldições, formações políticas e muitos detalhes para engrandecer sua sabedoria sobre algo além do óbvio.

    – Sabe Mr. tenho um trabalho para te oferecer…

    – Imaginei que não tivesse vindo até aqui para admirar minha beleza ruiva e meus olhos verdes.

    – Se fosse uma ruiva de olhos verdes talvez. Porém um cara ruivo não faz nem de longe o meu tipo, ainda mais alguém que consegue ficar cara a cara comigo sem precisar de um banquinho.

    Gosto da sagacidade sarcástica e honesta dele, digamos que alivia meu lado sombrio e malicioso que agora precisava de um cigarro forte e fedido para iniciar uma conversa de negócios.

    – Charutos não são sua praia Mr. ?

    – Charutos, vinho branco e romantismo não são a minha praia. Mas se me oferecer um bom e velho Malboro e quem sabe uma noite em algum puteiro digno com pedaços refinados de carne, ai já é outra história. Vais ter um companheiro para toda eternidade ou até o mundo acabar.

    – O Malboro eu posso oferecer, porém o puteiro refinado…

    Eu me esqueço que o vampiro possui uma companheira. Lembro-me do pouco que falou sobre sua vida amorosa e esqueço que é um ser que mantém compromissos fiéis até que se prove o contrário, apesar das tiradas sexuais e sarcásticas para aliviar a tensão.

    Dei alguns tragos e sem ao menos esperar vi que ele jogava em cima da velha mesa de centro uma foto antiga de alguém, um alguém que me era conhecido e que logo seria mais um desconhecido na história. Com as minhas mãos ainda machadas com um pouco do sangue do pobre desafortunado que agora parecia um quebra-cabeças sentado em uma cadeira, eu peguei a foto e vi que esse trabalho seria muito interessante.

    – E então?…

    – Sr. Wulffdert , acabou de me relembrar de como o mundo é pequeno.

    – O conhece e eu sei disso Mr. o cara fez umas atrocidades contra o mundo aqui e o mundo que vivemos…

    – Poupe as palavras senhor vampiro e me considere dentro. Apesar dos pesares eu também tenho minhas próprias batalhas para lutar e vinganças para saciar. Você apenas acabou de me relembrar de uma delas, assim como uma conhecida tua me relembrou e me ajudou em outra.

    – Como ela está?

    – Linda como sempre, sarcástica como sempre e buscando vingança contra alguns humanos curiosos. Mas isto é entre eu e ela. Desculpe te decepcionar.

    – Sem problemas Mr., conheço a sagacidade dentro dela e sei muito bem que vinganças levam a muitos lugares e sentimentos diferenciados. Como dizem? A vingança é um prato que se come frio…

    – Muito frio. Frio o suficiente para a mente humana esquecer e por fim tudo não passar de uma surpresa desagradável.

    Por uma dessas idiossincrasias do destino ou coincidências que ás vezes acontecem, Ferdinand e eu temos amizades em comum e para melhorar vamos atrás de alguém que fez alguma merda próxima ou na mesma esquina em que a gente e agora seria apagado, claro desfigurado e agonizado antes, mas por fim apagado. Mais um vai entrar para minha conta de almas levadas para povoar o abismo de fogo.

    – Planos?

    – Com todos meus séculos nesta Terra de ninguém, os planos são para mim, o maior e mais precioso instrumento. Não se preocupe Ferdinand eu possuo vários e garanto sucesso em todos.

    – Um brinde a nossa parceria?

    – Tenho A e AB guardados e agora tenho O negativo sentado naquela cadeira definhando. Qual prefere?
    – O negativo, sangue fresco sempre!

    – Sim claro, ao gosto do freguês. Eu também vou de O negativo fresco. Gosto das coisas frescas sabe, como sangue, carne, medo e agonia. Trazem um sabor refinado ao paladar.

    – Você é insano e eu gosto disso Mister Reaper!

    – A nós, seres malditos e insanos!

     

    Vejo vocês em breve.
    Ass: The Reaper

  • Ano novo, um vampiro novo?

    Ano novo, um vampiro novo?

    Depois de um ano inteiro de férias, não posso dizer que sou um vampiro novo. Apesar disso, fica claro que o mundo mudou desde que iniciei este site 10 anos atrás. Pois é, faz muito tempo… Alguns seguidores daquela época ainda mantem contato comigo. Outros vindos das redes sociais apenas apareceram aqui para matar a curiosidade. No fundo, apesar dos contratempos, sou muito feliz pelo acontecimentos gerados em função de meus relatos virtuais.

    Ao longo do ano de 2017 eu experimentei o mundo. Deixei de lado inclusive o trabalho, o clã e isso foi caótico para alguns. Sebastian, minha cria mais antiga teve de largar os estudos acadêmicos ao lado de sua esposa Claudia. Ambos tiveram de se dedicar a administração dos negócios mais burocráticos. Tendo inclusive de usar por alguns momentos o famigerado terno e gravata, algo completamente diferente daquilo que utiliza quando está na fazenda.

    Franz, meu “irmão mais velho” também assumiu diversas funções que até então eram dedicadas somente a mim e precisou largar a cabana do mato. A cabana do mato não foi na verdade a principal coisa que teve de abdicar e quando teve de deixar algumas festas de lado em prol do clã a coisa ficou feia. Até guardei alguns áudios dele me xingando para a posteridade. H2 está sempre junto dele e seu relacionamento é bastante conturbado. Franz reclama com frequência, que nunca mais transformará “um velho” em vampiro.

    Lilian e Rebecca no final de 2016 já haviam tomado seus próprios rumos com seus companheiros. Naquela época eu confesso que havia ficado um tanto quanto enciumado por elas estarem mais distantes. Só que o cotidiano vampiresco funciona dessa forma, a vida eterna proporciona um mundo conectado e realmente são muitos lugares, indivíduos e grupos para se conhecer.

    Frederick, pelo o que sei desde a última vez que ele entrou em contato está numa jornada pessoal muito parecida com a minha. Não sei detalhes, mas é provável que esteja com seu amante por algum canto do velho mundo ou talvez pelo oriente?

    Hadrian, Pepe e Claire são os sobrenaturais no qual mais tenho contato neste momento. Passamos por alguns momentos especiais ao longo do ano. Fatos que serão apresentados por aqui nos próximos meses.

    Por hoje é isso e ótimo 2018 a todos!

  • [Vampire life spoiler] Vampiros urbanos

    [Vampire life spoiler] Vampiros urbanos

    Vocês já deve ter lido aqui ou nas minhas redes sociais sobre os vampiros urbanos e mais ainda sobre todos os tipos de vampiros. Que há sanguessugas de todos os portes, raças, credos, profissões e filosofias. Sim, filosofias, pois há aqueles que seguem as regras e aqueles tal qual os vampiros do meu clã. Os populares fora da lei, independentes, anarquistas ou como queira chamar aqueles que insistem em burlar as regras de todas as maneiras possíveis.

    Havia acabado de me reunir com os administradores de uma das minhas empresas. Sou o investidor majoritário, então chamá-los para o meu quarto de hotel, protegido do sol, é algo plausível e fácil de contornar.

    Fiquei puto pela queda nos lucros em dezembro, mas como todo mundo teve problemas em 2016, eu “respirei fundo” e mantive a estratégia.

    Falando francamente, anos atrás eu deixava essas reuniões para o Sebastian e até entendo porque ele quis voltar ao mundo acadêmico. Haja vista, que lidar com esse povo carregado de planilhas e projeções é um verdadeiro saco.

    Voltando ao mundo dos vampiros, aproveitei que Franz estava comigo e também marquei uma reunião com alguns vampiros do grande centro.

    O lugar marcado foi uma loja de acessórios e roupas. Pequena, discreta e tranquila até o último raio de sol (dizem). Assim que as luzes dos postes se acendem um pequeno led vermelho é acesso próximo de uma porta, indicando a abertura do lugar aqueles que possuem convite.

    O convite é enviado por whatsapp junto da localização e uma senha individual, que permite a abertura da fechadura eletrônica.

    Ao entrar pelo corredor estreito, ao menos aqueles que ainda possuem olfato, percebem de imediato o sobrenatural. Difícil explicar o odor atordoante, tão físico e que desperta sentimento de amor, medo ou desejo simultâneamente.

    A certo ponto as escadas penetram cada vez mais o subsolo e se expandem exibindo paredes de pedra crua e de pavimentação antiga. Alguns candelabros antigos de metal surrado pelo tempo, suportam velas de cera artesanal e aromatizadas com essências diversas vegetais. Dando um clima fresco e revigorante.

    Depois de três ou quatro andares abaixo da rua passa-se por algumas portas e finalmente é possível ver o grande salão. Vários vampiros, bruxas e lobisomens interagem como se fossem humanos e nem preciso dizer que depois de muito tempo eu via Franz com aquele brilho no olhar. Tal qual nossas festas e encontros de uma época remota, onde ele ainda era responsável pelo castelo do Barão.

    Engracei-me numa pseudo bruxinha e sai com ela a tempo de voltar para o hotel. Franz até onde o vi estava prestes a tirar a calça numa aposta…

    I will live for a thousand years
    I will live for a thousand years
    I will live for a thousand years…

  • Ele é ranzinza, mas é meu irmão querido

    Ele é ranzinza, mas é meu irmão querido

    Há muito o que se decidir quando os planos envolvem os cuidados de um clã. Assim como numa família, os membros podem se conhecer por causa de afinidade ou por causa de um criador. Nesse último caso a obrigação pela convivência trás todos aqueles problemas relacionados a irmandade.

    • Estou pensando em passar uma semana na cidade resolvendo algumas coisas com fornecedores, bora lá?

    Resmungos… Alguma coisa em alemão…

    • Sinceramente, não entendo estes teus resmungos frequentes, tais com algum problema, precisas de algo…?

    Alguma coisa em alemão ou latim…

    • Beleza, valeu falou!

    Arrumei minha mala de roupas e minha mala de itens importantes e acomodei tudo num carro. Deixei uma lista de afazeres para Sebastian e Pepe. Depois me despedi e fui para o carro. Um pouco antes de chegar no veículo eu já tinha visto o Marquês de longe e fiquei na minha.

    Ele arrumou suas coisas, sentou ao meu lado na frente e disse em alemão:

    • Para que cidade vamos maninho?
    • Cara esse teu temperamento me mata as vezes… – Retruquei

    Sincronizei o Bluetooth e larguei meu celular com ele. “Cuida do Spotify ao menos” Ele não devia estar relacionado o app as músicas de imediato e sua teimosia o entreteu por pelo menos uns 50km. Até que finalmente achou minha playlist, com as mais tocadas de 2016 e tivemos algum ruído dentro da BM.

    • Cara é por isso que eu fico puto contigo as vezes. Custa perguntar como que usa a porra do aplicativo?
    • Desculpa eu fiquei vendo teu Twitter e esqueci do som…
    • Porra!

    Continuamos a viagem até o hotel numa rua famosa de uma cidade grande…

  • Reflexões sobre 2016

    Reflexões sobre 2016

    O tempo passa como um condenado para algumas pessoas, certos indivíduos reclamam disso, outros aproveitam seu passar e alguns simplesmente esquecem o andar das horas.

    Vampiros não podem se dar ao luxo de ignorar o passar do tempo. Pois ele marca as horas do dia e principalmente as horas da noite. Momento no qual podemos sair de nossos refúgios e fazer o que for preciso para manter a sobrevivência.

    Essa na verdade é uma explicação didática, passada de vampiro para vampiro e indica a melhor prática, para se lidar com o tempo e é óbvio que há exceções. A regra que mais gosto de quebrar, por exemplo, é a questão das sobrevivência. Na verdade eu sou movido pelo caos e qualquer regra me desperta o desejo de fazer algo fora do comum.

    Não digo aqui de sair ao sol, mesmo porquê dou valor a minha existência, mas sim pela própria questão de existência. Sou adepto do fato de se ir além do habitual, mais um entre tantos, que vê o mundo com os olhos contemporâneos.

    Então Ferdinand, já que tocou no assunto, o que é ser um vampiro nos dias e noites da atualidade?

    Essa pergunta me fazem com certa frequência e é um ponto importante que já mencionei acima. Os vampiros antigos priorizavam muito a sobrevivência e viam isso como fundamental para suas jornadas neste plano. Situação que é vista de uma forma diferente por vampiros com o pensamento igual ao meu. Haja vista, que o mundo atual do século XXI, trouxe muitas facilidades.

    Smartphones, permitem o contato contato com o mundo exterior de forma simples e extremamente rápida. Imagine quantas vezes eu pude ficar protegido no meu refúgio para tratar de negócios. Tantos foram os momentos em que persianas eletrônicas me protegeram do sol, abrindo e fechando no horário programado. Sem falar do transporte rápido por aviões, automóveis ou trens elétricos, que podem nos levar a qualquer lugar em minutos.

    Neste contexto, é possível trabalhar os velhos hábitos e se dedicar a outras rotinas, como a escrita, música, fotografia, cinema… afazeres que até então eram vistos apenas nos figurões, ricos ou privilegiados de nossa sociedade.

    Viva a escova de dentes elétrica. Viva o Uber. Viva o chuveiro elétrico. Viva a comunicação

    Sobretudo, cadê aquele cortejo, aquele bom dia ou noite caloroso entre vizinhos. Cadê a amizade, a lealdade, a justiça… como em todas as outras épocas a elite se distancia cada vez mais da plebe.

  • Ainda existe amor neste vampiro?

    Ainda existe amor neste vampiro?

    Com certeza uma das perguntas que mais ouço é: “um vampiro sente ou pode sentir alguma espécie de amor?” Essa é na verdade uma pergunta muito capciosa, no sentido de que me deixa um pouco confuso ou pensativo demais para responder de supetão ou de imediato.

    Seria erro meu dizer com prontidão, que eu sinto amor ou que todo vampiro pode e sente amor. Contudo, para responder essa pergunta eu prefiro ir além dela e analisar o contexto histórico e local, que envolve as pessoas e suas dúvidas quanto a isso.

    É bem provável que as literaturas, filmes ou seriados da atualidade como Crepúsculo, Diários do Vampiro, Originais… Ou até a mesma aquelas dos anos 90, como entrevista com o vampiro ou Blade e afins tenham amenizado a monstruosidade que um vampiro exala.

    Além disso, no Brasil ou em Portugal e no restante do mundo estaríamos vivendo um momento de falta de amor? Será que a internet tem esfriado os contatos pessoais a ponto do poderoso e mais inconsciente sentimento humano ter sido deixado de lado? Sinceramente, é complicado responder as estas duas perguntas, mas acho que a época atual é bizarra.

    Digo bizarra, por se alguém no século XX ou XIX perguntasse sobre o amor. Aquele que tivesse de responder, certamente o faria com um brilho nos  olhos. Estufaria o peito, e mesmo que estivesse naquelas fases medíocres de falta de falta de amor. Falaria em claro e em bom tom que o amor é perfeito, que ele completa a união entre duas criaturas e que sem ele não é possível viver.

    Cara, estamos aqui no século XXI e o cotidiano tem mostrado, que é possível sim viver sem o amor. Mas teria o amor acabado? Não, claro que não, mas poucos tem percebido as suas mudanças.

    Voltando a antigamente, as pessoas se casavam e queriam passar a eternidade juntos, queriam passar 24 horas, dia e noite juntos. Porém, esse conceito mudou, as pessoas mudaram e hoje se vive junto de alguém até que a paciência acabe  e estamos todos sem muita paciência, não acham?

    Concluindo, se alguém me pergunta se um vampiro pode amar um humano ou qualquer outro ser, essa pergunta não é nada fácil de responder. Todavia, eu sempre digo que sim, sou otimista, sou daqueles que ainda acredita no amor, mas também estou naquela fase sem paciência e se avacalhar de alguma forma a fila anda, babe!